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Re: [Archport] Publicações científicas/português versus inglês ou vice-versa

To :   <3raposos@sapo.pt>, "archport" <archport@ci.uc.pt>
Subject :   Re: [Archport] Publicações científicas/português versus inglês ou vice-versa
From :   Silvério Figueiredo <silverio.figueiredo@ipt.pt>
Date :   Sat, 9 Aug 2014 18:14:38 +0100

Title: RE: [Archport] Publicações científicas/português versus inglês ou vice-versa

Gostaria também de expressar o meu total acordo com as considerações acerca da utilização do português/inglês nas publicações científicas feitas pelos profs. Francisco Sande Lemos e Luís Raposo. Não tendo nada contra a utilização do inglês na produção científica acho que não devemos menosprezar o português, especialmente quando isso é feito por organismos oficiais não só relativo à investigação científica, mas também quando Conselhos de Ministros e reuniões com parceiros portugueses são feitos em inglês, o que é lamentável.

Cump.

Silvério Figueiredo


-----Mensagem original-----
De: archport-bounces@ci.uc.pt em nome de 3raposos@sapo.pt
Enviada: sex 08-08-2014 17:29
Para: archport
Assunto: Re: [Archport] Publicações científicas/português versus inglês ou vice-versa

Gostaria de expressar o meu total acordo com as considerações do Francisco
Sande Lemos abaixo.
   Para os amantes da língua inglesa, diria que elas nos deixam "realizar
como eventualmente todos os eventos" são finitos, ou, dito em português de
lei, nos deixam "compreender como no fim das contas todos os
acontecimentos" são historicamente determinados. Determinados por nós,
sejamos que insistem em usar a nossa língua, sejamos os que se sentem mais
cosmopolitas e espertos (não confundir com "experts") quando usam o
inglês. E nestes incluo, obviamente, aqueles que, ao que parece, já fazem
conselhos de ministros em inglês.
   Luís Raposo

Quoting Francisco Sande Lemos <sandelemos@gmail.com>:
> Bom Dia!    
> As línguas possuam dinâmicas que ultrapassam a produção científica.
>  
> Se alguém pretender viajar do Alasca à Patagónia, passando pelo 
> Quebèc, ou seja um continente inteiro, o chamado Novo Mundo, basta 
> saber falar Português, Espanhol, Inglês e Francês. Os 
> anglo-saxónicos que se acantonam no inglês estão mal...
>  
> Um português ou brasileiro que saiba Inglês e Francês não tem problemas.
>  
> Eu leio muito em inglês e logo o português que escrevo está recheado 
> de inglesismos. Paciência...Para "compensar" (terminologia médica) 
> socorro-me de Clarice Lispector; Rubem Fonseca ou Patrícia Melo.
>  
> O que é inaceitável é que qualquer organismo português despromova a 
> sua própria língua, estabelecendo condicionantes. 
>  
> Não podemos comparar o sueco com o português. São duas escalas 
> absolutamente diferentes.
>  
> Além do mais é recomendável que os ingleses aprendam castelhano ou 
> português para que possam ter acesso ao imenso universo da América 
> Latina, onde há uma notável e inovadora dinâmica científica. 
>  
> Estabelecer regras é disparate. Se um português quer publicar em 
> inglês muito bem. Mas avaliar cvs pelo língua em que estão 
> publicados os textos é um "non sense".
>  
> O Francês era a língua científica do século XIX e no entanto perdeu 
> o estatuto.
>  
> A produção científica não pode estar condicionada as regras que por 
> definição lhe são exteriores (a língua).
>  
> Saudações,
>  
> Francisco Sande Lemos
>  
>  
>
>









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