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[Archport] Arqueologia na FCSH

Subject :   [Archport] Arqueologia na FCSH
From :   manicabagau ddd <manicabagau@gmail.com>
Date :   Wed, 16 May 2012 20:44:39 +0100

Sobre a Arqueologia na FCSH UNL
Várias são as opiniões que tenho ouvido sobre a vergonha que cai  sobre a nossa escola, pelo facto de que se revelem orgânicas tão sensíveis em suporte público como é o archport.
Discordo dessa postura pois, é um problema de orgânica e não de competência, apesar de ser um problema de orgânica levantado por um problema de competência.
Se necessitamos de notar a justeza, basta que se pense que eu e os meus colegas como alunos, só ficámos a saber do mesmo um mês depois do sucedido.
Se um historiador pode fazer carreira sem luzes de História, tal não está acessível ao arqueólogo, que tem de ser também historiador. Sendo assim, o nosso curso está, no meu entender, bem estruturado, e estava por arrasto, bem coordenado. Este tipo de afastamento, e esta postura, por parte dos agentes envolvidos, só merece que se recorde que as acções ficam com quem as pratica. Infelizmente não é bem assim. Não devemos embandeirar em dramas inusitados, a Arqueologia vai continuar na FCSH com a qualidade que se lhe reconhece, e coordenada por quem mais competência tiver para tal, e sou levado a dizer que ninguém coloca em causa a competência científica dos Professores Mário e Rosa Varela Gomes.
Portanto a gravidade vem de terem sido afastados por outros motivos.
Se existe uma licenciatura, mestrado e doutoramento em Arqueologia, deve a mesma ser abordada e dirigida por historiadores que vão preparar outros para passarem dias em buracos com pó na cara e calos na mão, quando eles próprios nunca o fizeram? Ou vão fazer cursos de Arqueologia em outras universidades para poderem ter a ideia na 1º pessoa? A César o que é de César.Até porque a lei o exige.
O mais provável é continuarem a contratar-se professores arqueólogos, a recibos verdes, para leccionarem as cadeiras que por enfado os professores historiadores não quiserem ministrar, ou controlar.
Se existe alguém que dá o corpo à causa da Arqueologia em Portugal são os professores Mário Varela Gomes e a Professora Rosa Varela Gomes, e de mim têm o meu apoio incondicional, sem com isto deixar reduzir esta questão a uma guerra de partidos.
Quando escolhi esta universidade, fi-lo porque era a que tinha um curso específico de Arqueologia e tinha as áreas que me interessavam. Escolhi-a por causa do corpo docente.
Espero terminar esta fase de formação a pensar da mesma maneira.
Até porque todos os que lá estudamos, pagamos propinas, e deveríamos ser tidos mais em conta nas questões de guerras intestinas.
Não demonizando ninguém, porque não há nada para demonizar, o que alguns chamam de empreendedorismo, pode ser apelidado de ingerência ou mesmo postura demasiado agressiva.
Relembro outro caso, com a História Moderna do CHAM a entrar em áreas de trabalho da Arqueologia Náutica e subaquática, numa clara redundância de projectos, que fica-se com a ideia de que jorra dinheiro por alguma parede daquela universidade, ou existe uma planeada acção de acossar o trabalho científico de Arqueologia. Só falta a parte romana e a pré história para ficarmos com Arqueólogos sem razão de ser.
 Ao 'colega' Romão Ramos, e a outros que professam opinião semelhante:
A sua acção é demasiado notória no propósito do seu encómio.
A facilidade em reunir com o corpo docente nada tem que ver com o debate de orgânica interna, ou o 'colega' reúne com os seus docentes para saber novas do que se passa no departamento? Falácia número 1.
Que faculdades estiveram em reformulação, em que consistiu a mesma e o que é que isso tem a ver com a FCSH?
Do sangue fresco que menciona, deduzo que se deva jogar fora a criança com a água do banho, pois se deitamos fora a capacidade de pessoas com uma vida inteira de dedicação e experiência neste campo, só para mudar porque se muda, não acha que a qualidade de ensino decresce?
Não acha que é apostando na necessária elevadíssima especialização dos docentes que se deve conseguir adaptar o curso às exigências da nova década, como mencionou?Falácia número 2.
Manda poeira para os olhos das pessoas em clara conivência com a acção tomada, substituição de dois docentes por outros dois, e a coordenação fica com historiadores, mas bem, ficam lá dois mais novos que se calhar gostariam de ter essa função em circunstâncias diferentes, aproveite as reuniões que costuma ter, e pergunte-lhes, falácia número 3.
É de muito mau gosto evocar a recente 'promoção' titular de um dos maiores especialistas em Pré História.
Mais uma vez a sua raiz de acção é visível, e mostra que o 'colega' se deixa influenciar e instrumentalizar por títulos académicos.
De acordo com a lei, e com o bom senso, a maioria dos elementos de júri devem ser da área, ponto final. Não interessa quem fez o que não sei onde, interessa ter os melhores a avaliar o que está a ser avaliado, mas isso a si não o preocupa pois gosta mais do cenário do que propriamente da peça a representar.
Quem o nomeou detentor da ideia do que seja o espírito de solidariedade e camaradagem do departamento? Eu sou camarada dos meus colegas e solidário, e o que vejo são pessoas apreensivas, quer pela falta de informação destas jogadas de bastidores, e demasiado pesadas com o estigma de serem alunos, que atitudes de muitos, tal como a sua, acentuam.
Saúdo quem quer que seja que fale do assunto, porque o ambiente da Arqueologia em Portugal vai mal, como outros. E começará a decair ainda mais se não formos unidos além das migalhas de obtenção de profissão. Eu prefiro ter comigo um professor que gosta genuinamente daquilo que faz, mesmo que só tenha um mestrado feito, do que um jovem empreendedor de elevado potencial  (JEEP) da carreira académica.
Para terminar, a indigência moral da sua atitude é injustificável.Quem é o senhor para propor a alguém que deve mudar de faculdade?Quem é o senhor para de forma pidesca analisar a capacidade de análise alheia e a identificação do aluno (ou não) anónimo como sendo de 1º ano ou outro?
Por fim, quem é o senhor para falar pelos outros?Se algo está longe da verdade é a sua fantasia da unanimidade dos alunos acerca deste assunto.Falácia número 4.

Já cumpriu o seu dever, já desempenhou a sua tarefa, se pretender outras intervenções semelhantes, dê-se pelo menos ao trabalho de mascarar o seu propósito.

Aluno intencionalmente não identificado



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