Sábia observação e nada despropositada. Mas, para esclarecer o António Valera, digo-lhe o que não é segredo: na última reunião da Comissão Editorial de O Arqueólogo Português foi aprovada a transformação de essa prestigiada publicação, dirigida por António Carvalho, numa revista com referees. Vai levar algum tempo, claro. O que é normal. Como autor de essa proposta devo no entanto dizer que me tenho rido muito com anedotas de referees. Mas, no geral, tem razão...
Victor S. Gonçalves
Enviado do meu iPhone
Tenho vindo a tomar conhecimento
que alguns colegas arqueólogos utilizam nos seus currículos, referenciados
como artigos com arbitragem científica, textos publicados em revistas que
não têm essas mesma arbitragem. De entre outras, Vipasca e Almadan são
exemplos. Não está em causa o valor das publicações, naturalmente. Nem
sequer o valor dos textos em concreto. Está em causa outra coisa. Sendo
que hoje a avaliação curricular, no que respeita a publicações, se faz
cada vez mais (nalguns casos exclusivamente) com base em trabalhos publicados
em revistas com arbitragem científica, é bom que se comece a ter noção
que há quem ande enganado ou a tentar enganar.
Que eu saiba, não há ainda em
Portugal qualquer revista de Arqueologia que tenha arbitragem científica,
que como sabemos é uma prática com normas bem estabelecidas e com reconhecimento
internacional.
Está mais do que na hora de se
criar pelo menos uma, que provavelmente não chegará já para as encomendas.
Entretanto, atenção aos currículos...
É que se cá nós conhecemos as
revistas e reconhecemos a marosca, para um júri internacional a coisa até
pode passar.
António Carlos Valera
Direcção do Núcleo de Investigação Arqueológica - NIA
ERA Arqueologia SA.
Cç. de Santa Catarina, 9C,
1495-705 Cruz Quebrada - Dafundo
antoniovalera@era-arqueologia.pt
www.era-arqueologia.pt