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[Archport] Fwd: MNA DIGITAL Outubro 2019

To :   Archport <Archport@ci.uc.pt>, histport <histport@ml.ci.uc.pt>, museum <museum@ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] Fwd: MNA DIGITAL Outubro 2019
From :   Filomena Barata <barata.filomena@gmail.com>
Date :   Fri, 27 Sep 2019 17:35:23 +0100




MNA Digital: Boletim n.º 61
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 Atividades no MNA
Jornadas Europeias do Património
 
Terão lugar nos dias 27, 28 e 29 de setembro as Jornadas Europeias do Património 2019, este ano subordinadas ao tema Artes Património Lazer. A DGPC será  responsável pela programação e divulgação das JEP.

Pretende-se com este tema destacar as muitas facetas do património ligadas às artes, como fonte de entretenimento, e ao lazer, que nos permitem a todos viver outras dimensões da vida quotidiana, apropriando-nos de uma parte da cultura, tornando-nos autores, especialistas, guardiões e protagonistas.
A DGPC, convida as entidades públicas e privadas a associarem-se a estas Jornadas, organizando iniciativas neste âmbito.
O Museu Nacional de Arqueologia irá aderir, como habitualmente, às Jornadas Europeias do Património e as iniciativas poderão vir a ser consultadas Aqui

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Para ver
Exposições permanentes
Tesouros da Arqueologia Portuguesa
Coleção de ourivesaria arcaica constituída por 1.500 peças, fruto de aquisições e recolhas avulsas, das quais 600 se encontram expostas. Da coleção de joalharia antiga destaca-se um conjunto de ourivesaria Pré e Proto-histórica, um dos mais importantes em toda a Europa. Este conjunto contribui decisivamente para que o MNA seja o museu nacional com o maior número de bens classificados como "Bens de Interesse Nacional" (Tesouros Nacionais).
Egito
Antiguidades Egípcias
Coleção constituída por 586 peças das quais 309 se encontram expostas. O acervo é a mais numerosa colecção em Portugal e foi reunido por José Leite de Vasconcelos e pela família real, tendo sido também significativas as doações da família Palmela, Bustorff Silva e Barros e Sá. As peças expostas encontram-se distribuídas de acordo com um critério temático-cronológico desde a Pré-História à Época Copta, abrangendo um período de mais de 5.000 anos de História.
Exposições temporárias
Religiões da Lusitânia. Loquuntur Saxa
Retomando um tema e uma perspetiva de estudo muito cara a José Leite de Vasconcelos, apresenta-se esta exposição que convida a conhecer duas tradições religiosas, Hispania Aeterna e Roma Aeterna, que se mesclam por força da Pax Romana, e que foram estudadas de forma exaustiva pelo eminente investigador e fundador do museu, dando origem a uma importante obra cientifica e literária comemorada nesta mostra expositiva.
Cronellius Bocchus.
Um Lusitano Universal

O Museu Nacional de Arqueologia, no âmbito da sua programação Mostra Espanha 2019, organizou com o Centro de Arqueologia de Lisboa da Câmara Municipal de Lisboa, o Museo Nacional de Arte Romano e o Consórcio Ciudad Monumental de Mérida, esta exposição, visando conhecer melhor o legado romano – nossa cultura e património comuns.
Nela estão em destaque uma inscrição proveniente de Lisboa, que nunca fora apresentada publicamente, e a inscrição de Bocchus de Mérida.
Lucius Cornelius Bocchus é um cidadão romano nascido na Lusitânia, pertencente a uma família muito representada na epigrafia de Salacia (Alcácer do Sal), aceitando-se que aquela ali se tenha fixado no final da República / início do Império. Foi homenageado em várias cidades. Algumas inscrições, identificadas em centros urbanos na antiga província da Lusitânia romana e mesmo em outros pontos do Império, apresentam idêntico apelido Bocchus, mas nomeiam diferentes ascendentes paternos, referindo-se, pois, a mais do que um indivíduo.

Peça convidada : A Pátera de Titulcia (Madrid) no MNA, no âmbito de intercâmbio com a exposição promovida pelo Museo Arqueológico Regional de la Comunidad de Madrid  (MRACM) “Un brindis por el Príncipe".
 
A exposição promovida pelo Museo Arqueológico Regional de la Comunidad de Madrid  (MRACM) “Un brindis por el Príncipe!. El vaso campaniforme en el interior de la Península Ibérica” , dedicada à divulgação dos últimos estudos em torno do Vaso Campaniforme, inaugurou em abril e encerrará no final de setembro.

Entre os vinte bens arqueológicos solicitados para essa exposição, encontra-se um conjunto de nove peças de ourivesaria arcaica, classificadas como Bens de Interesse Nacional, que habitualmente se visitam na Sala dos Tesouros da Arqueologia Portuguesa do MNA.

A exposição itinerante será posterirmente apresentada no Museo de León - Junta de Castilla y León, estando prevista a inauguração para final do próximo mês de Outubro.




Fotografia de: Rubén Ojeda

O catálogo da exposição “Un brindis por el Príncipe!” do Museu Arqueológico Regional da Comunidade de Madrid é uma síntese da últimas investigações sobre o fenómeno do vaso campaniforme. Apresenta os recentes estudos genéticos e as relações com a metalurgia, passando ainda pela relação do mesmo com a exploração de recursos  naturais, nomeadamente o sal.
O catálogo pode ser adquirido na loja do Museu  Arqueológico Regional ou online.
2 volumes
Preço: € 50.00
Data de publicação: 25 de Abril 2019

Um segundo catálogo, para público não especialista, foi também editado, podendo adquirir-se por € 20 da mesma forma.



Durante o período de exposição em Madrid, o MRACM cedeu temporariamente ao MNA a Pátera de Titulcia que será a "Peça Convidada" na exposição permanente "Tesouros da Arqueologia Portuguesa". Aqui.

Trata-se de uma Pátera figurativa em prata, datada dos séculos IV-III a.C., encontrada em 2009 em El Cerrón, Titulcia, representando um rosto de felino híbrido de animal fantástico (um rosto de felino ornamentado com serpentes), da Cultura Carpetana, onde se manifesta uma influência claramente helenística que encontra paralelos na célere pátera de Perotito, pertencente ao acervo do Museo Arqueológico Nacional, Madrid (Nº Inv. 1917-39-1).

Aqui
 
Taça de Troia em exposição no MNA
 
Encontra-se temporariamente exposta ao público no MNA, após o que regressará, em data ainda a definir, ao Museu-Biblioteca da Fundação da Casa de Bragança, a denominada Taça de Troia, descoberta em 1814, naquele importante sítio com ocupação romana.

A peça foi apresentada ao público no dia 13 de dezembro de 2018,  no Museu Nacional de Arqueologia, na sequência da visita do Presidente da República e da Ministra da Cultura por ocasião da celebração do 125º aniversário do Museu.  Na ocasião  foram apresentados os estudos da investigação arquivística e  química efectuados, na sequência da  reidentificação da taça nas coleções da Fundação da Casa de Bragança. Foi a investigação científica realizada por Maria Teresa Caetano Aqui.  que possibilitou a reconstituição da história deste objeto, após a sua descoberta em Troia e a sua integração na coleção de D. Fernando II.

Relembramos que a história desta taça e o seu feliz reencontro foi alvo de um artigo na National Geographic.



Desenhos  (adap.) a partir dos publicados pelo Padre Gama Xaro in “Annaes da Sociedade Archeologica  Lusitana”, Imprensa Nacional,  n º 1 ,1850, Lisboa. Aqui
 
Exposições Virtuais
 Exposições Virtuais do MNA disponíveis no Google Arts & Culture
 
O MNA é um dos 22 museus, palácios e monumentos da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) que integra o projeto "Portugal: Arte e Património", apresentado no passado dia 15 de janeiro no Museu Nacional dos Coches. Aqui 

Resultado de uma parceria entre o Google Arts & Culture e a DGPC, no âmbito do projeto Simplex+, o MNA disponibiliza, digitalmente naquela plataforma, bens culturais pertencentes ao seu acervo e exposições virtuais.

Pode agora ficar a conhecer um pouco melhor as coleções do MNA e visitar virtualmente algumas das exposições que propomos aqui.

No final do mês de Março, foi disponibilizada mais uma exposição dedicada ao «Naufrágio do San Pedro de Alcantara1786»

O MNA encontra-se a preparar outras exposições virtuais com base nas suas coleções, pelo que desde já lança o repto a todos os investigadores que têm vindo a estudá-las, para apresentarem propostas que contribuam para o seu conhecimento e divulgação.

Entre as exposições virtuais em preparação, conta-se a «Lisbon Mummy Project» e «A Criança do Lapedo». 



Fotografia:  Scanning Pabasa. IMI-art / Affidea, Portugal 
Múmia de Pabasa homen 40 a 50 anos (1,62 m ± 4 cm)
Período Tardio 663 - 323 AC.
Nº Inv. MNA E 136
Biblioteca



A biblioteca do Museu Nacional de Arqueologia é uma das mais importantes e mais antigas bibliotecas portuguesas (instituída pelo decreto de 24 de dezembro de 1901) especializadas em Arqueologia, possuindo igualmente um acervo significativo na área da Etnografia e da Museologia.

Conta com cerca de 23.000 monografias e 1800 títulos de publicações periódicas e uma mapoteca constituída por 1500 cartas geológicas, topográficas e diversas. 

Possui ainda coleções especiais de 1920 manuscritos, 5 incunábulos, mais de 2000 livros antigos, 917 folhetos de literatura de cordel, cerca de 3900 registos de santos e ainda gravuras diversas. A maior parte destas coleções especiais encontra-se já catalogada e disponível na base de dados on-line.


 

Arquivo Histórico Digital

A digitalização do Arquivo Histórico do Museu Nacional de Arqueologia é uma prioridade desta Instituição.
Pese ser ainda reduzida a documentação histórica digitalizada, está parcialmente disponibilizado ao público o epistolário de José Leite de Vasconcelos, o que tem maior procura por parte dos investigadores e público em geral, no Site do Museu, que pode ser consutado Aqui .

O MNA encontra-se a trabalhar, em diálogo com a comunidade científica, no sentido de serem  disponibilizados novos núcleos documentais.

 

 

Serviço Educativo e de Extensão Cultural
O Serviço Educativo e de Extensão Cultural o Museu acolhe e promove um conjunto de atividades educativas, a exemplo de visitas orientadas e temáticas, no âmbito das exposições permanentes e temporárias. Promove outras ações de índole formativa como ateliês pedagógico-didáticos para públicos escolares e não escolares, e participa em múltiplos eventos de divulgação das atividades do Museu.


 
Pode contactar o serviço através do endereço de e-mail malbuquerque@mnarqueologia.dgpc.pt.
.
O Site do MNA e as Redes Sociais
O Museu Nacional de Arqueologia encontra-se representado  em outras redes sociais. Pode visitar-nos aqui:

Página do Site do MNA
Aqui



















Página do MNA no Facebook
Aqui 

Extramuros
Até 29 de junho de 2020

Exposição temporária "Ad Aeternitatem - os espólios funerários de Ammaia a partir da coleção Maçãs do Museu Nacional de Arqueologia" no Museu Cidade de Ammaia
 
Foi prolongada a exposição temporária "Ad aeternitatem - os espólios funerários de Ammaia a partir da coleção Maçãs do Museu Nacional de Arqueologia", no Museu Cidade de Ammaia em São Salvador da Aramenha (Marvão), estando patente ao público até meados de 2020.


 
Relembramos que esta exposição conta com um número significativo de peças das coleções do MNA, resultado das recolhas de António Maçãs e outras personalidades locais que se relacionaram com José Leite de Vasconcelos, bem como da doação de Delmira Maçãs ao MNA.

Taça de Vidro 
Séculos I d.C. - II d.C. 
MNA Nº Inv. 13654
Ammaia, São Salvador da Aramenha

 
Aconteceu no MNA

LUCIUS CORNELIUS BOCCHUS - Um Lusitano Universal.
 
Sessão oficial de inauguração 10 de setembro

Entendeu o Museu Nacional de Arqueologia, no âmbito da sua programação Mostra Espanha 2019, organizar conjuntamente com o Centro de Arqueologia de Lisboa da Câmara Municipal de Lisboa, o Museo Nacional de Arte Romano e o Consórcio Ciudad Monumental de Mérida, esta exposição, para que se conheça melhor o legado romano – nossa cultura e património comuns.
Afortunadamente, o Centro de Arqueologia de Lisboa resgatou definitivamente das Termas dos Cássios, na Rua das Pedras Negras, onde se encontrava num lugar de dificílimo acesso, a afamada inscrição de Lisboa, descoberta por A. M. Dias Diogo, e que nunca fora apresentada publicamente. 
A reunião desta com a inscrição de Bocchus de Mérida é, portanto, um acontecimento inédito, especial e com valor simbólico, pois juntamos a epigrafia da capital da província e da capital atlântica, também porto de mar desta.

Os promotores desta exposição agradecem reconhecidos a João Luís Cardoso, da Academia Portuguesa da História (Lisboa) e Martín Almagro-Gorbea, da Real Academia de la Historia (Madrid) que organizaram o colóquio dedicado a “Lucius Cornelius Bocchus: Escritor Lusitano da Idade de Prata da Literatura Latina” e editaram em 2011 um volume com as respetivas atas.



Lucius Cornelius Bocchus é necessariamente uma figura proeminente na elite social, na economia e no governo de algumas das principais cidades da província, mas também na capital desta, Augusta Emerita (Mérida), na primeira metade do século I d. C..



Cipo paralelepipédico em lioz, de veios rosados. Proveniente das Termas dos Cássios (Rua das Pedras Negras/Travessa do Almada, Lisboa). (Dimensões: 99x49x48,5 cm).. Século I d.C.
Propriedade: Câmara Municipal de Lisboa/Centro de Arqueologia de Lisboa.
TRANSCRIÇÃO:

L(ucio) · CORNELIO

L(ucii) · F(ilio) · GAL(eria tribu) · BOCHHO

SALACIENSI

FLAMINI · PROVIN

CIAE · LUSITANIA[E]

PRAEF(ecto) · FABRVM · V (quinquies)

TRIB(uno) · MILIT(um) · LEG(ionis) · VIII (octavae)

AVG(ustae)

D(ecreto) · D(ecurionum)

Transcrição de José d’Encarnação

TRADUÇÃO:

Lucius Cornelius Bocchus, filho de Lucius, da tribo Galeria, natural de Alcácer do Sal. Foi flâmine da província da Lusitânia,  por cinco vezes prefeito dos artífices e tribuno da VIII legião Augusta. Monumento mandado erigir por decreto dos decuriões.



INSCRIÇÃO Nº 2 – INSCRIÇÃO DE MÉRIDA DE LUCIUS CORNELIUS BOCCHUS

Placa em mármore. Proveniente do tanque oriental da área do temenos (recinto) do Templo de Diana, Mérida. (Dimensões: 42x27x3 cm). 21-31 d. C. (Período de Tibério). Propriedade: Museo Nacional de Arte Romano, Mérida. Depósito do Consorcio de la Ciudad Monumental de Mérida. (Inventário Nº: D0211/2/9)
 

TRANSCRIÇÃO:

[L (ucio) CORNELIO L (ucii) F (ilio) BO] CCHO

[PR (aefecto) FABR (um) V (quinquies) L (ucii) FVLCINI TR] IONIS ∙ CO (n) (ulis)

[PRO PR (aetore) TI (berii) CAES aris)] AVGVSTI

[FLAMINI PROVINC (iae)] LVSITAN (iae)

[ ─ - 0] NVENTVS ∙

Transcrição e reconstituição do texto de José Carlos Saquete

TRADUÇÃO:

Lucius Cornelius Bocchus, filho de Lucius, cinco vezes Prefeito dos artífices, do cônsul Lucius Fulcinius Trio, legado propretor de Tibério César Augusto, flâmine da província da Lusitânia, […]

COMENTÁRIO:

Trata-se de uma epígrafe laudatória oferecida a um Bocchus, possivelmente a Lucius Cornelius Bocchus, personagem, da época tiberiana, bem conhecida. Por analogia com a inscrição de Lisboa, e acreditando diversos autores poder tratar-se do mesmo indivíduo, atribui-se-lhe o cargo de praefectus fabrum (Chefe dos Engenheiros Militares) e relacionamo-lo com o poderoso governador da Lusitânia ao tempo do reinado Tibério (14-37 d.C.), Lucius Fulcinius Trio, cujo nome aparece igualmente nesta inscrição. Foi por alguns considerado encarregado das obras do templo de culto imperial provincial, dedicado, aparentemente, ao diuus Augustus, cujas ruínas foram encontradas na rua Holguín, em Mérida.
O facto de esta epígrafe ter aparecido na área do Forum da Colónia leva-nos a pensar que a dedicatória, a tão importante personagem, esteve a cargo dos magistrados da colónia emeritense.

Casa Memória José Leite de Vasconcelos
Antigos Paços do Concelho da Ucanha
 
O Museu Nacional de Arqueologia, em parceria com a Câmara Municipal de Tarouca e a Junta de Freguesia de Gouviães e Ucanha, irá organizar uma exposição sobre José Leite de Vasconcelos para estar patente no antigo edifício dos Paços do Concelho de Ucanha (até 1836).
Recentemente foi objeto de um projeto de reabilitação levado a cabo pela Câmara Municipal de Tarouca.
Este edifício albergará a Casa-Memória de José Leite de Vasconcelos uma exposição organizada pelo Museu Nacional de Arqueologia, com design e museografia a cargo da Câmara Municipal de Tarouca.
O imóvel servirá igualmente de polo de ligação e dinamização dos vários sítios da Ucanha com interesse patrimonial, nomeadamente a ponte fortificada da Ucanha, a Capela da Sr.ª da Ajuda, a Igreja de S. João Baptista e naturalmente a casa onde nasceu José Leite de Vasconcelos.
Servirá ainda para fazer a articulação com os núcleos museológicos dos Mosteiros de S. João de Tarouca e Salzedas, no âmbito do projeto do Vale do Varosa.
A inauguração deste espaço cultural e deste circuito está programada para 2020.
 
Acontece fora de portas
Ciclo de Conferências
Lisboa não é só Subterrânea – 25 anos depois de uma exposição
Até dezembro 2019

IV Sessão 28 de Setembro. 15h

 
Em 1994, no âmbito da Capital Europeia da Cultura, teve lugar no Museu Nacional de Arqueologia a exposição “Lisboa Subterrânea”, comissariada cientificamente pela Professora Ana Margarida Arruda. Aquela mostra tornou-se um marco incontornável no desenvolvimento da Arqueologia da cidade e da sua aproximação ao público.

Vinte cinco anos depois, o Museu Nacional de Arqueologia, a Associação dos Arqueólogos Portugueses, através da sua Comissão de Estudos Olisiponenses e o Centro de Arqueologia de Lisboa da Câmara Municipal de Lisboa juntam-se para assinalar aquele evento procurando fazer um balanço do progresso e evolução do estado da Arqueologia na capital.

O ciclo de conferências “Lisboa não é só Subterrânea – 25 Anos depois de uma exposição” pretende refletir acerca das descobertas e conhecimentos gerados em duas décadas e meia, reunindo universidades, museus, municípios e empresas de arqueologia.
 

 

Publicações em destaque
Publicações no âmbito do projeto EU-LAC Museums
8 -
Zé Povinho
 
No âmbito do projeto EU-LAC Museums, que visa fomentar as relações entre a Europa e a América Latina e Caribe, através do estudo de ligações estreitas entre estes na área da museologia comunitária, o Consórcio do projeto editou duas publicações e 10 flyers. Os últimos dão a conhecer peças do acervo do MNA, tanto da coleção arqueológica (biface, placa gravada em xisto, urna, estátua de Guerreiro Calaico, estatueta de Fortuna), como da etnográfica (lancheira em cortiça, estatueta de rapariga vulgo "Primavera", "Zé Povinho", "Galo de Barcelos", guitarra portuguesa).

As publicações dão a conhecer a realidade portuguesa referente a museus comunitários, bem como o projeto, os membros do consórcio e as comunidades em estudo. As duas publicações, MUSEUS COMUNITÁRIOS. A realidade PortuguesaEU-LAC MUSEUMS Mission, Members and Communities, encontram-se disponíveis on-line.



“Zé Povinho”, Tinteiro policromado.
Cerâmica das Caldas da Rainha.
Aquisição em finais do século XIX.
Museu Nacional de Arqueologia ETNO 3588
Séculos XIX-XX

A figura do “Zé Povinho”, criada por Rafael Bordalo Pinheiro quando tinha oficina em Caldas da Rainha, e por isso feita na chamada “cerâmica das caldas”, constitui um dos principais ícones contemporâneos portugueses. Usado abundantemente na imprensa satírica, ele é o equivalente e lusitano do “Joe Everyman”, com traços de acentuada ruralidade e distanciamento, simultaneamente alienado e digno, relativamente à vida da cidade com todos os seus interesses mesquinhos e a sua pequena e corrupta política.

É frequente a representação do “Zé Povinho” em situações que ou expressam a sua pobreza (bolsos revirados e vazios) e sujeição (cangas sobre as costas) ou a sua revolta algo indiferente
(manguito).

Na função de tinteiro de barro policromado, a figura apresenta-se de joelhos, com as
mãos no chão, como um animal de carga, vergado sob o peso da albarda que sustenta os recipientes do
tinteiro. Apresenta ainda alguns dos caraterísticos atributos desta genial criação de Bordalo: mangas
arregaçadas, meia barba sob um rosto redondo, sorridente mas irónico, coberto por um chapéu de abas.
Notícias em destaque
Materiais Pétreos do MNA - uma intervenção lapidar

Concluiu-se durante a primeira semana de Setembro a iniciativa de desmatação, limpeza e reordenamento do coberto vegetal na área exterior da fachada norte do Museu Nacional de Arqueologia ocupada por materiais arqueológicos pétreos de médias e grandes dimensões. Iniciativa articulada com uma acção complexa, morosa e pesada e muito atenta de identificação, seriação, separação tipológica e conveniente arrumação, de todos os elementos pétreos dispersos que aí se reuniram ao longo de décadas.

O acervo, uma vez organizado tipologicamente, foi instalado em paletes próprias que permitem agora uma mais rápida e adequada movimentação mecânica. Esses suportes foram instaladas sobre um geotêxtil destinado a inibir o crescimento de vegetação em três extensões do terreno.

Trata-se de uma solução temporária, até que se concretize a ampliação da Reserva Lapidar existente.

Esta iniciativa, que era uma preocupação constante das sucessivas Direcções e equipas do MNA também há décadas, foi realizada pelo Serviço de Manutenção, em articulação com o Sector de Inventário e de Colecções a que se juntará agora a equipa do Laboratório de Conservação e Restauro para planear e executar as intervenções necessárias.
 
A recolha de informação com vista a documentar cada um dos bens culturais e a actualização do inventário do Museu foi já iniciada pelo Serviço de Inventário e de Colecções, pretendendo-se estabilizar o conhecimento sobre cada um dos objectos e garantir o acesso, no futuro, por parte de investigadores.


 
De regresso ao Museu Nacional de Arqueologia a Pátera com Mito de Perseu, Lameira Larga, Penamacor.

O Museu Rietberg de Zurique é um dos maiores e mais importantes Museus de Arte suiços, contando com um vasto leque de exposições a nivel internacional.
Visando figurar numa exposição sobre a "História Cultural do Espelho", cujo eixo central se situava  na “Arqueologia do Espelho", no âmbito das antigas culturas da Europa, Ásia e América, de que destaca a grande importancia do espelho nas culturas grega, egípcia e romana, o Museu Nacional de Arqueologia cedeu temporariamente a Pátera com o Mito de Perseu, Lameira Larga, Penamacor, (N° de inventario: Au 690), que agora regressa ao Museu Nacional de Arqueologia.
O Museu Nacional de Arqueologia foi a única entidade representada na exposição.
Da mesma foi editado um catálogo, que se encontra disponível na Biblioteca do MNA.




 
Publicação em destaque
 
Lançamento dia 4 de outubro, pelas 18h30
Fundação Portuguesa das Comunicações


Museus Centenários de Portugal
Cristina Cordeiro
 
A autora Cristina Cordeiro, guia-nos através do 1º volume desta sua obra pelos mais carismáticos Museus Centenários de Portugal, espaços emblemáticos, cheios de história, arte, riqueza e acervo que podemos sempre depois visitar pessoalmente.
Esta incursão pelo mundo dos museus só terminará no próximo ano, altura que será lançado o segundo volume desta obra.

40 Euros
Edição bilingue e contém 13 selos da emissão homónima com o valor de €4.55
 
O Museu Nacional de Arqueologia e o Território 

O Museu Nacional de Arqueologia, caracterizado por um acervo onde estão representados cerca de 3.200 sítios arqueológicos de todo o país, vem já, desde longa data, praticando uma política de parcerias com outros museus portugueses.

Gradualmente foi elaborando um levantamento não só dos Museus de Arqueologia ou com coleções de Arqueologia, bem como de Centros Interpretativos de Sítios arqueológicos, que atualmente têm em exposição peças do seu acervo.

Depois de um processo de recolha sistemática de bens arqueológicos e etnográficos reunidos pelo seu fundador, no processo de constituição do Museu, em Democracia o MNA tem sabido realizar uma política de descentralização credível das suas colecções, respondendo às solitações de instituições museológicas que promovem exposições temporárias e às exigências de um conhecimento mais partilhado.
 
Nesta rubrica que agora abrimos daremos, gradualmente, conta do trabalho efetuado em parceria com os museus nacionais.

O MNA tem hoje 45 conjuntos de Bens Culturais cedidos a outras entidades:

Tutela Nacional    5
Tutela Regional    7
Tutela Municipal 22
Outras Tutelas     9
Museus Estrangeiros 2 (Museum Rietberg, Zurique, Suiça e Museu Arqueológico Regional - Alcalá de Henares)
 

Museus de Arqueologia ou com Coleções de Arqueologia e Centros de Acolhimento de Sítios Arqueológicos (Mapa de 2018).
Peças em destaque
Inicialmente o voto era oral. Por volta do século II a.C., os romanos tiveram a ideia de criar uma urna onde os votos fossem depositados, per tabellam,  com o objetivo de assegurar o voto secreto e a liberdade do cidadão votar sem interferência dos mais poderosos.

As tabellae dadas ao cidadão para votar eram pequenas tábuas enceradas, nas quais se escrevia com um stylus ou estilete o nome do candidato.


Para comemorar a chamada lei tabelária”, que introduziu o voto secreto, foram emitidas moedas com imagens de cenas de votação, onde figura um cidadão depositando a sua tabella diante do magistrado, como é o caso do exemplar aqui apresentado.

O voto não era, na Época Romana, universal, era censitário e hierárquico.

Uma nova reforma, realizada em 107 a.C., modificou profundamente o exército romano e, pela primeira vez, permitiu que pessoas sem propriedades se alistassem ao criar um equipamento padrão fornecido pela própria legião.

Essa mudança levou as eleições romanas ao mais próximo do que se poderia chamar "voto popular", embora a ordem fosse mantida, mas durou pouco, porque no ano 27 a.C. Augusto transferiu todo esse poder ao Senado após se tornar o primeiro imperador romano.

A campanha eleitoral chamava-se ambitus  e, nessa altura, o candidato substitui a sua toga habitual pela toga candida, uma toga de um branco resplandecente de onde deriva o termo “candidato”. Começava depois da leitura da lista oficial dos candidatos, petitio, e da respectiva exposição formal.

O civis optimo iure, o "cidadão completo", dispõe do direito de voto (ius suffragii) e do direito de ser eleito magistrado (ius honorum) .

Sobre as eleições em Roma pode consultar Aqui. 


Denário de P. NERVA com representação de Roma
ROMA
nº Inv. 2015.14.99
113 a.C. - 112 a.C. 
Soalheira de Barbanejo.

Anverso: Busto de Roma à esquerda, usando capacete, com uma pluma de cada lado, segurando um escudo com a mão esquerda; com a mão direita segura uma lança que está pousada no ombro esquerdo. Em cima um crescente lunar. Atrás ROMA. Bordo delineado por pontos.
Reverso: Ao centro uma cena representando um acto eleitoral: um votante, à esquerda, com "pons" recebe o boletim de voto de um funcionário, em baixo; outro votante, à direita, com "pons" coloca o boletim na "cista".
Em cima: P. NERVA (NE em nexo); no topo da moeda uma linha onde se destaca uma placa com a letra P. Bordo delineado por pontos.


































Origem / Historial:
Conjuntamente com os colares entrançados de ouro e de prata, de Soalheira do Barbanejo, foram descobertas novecentas moedas de prata romanas. Essas moedas foram vendidas a peso e dispersaram-se. O conjunto de 111 moedas de prata existentes no MNA foram, provavelmente, adquiridas por José Leite de Vasconcelos, na época em que adquiriu parte dos colares então descobertos e que hoje fazem parte do denominado Tesouro de Soalheira do Barbanejo, integrado no acervo do Museu.
 
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Direção: António Carvalho
Edição: Ana Teresa Rodrigues; Carlos Diniz; Filomena Barata; Mário Antas Textos: Equipa técnica do MNA
Imagens: Equipa técnica do MNA; Arquivo de Documentação Fotográfica / Direção-Geral do Património Cultural (ADF/DGPC), Google Arts & Culture, Isabel Zarazúa
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