Mesmo conhecendo as técnicas baixas utilizadas pelos apóstolos do Politicamente Correcto não consigo deixar de ficar triste cada vez que as vejo serem utilizadas.
"Caros colegas, É caso para dizer que a carapuça serviu a alguém." (citação)
Lançar acusações infundadas para tentar queimar alguém social e profissionalmente, apesar de ter alguma eficácia, nem sequer é novidade no nosso país!
Bufos da PIDE e Irmãos do Santo Ofício também eram exímios nesta arte. Poderão mesmo ser uma boa fonte de inspiração para enriquecer a imaginativa Cartilha do Politicamente Correcto, tão caro à Direita Norte Americana (e curiosamente também a alguma Esquerda
Europeia!).
"Um dos problemas mais importantes que se associam às práticas de assédio é
precisamente a desvalorização dos testemunhos e, por conseguinte, das próprias vítimas." (citação)
Mas alguém desvalorizou as vítimas?! Você ao menos leu o que escrevi? Eu reconheço que infelizmente existem abusos de todo o tipo em contexto laboral no nosso país. E que a luta para acabar com tais práticas é antiga e deve ser sempre contínua. Apenas crítico
o carácter identitário, panfletário e alarmista do estudo em questão.
Somente não considero, perante o enquadramento legal já existente, que o sector laboral da Arqueologia tenha especificações diferentes dos restantes. Tenho também sérias dúvidas que em Portugal exista uma "TAXA EPIDÉMICA" de abusos sexuais em contexto laboral
em Arqueologia. Vinte anos a trabalhar no ramo e a falar com outros colegas e nunca vi o cenário de horror descrito.
Aparentemente a autora do estudo teve que recuar até aos idos de 1800 para construir este cenário! Será que contabilizou as sevícias sofridas pelo arqueólogo T. E. Lawrence na mão dos turcos ou o cativeiro de Gertrude Bell na mão de árabes misóginos? Seria
curioso, visto que nos casos descritos, foram as actividades de espionagem e não as arqueológicas, que motivaram tais abusos.
Isto não significa que esteja a negar a existência de casos (eventualmente alguns até graves), mas tal como escrevi, já existem mecanismos para lidar com tais abusos. Peço desculpa para quem adora viver numa torre de Marfim, mas o assédio (de qualquer tipo)
perpetrado contra um pós-doc em Arqueologia, causa o mesmo sofrimento que um assédio da mesma natureza realizado sobre um operário com o 9º ano. Ambos devem ser socialmente expostos e condenados judicialmente de igual modo.
De: archport-bounces@ci.uc.pt <archport-bounces@ci.uc.pt> em nome de Rui Gomes Coelho <ruigomescoelho@gmail.com>
Enviado: quinta-feira, 1 de abril de 2021 11:05 Para: Archport <archport@ci.uc.pt> Assunto: Re: [Archport] In the discipline of archaeology, harassment is occurring at ‘epidemic rates,’ says Stanford scholar Caros colegas,
É caso para dizer que a carapuça serviu a alguém.
Um dos problemas mais importantes que se associam às práticas de assédio é precisamente a desvalorização dos testemunhos e, por conseguinte, das próprias vítimas.
Sugiro por isso que leiam os dois artigos publicados por Barbara Voss esta semana. Estão em acesso aberto. Valem tanto pelas reflexões como pela análise de inquéritos feitos nos EUA, no Canadá e em Espanha.
Cumprimentos,
Rui Gomes Coelho
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On 1 Apr 2021, at 10:59, Ricardo Gaidão <gaidao@hotmail.com> wrote:
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