Re: [Archport] Mais qualidade nos professores e menos quantidade!

[Manuel Castro Nunes <arteminvenite@gmail.com>]

Como estou moderado, as minhas intervenções não passam para a lista.

A minha indignação contra mais um atentado à verdade, à dignidade dos professores e contra a manipulação da opinião que o FMI e seus parceiros fazem em Portugal, com a conivência das instituições do estado.

Relembrando que uma grande percentagem de arqueólogos são também professores.

No dia 20 de Janeiro de 2013 à28 12:26, V. Machado Borges <v.m.borges@netcabo.pt> escreveu:

Relatório miserável e ideológico de pseudo técnicos que não representam ninguém (nem o próprio FMI), cheio de disparates que pretendem justificar cortes nos investimentos que significam o futuro do país – a educação, a saúde, a protecção social - e os tratam como “despesa”!

 

Qual o rigor de um “relatório técnico” que tem uma variabilidade numa proposta de despedimento entre 30.000 a 50.000 pessoas? Uma margem de erro de 20.000 desempregados??? E que significaria uma repercussão entre 90.000 a 150.000 dependentes, tomando como base uma família nuclear de 3 elementos, e uma sobrecarga em reformas ou subsídios de desemprego brutal para a população activa?

 

Propõe-se assim, de ânimo leve, alegremente, o despedimento de CINQUENTA MIL PESSOAS???

 

Que inconsciência e incompetência de um governo que promove e divulga tamanha barbaridade! Que credibilidade tem esta gente para nos pedir ainda mais sacrifícios?

 

Está à vista o “sucesso” destas políticas, o que não se compreende é como um país de 900 anos se deixa dominar pacificamente por esta gente…

 

O berço da europa e da democracia a caminho da destruição civilizacional promovida pelas troikas da finança amoral

 

 

De: archport-bounces@ci.uc.pt [mailto:archport-bounces@ci.uc.pt] Em nome de Ana Rita
Enviada: sábado, 19 de Janeiro de 2013 14:50
Para: archport@ci.uc.pt
Assunto: [Archport] Mais qualidade nos professores e menos quantidade!

 

 

FMI atribui ineficiências na educação ao excesso de professores

Os técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) parecem ter a sua opinião bem definida em relação ao sector da educação. Nos estudos que acompanham o relatório da sexta avaliação ao programa de ajustamento português, o sector da educação e os professores voltam a estar no centro das críticas.

“O principal factor de custos e ineficiências no sector da educação é o baixo rácio aluno-professor, que reflecte a presença de muitos professores com diminuição ou ausência de componente lectiva”, lê-se no estudo.

Antes disto, já os técnicos tinham escrito que as áreas da educação e da segurança mostram “ineficiências” e “empregam mais pessoas” que os países pares.

Estas referências chegam depois de na semana passada, no relatório entregue ao Governo com sugestões para o corte de 4.000 milhões na despesa do Estado, os técnicos do FMI terem sugerido dispensar entre 30 e 50 mil funcionários (pessoal docente e não docente) na educação, enviando-os para a mobilidade especial.

Reformas na educação serão positivas.

Ainda neste estudo, os técnicos defendem que “reformas na educação podem ter um impacto potencialmente grande na eficiência e equidade”. Os técnicos frisam que apesar de Portugal gastar mais do que a média europeia com a educação, os resultados apresentados deixam a desejar, apontando por exemplo “as altas taxas de abandono escolar no ensino primário e secundário”, os resultados a ciências e matemáticas abaixo da média, entre outros.

A consolidação orçamental pode ser o gatilho para um objectivo mais estrutural que não apenas as poupanças no curto prazo.

Técnicos do FMI

Mas os técnicos do fundo sediado em Washington inovam nas recomendações, dizendo que “a consolidação orçamental pode ser o gatilho para um objectivo mais estrutural que não apenas as poupanças no curto prazo”. E neste sentido sugerem que a “rede de escolas podia estar mais racionalizada, dado que as escolas primárias estão a enfrentar uma quebra na procura (devido à demografia)”.

Por outro lado, prosseguem, “o ensino superior enfrenta uma procura crescente”. Além disso, consideram que “a educação profissional poderá ser ainda mais desenvolvida para melhor atender às necessidades do mercado de trabalho”.

Já o João Dias da Silva disse à agência Lusa que " é precisa uma gestão racional do sistema educativo".

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Manuel de Castro Nunes