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Re: [Archport] Arqueologia na FCSH

To :   archport <archport@ci.uc.pt>
Subject :   Re: [Archport] Arqueologia na FCSH
From :   Alexandre Monteiro <alexandre.monteiro@gmail.com>
Date :   Wed, 16 May 2012 22:25:37 +0100

E eu, a pensar que iria fazer um brilharete ao utilizar a palavra
"encómio" hoje, num email anterior para esta lista, e eis que esse
brilharete se vê ofuscado pelo emprego do mesmo por um "estudante" da
FCSH.. obviamente, e novamente, anónimo.

Se por um lado fico contente em ver que alguém tão articulado e tão
conhecedor dos meandros da investigação na FCSH desmente de forma tão
categórica a revista Sábado, nas suas alegações sobre o alegado
mentecaptismo dos nossos discentes universitários, por outro lado
lamento que lhe falte, a ele como aos outros anteriores (se é que não
se trata do mesmo) a hombridade necessária para assinar com o seu nome
(como fez o Romão, já agor).

Até que tenham essa hombridade, este país continuará a ser o "país dos
gigantones que passeiam/ a importância e o papelão/,
inaugurando esguichos no engonço/ do gesto e do chavão".

-- 
Alexandre Monteiro
Instituto de Arqueologia e Paleociências (UNL/UAlg)
Av. Berna 26C
1069-061 Lisboa
Portugal
+351 91 669 21 89
almonteiro@fcsh.unl.pt
www.iap.fcsh.unl.pt


Em 16 de maio de 2012 20:44, manicabagau ddd <manicabagau@gmail.com> escreveu:
> Sobre a Arqueologia na FCSH UNL
> Várias são as opiniões que tenho ouvido sobre a vergonha que cai  sobre a
> nossa escola, pelo facto de que se revelem orgânicas tão sensíveis em
> suporte público como é o archport.
> Discordo dessa postura pois, é um problema de orgânica e não de competência,
> apesar de ser um problema de orgânica levantado por um problema de
> competência.
> Se necessitamos de notar a justeza, basta que se pense que eu e os meus
> colegas como alunos, só ficámos a saber do mesmo um mês depois do sucedido.
> Se um historiador pode fazer carreira sem luzes de História, tal não está
> acessível ao arqueólogo, que tem de ser também historiador. Sendo assim, o
> nosso curso está, no meu entender, bem estruturado, e estava por arrasto,
> bem coordenado. Este tipo de afastamento, e esta postura, por parte dos
> agentes envolvidos, só merece que se recorde que as acções ficam com quem as
> pratica. Infelizmente não é bem assim. Não devemos embandeirar em dramas
> inusitados, a Arqueologia vai continuar na FCSH com a qualidade que se lhe
> reconhece, e coordenada por quem mais competência tiver para tal, e sou
> levado a dizer que ninguém coloca em causa a competência científica dos
> Professores Mário e Rosa Varela Gomes.
> Portanto a gravidade vem de terem sido afastados por outros motivos.
> Se existe uma licenciatura, mestrado e doutoramento em Arqueologia, deve a
> mesma ser abordada e dirigida por historiadores que vão preparar outros para
> passarem dias em buracos com pó na cara e calos na mão, quando eles próprios
> nunca o fizeram? Ou vão fazer cursos de Arqueologia em outras universidades
> para poderem ter a ideia na 1º pessoa? A César o que é de César.Até porque a
> lei o exige.
> O mais provável é continuarem a contratar-se professores arqueólogos, a
> recibos verdes, para leccionarem as cadeiras que por enfado os professores
> historiadores não quiserem ministrar, ou controlar.
> Se existe alguém que dá o corpo à causa da Arqueologia em Portugal são os
> professores Mário Varela Gomes e a Professora Rosa Varela Gomes, e de mim
> têm o meu apoio incondicional, sem com isto deixar reduzir esta questão a
> uma guerra de partidos.
> Quando escolhi esta universidade, fi-lo porque era a que tinha um curso
> específico de Arqueologia e tinha as áreas que me interessavam. Escolhi-a
> por causa do corpo docente.
> Espero terminar esta fase de formação a pensar da mesma maneira.
> Até porque todos os que lá estudamos, pagamos propinas, e deveríamos ser
> tidos mais em conta nas questões de guerras intestinas.
> Não demonizando ninguém, porque não há nada para demonizar, o que alguns
> chamam de empreendedorismo, pode ser apelidado de ingerência ou mesmo
> postura demasiado agressiva.
> Relembro outro caso, com a História Moderna do CHAM a entrar em áreas de
> trabalho da Arqueologia Náutica e subaquática, numa clara redundância de
> projectos, que fica-se com a ideia de que jorra dinheiro por alguma parede
> daquela universidade, ou existe uma planeada acção de acossar o trabalho
> científico de Arqueologia. Só falta a parte romana e a pré história para
> ficarmos com Arqueólogos sem razão de ser.
>  Ao 'colega' Romão Ramos, e a outros que professam opinião semelhante:
> A sua acção é demasiado notória no propósito do seu encómio.
> A facilidade em reunir com o corpo docente nada tem que ver com o debate de
> orgânica interna, ou o 'colega' reúne com os seus docentes para saber novas
> do que se passa no departamento? Falácia número 1.
> Que faculdades estiveram em reformulação, em que consistiu a mesma e o que é
> que isso tem a ver com a FCSH?
> Do sangue fresco que menciona, deduzo que se deva jogar fora a criança com a
> água do banho, pois se deitamos fora a capacidade de pessoas com uma vida
> inteira de dedicação e experiência neste campo, só para mudar porque se
> muda, não acha que a qualidade de ensino decresce?
> Não acha que é apostando na necessária elevadíssima especialização dos
> docentes que se deve conseguir adaptar o curso às exigências da nova década,
> como mencionou?Falácia número 2.
> Manda poeira para os olhos das pessoas em clara conivência com a acção
> tomada, substituição de dois docentes por outros dois, e a coordenação fica
> com historiadores, mas bem, ficam lá dois mais novos que se calhar gostariam
> de ter essa função em circunstâncias diferentes, aproveite as reuniões que
> costuma ter, e pergunte-lhes, falácia número 3.
> É de muito mau gosto evocar a recente 'promoção' titular de um dos maiores
> especialistas em Pré História.
> Mais uma vez a sua raiz de acção é visível, e mostra que o 'colega' se deixa
> influenciar e instrumentalizar por títulos académicos.
> De acordo com a lei, e com o bom senso, a maioria dos elementos de júri
> devem ser da área, ponto final. Não interessa quem fez o que não sei onde,
> interessa ter os melhores a avaliar o que está a ser avaliado, mas isso a si
> não o preocupa pois gosta mais do cenário do que propriamente da peça a
> representar.
> Quem o nomeou detentor da ideia do que seja o espírito de solidariedade e
> camaradagem do departamento? Eu sou camarada dos meus colegas e solidário, e
> o que vejo são pessoas apreensivas, quer pela falta de informação destas
> jogadas de bastidores, e demasiado pesadas com o estigma de serem alunos,
> que atitudes de muitos, tal como a sua, acentuam.
> Saúdo quem quer que seja que fale do assunto, porque o ambiente da
> Arqueologia em Portugal vai mal, como outros. E começará a decair ainda mais
> se não formos unidos além das migalhas de obtenção de profissão. Eu prefiro
> ter comigo um professor que gosta genuinamente daquilo que faz, mesmo que só
> tenha um mestrado feito, do que um jovem empreendedor de elevado potencial
> (JEEP) da carreira académica.
> Para terminar, a indigência moral da sua atitude é injustificável.Quem é o
> senhor para propor a alguém que deve mudar de faculdade?Quem é o senhor para
> de forma pidesca analisar a capacidade de análise alheia e a identificação
> do aluno (ou não) anónimo como sendo de 1º ano ou outro?
> Por fim, quem é o senhor para falar pelos outros?Se algo está longe da
> verdade é a sua fantasia da unanimidade dos alunos acerca deste
> assunto.Falácia número 4.
>
> Já cumpriu o seu dever, já desempenhou a sua tarefa, se pretender outras
> intervenções semelhantes, dê-se pelo menos ao trabalho de mascarar o seu
> propósito.
>
> Aluno intencionalmente não identificado
>
>
>
> _______________________________________________
> Archport mailing list
> Archport@ci.uc.pt
> http://ml.ci.uc.pt/mailman/listinfo/archport
>

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