Re: [Archport] S. Gião da Nazaré

[Carlos Delgado <cfsdelgado@gmail.com>]

Adriano Luís Monteiro, o engenheiro que foi elevado à condição de "dono da Arqueologia e Património" no concelho da Nazaré (concelho esse que, em pleno ano de 2020, ainda não tem um único Arqueólogo na câmara municipal...).

Em seg., 17 de fev. de 2020 às 16:48, Maria de Magalhães Ramalho <mariabaptistaramalho@hotmail.com> escreveu:

Diria ainda, já agora, que é uma falta de respeito pelos notáveis e reconhecidos arqueólogos e equipas que se dedicaram  a estudar cientificamente este edifício, edifício este que depois, infelizmente, e ao contrário do previsto, não foi  restaurado logo de seguida muito devido a entraves do Tribunal de Contas e outras burocracias.

Os trabalhos podem também ser consultados no processo existente na DGPC (Arquivo da Arqueologia Portuguesa) sobre a Igreja de S. Gião da Nazaré.  

Deixo aqui os nomes de notáveis investigadores ligados a S. Gião da Nazaré cuja obra de uma vida não deixa margem para dúvidas:

• Luís Caballero Zoreda e sua equipa (Consejo Superior de Investigaciones Científicas de Madrid)  https://csic.academia.edu/LuisCaballero

• Luís Fontes e a sua equipa da Universidade do Minho

file:///C:/Users/mramalho/Downloads/Mem%C3%B3rias_3%20(1).pdf

Pergunto-me, assim, se não terão mais que fazer as pessoas que se dedicam a baralhar os factos e ocultar dados....

Cumprimentos

Maria Ramalho

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De: archport-bounces@ci.uc.pt <archport-bounces@ci.uc.pt> em nome de vasco mantas <vsmantas@gmail.com>
Enviado: segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020 15:47
Para: archport <archport@ci.uc.pt>; histport <histport@uc.pt>
Assunto: [Archport] S. Gião da Nazaré

 

Há dias foram divulgados alguns documentos sobre os problemas arqueológicos e outros, estes muito contemporâneos, em torno da importante ruína visigótica de S. Gião da Nazaré.

 Ora num desses documentos surgiu uma relação incompreensível entre Décimo Júnio Bruto e o edifício em questão, invocando o "Templo de Neptuno" de que falou Frei Bernardo de Brito.

 Ora, parece-me que já vai sendo tempo de deixar de lado estas fantasias humanísticas, compreensíveis nos séculos XVI / XVII, mas pouco adequadas para a arqueologia e história actuais, como já Soromenho sublinhava no prefácio  às "Notícias Arqueológicas de Portugal", de Emil Hubner, em 1871.

Não faria mal ler os trabalhos editados de José d´Encarnação sobre as "invenções" de Resende e Brito (no último número da Biblos, da Faculdade de Letras de Coimbra, ou aproveitar a sessão  desta semana da Academia Portuguesa da História para ouvir falar exactamente sobre esse problema, que afinal continua na ordem do dia.

 Cordiais cumprimentos

                                                          Vasco Gil Mantas

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Carlos Delgado