Escrito por Bruno Vicente Presidente da DG/AAC Miguel Portugal serviu sopa para expor problemas do ensino superior Image Presidente da DG/AAC deu uma ajuda aos trabalhadores das cantinas universitárias, chamando a atenção para o ?desinvestimento do Governo na acção social indirecta? Os estudantes mostraram ontem que estão ao lado dos Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra (SASUC) na luta contra o «desinvestimento continuado do Governo na acção social indirecta». Miguel Portugal e mais 15 colegas da Direcção Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC) trabalharam nas cantinas centrais da Universidade, mais conhecidas por Grelhados e Azuis, para lembrar que «a acção social não é só bolsas». Com boné e bata de cozinha de cor branca, o presidente da DG/AAC arregaçou as mangas e deu uma ajuda aos habituais trabalhadores, durante a hora de almoço. Atrás do balcão, Miguel Portugal ora servia sopas, ajeitava os ?stocks? de água e sobremesa, ora distribuía louça lavada, interagindo sempre com os colegas estudantes, que ficavam pasmados por o ver naquela situação. «As pessoas interessaram-se por esta iniciativa, mas brincaram também connosco. É sempre estranho ver o presidente da DG/AAC a servir sopa aos estudantes», afirmou. Segundo o responsável, a acção de ontem foi importante para os SASUC perceberem que têm os estudantes do seu lado, contra a política de financiamento do Governo. «Sabemos as dificuldades que os SASUC têm e quisemos mostrar ao Governo que há realmente a necessidade de contribuir mais para a acção social indirecta», insistiu Miguel Portugal. ?Manter qualidade vai ser mais difícil? A iniciativa, que concretizou uma moção aprovada pelos estudantes na última Assembleia Magna, deixou o administrador dos Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra, Jorge Gouveia Monteiro, bastante satisfeito. Actualmente os SASUC têm 530 funcionários, mas têm vindo a perder trabalhadores, uma tendência crescente. Cada vez há mais gente a pedir reformas antecipadas, com receio que os cortes das pensões continuem a aumentar. Em contrapartida, com as restrições a novas admissões na função pública, «manter a qualidade vai ser cada vez mais difícil», admitiu Jorge Gouveia Monteiro Fonte: Diário de Coimbra
Luís Barata
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