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Re: [Archport] Público e Privado : "realizar cultura"

To :   "Ricardo Charters d'Azevedo" <ricardo.charters@gmail.com>
Subject :   Re: [Archport] Público e Privado : "realizar cultura"
From :   Alexandre Monteiro <no.arame@gmail.com>
Date :   Wed, 17 Oct 2012 14:20:09 +0100

Mais uma vez friso: o dinheiro que temos é passível de ser gasto nas
rubricas orçamentais que entendermos (luvas à Ferrostaal para compra
de submarinos, subvenções partidárias, médicos de família,
medicamentos a pacientes crónicos de paramiloidse, etc.). A escolha
entre as várias alternativas/opções políticas é, obviamente, uma
escolha politica.

Agora, claro, é tarde, mas talvez fosse bom termos feito todos os
nossos orçamentos não com base na unidade monetária conhecida como
Euro mas sim (e aqui vou à boleia do que disse uma vez o Artur Côrte
Real, ex-director do Convento de Santa Clara a Velha aqui há uns anos
num congresso em que também participava) com base no CUKAE (Custo
Unitario de um Km de Auto Estrada).

Ou seja, sempre que eu quisesse saber quais os custos do continuar a
manter o Museu Nacional de Arqueologia, faria as contas assim: terei
que prescindir de quantos metros de Autoestrada?

(já agora, tendo como base os custos de construção da Auto Estrada do
Centro, um CUKAE valia em 2010 cerca de 7,5 milhões de euros).

Em 17 de outubro de 2012 13:54, Ricardo Charters d'Azevedo
<ricardo.charters@gmail.com> escreveu:
> ADORO afirmações como “O dinheiro existe e está bem guardadinho para pagar
> as PPP “
>
> Claro que o dinheiro existe… para pagar as dividas que fizemos para
> construir belas estradas  e os novos hospitais … e a ponte Vasco da Gama,
> que nós usamos e nunca fomos contra a sua construção, antes pelo contrário e
> o museu do Coa. Mas está nas mãos de quem no-lo-empresta. E se não nos
> portamos bem eles sobem os juros (ou não o empresta). Já subiram esta semana
> pois escutaram a “revolta dos portugueses”
>
> A questão é saber como poderemos fazer com que queiram emprestar para o
> sector cultural ( claro, para termos mais divida). Mas para esse sector  nem
> com altos juros querem emprestar, pois sabem que ninguém pagará. E o
> Mecenato... já foi.
>
> E deixemos de pedir um Ministério para a Cultura; não será por isso que terá
> dinheiro. Se o cortam nos apoios sociais !
>
> Cumprimentos
>
> RCA
>
>
>
> From: joão pereira [mailto:trainzeiro@gmail.com]
> Sent: quarta-feira, 17 de Outubro de 2012 11:56
> To: Ricardo Charters d'Azevedo
> Cc: archport@ci.uc.pt
> Subject: Re: [Archport] Público e Privado : "realizar cultura"
>
>
>
> Pior cego é o que não quer ver.
>
> O dinheiro existe e está bem guardadinho para pagar as PPP´s e os juros das
> dívidas que uns idiotas ousaram criar.
>
> A "cultura" e particularmente o património foi sempre um dos mesmbros da
> família mais pobre. Os dinheiros atribuídos para a arqueologia / monumentos
> / museus foi sempre ridúcuos se compararmos com outras áreas e ou se
> compararmos percentualmente com outros países.
>
> Lembro só com,o exemplo de o famigerado Departamento de Arqueologia do IPPC
> ter somente 50 mil contos ...
>
> Hoje, 2012,quanto teve? E no tempo em que o deficit ainda era pequeno quanto
> teve...?
>
>
>
>
>
> _______________________________________________
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> Archport@ci.uc.pt
> http://ml.ci.uc.pt/mailman/listinfo/archport
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