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[Archport] O Museu Nacional de Arqueologia em notícia

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Subject :   [Archport] O Museu Nacional de Arqueologia em notícia
From :   José d'Encarnação <jde@fl.uc.pt>
Date :   Fri, 3 Aug 2012 23:26:56 +0100

O Museu Nacional de Arqueologia em notícia

 

Museu Nacional de Arqueologia – Percursos e Desafios de uma Casa Centenária nas Construções Oitocentistas dos Jerónimos

            É esse o título que o seu autor, Luís Raposo, na qualidade de director desse Museu, entendeu dar a um vasto, multifacetado e bem eloquente repositório de imagens que reuniu em livro editado pelo Grupo de Amigos do Museu [ISBN 978-972-95325-4-2], 120 páginas que resultam de conferência proferida «na Universidade Nova de Lisboa, em 17 de Fevereiro de 2012, actualizada com os dados sobrevindos até Março de 2012».

            Nas «Palavras Prévias» traça-se desde logo um panorama da história do edifício. Os «antecedentes» explicitam qual o contexto político português no séc. XIX (até à bancarrota de 1892). «O projecto cívico do Museu Etnográfico Português» reflecte o que foi a acção de Bernardino Machado e o programa patriótico subjacente à criação desse museu. Historia-se, em «a instalação do Museu Etnológico Português nas construções oitocentistas dos Jerónimos», o que foram os projectos museológicos da Regeneração para os Jerónimos, designadamente o «Museu do Homem Português», e um Museu da Monarquia Liberal, promovido pela República. Em «O programa do Estado Novo para Belém e Jerónimos», dá-se conta das diligências que foram sendo feitas e das decisões por que, ao longo do tempo, se foi optando: a celebração do Império Colonial (integrada na célebre Exposição do Mundo Português, em 1940), as ‘primeiras tentativas de transferência do Museu Etnológico do Dr. Leite de Vasconcelos para a Fábrica da Cordoaria Nacional’, a ideia de se fazer um museu novo localizado na Cidade Universitária e, finalmente, a opção por manter «dois museus no mesmo complexo monumental».

            Será o último capítulo, «Em Democracia...» (exactamente, com adequadas reticências – esta afirmação é minha!), as histórias recentes que conhecemos, muito bem ilustradas, verdadeiro repositório de elucidativos recortes de publicações, em que se documentam desde a ampliação que tarda à retoma da eventual ida para a Cordoaria, à demissão do director e à revogação dessa decisão. No final, Luís Raposo sugere que se encarem as questões de frente, com «seriedade técnica, clarividência política, espírito e sobretudo prática democráticos» (p. 119). Nem todos, porém, sabe-se, estudam pela mesma cartilha nem cursam as mesmas universidades; se assim fosse, tornava-se tudo bem monótona pasmaceira!…

 

Boletim Informativo do GAMNA

            Está em distribuição o nº 15 (Julho 2012) do Boletim Informativo do Grupo de Amigos do Museu Nacional de Arqueologia.

            O texto de abertura aponta que, «para além dos objectos», um museu deve proporcionar «novas perguntas, novas técnicas, novos saberes». E isso tem feito o Museu Nacional de Arqueologia, que se assume como «o maior centro de estudos com funções educativas em Portugal», nomeadamente porque dá apoio de retaguarda a dezenas de investigadores, «participa activamente ou até promove projectos de estudo das suas colecções e das temáticas que se lhes relacionam».

            Dentre esses temas, três são postos em realce: «As múmias egípcias de Belém», «Instrumentos de Medicina» e «A mais antiga sepultura de cão no Sul da Europa».

            Traça-se uma panorâmica do que foram as actividades do GAMNA nos últimos meses e o que se perspectiva para 2012-2013. E não se deixa de sublinhar o apoio dado pelo Museu Nacional de Arqueologia à criação, em Boticas, do CEDIEC – Centro Europeu de Documentação e Interpretação da Cultura Castreja.

 

                                                                                  José d’Encarnação

 

 

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