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Re: [Archport] Publicações científicas/português versus inglês ou vice-versa

To :   archport <archport@ci.uc.pt>
Subject :   Re: [Archport] Publicações científicas/português versus inglês ou vice-versa
From :   3raposos@sapo.pt
Date :   Fri, 08 Aug 2014 17:29:41 +0100

Gostaria de expressar o meu total acordo com as considerações do Francisco Sande Lemos abaixo.
Para os amantes da língua inglesa, diria que elas nos deixam "realizar como eventualmente todos os eventos" são finitos, ou, dito em português de lei, nos deixam "compreender como no fim das contas todos os acontecimentos" são historicamente determinados. Determinados por nós, sejamos que insistem em usar a nossa língua, sejamos os que se sentem mais cosmopolitas e espertos (não confundir com "experts") quando usam o inglês. E nestes incluo, obviamente, aqueles que, ao que parece, já fazem conselhos de ministros em inglês.
Luís Raposo


Quoting Francisco Sande Lemos <sandelemos@gmail.com>:

Bom Dia!
 
As línguas possuam dinâmicas que ultrapassam a produção científica.
 
Se alguém pretender viajar do Alasca à Patagónia, passando pelo Quebèc, ou seja um continente inteiro, o chamado Novo Mundo, basta saber falar Português, Espanhol, Inglês e Francês. Os anglo-saxónicos que se acantonam no inglês estão mal...
 
Um português ou brasileiro que saiba Inglês e Francês não tem problemas.
 
Eu leio muito em inglês e logo o português que escrevo está recheado de inglesismos. Paciência...Para "compensar" (terminologia médica) socorro-me de Clarice Lispector; Rubem Fonseca ou Patrícia Melo.
 
O que é inaceitável é que qualquer organismo português despromova a sua própria língua, estabelecendo condicionantes. 
 
Não podemos comparar o sueco com o português. São duas escalas absolutamente diferentes.
 
Além do mais é recomendável que os ingleses aprendam castelhano ou português para que possam ter acesso ao imenso universo da América Latina, onde há uma notável e inovadora dinâmica científica. 
 
Estabelecer regras é disparate. Se um português quer publicar em inglês muito bem. Mas avaliar cvs pelo língua em que estão publicados os textos é um "non sense".
 
O Francês era a língua científica do século XIX e no entanto perdeu o estatuto.
 
A produção científica não pode estar condicionada as regras que por definição lhe são exteriores (a língua).
 
Saudações,
 
Francisco Sande Lemos
 
 







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