Diário de Coimbra - Finanças podem ?travar?AG da Metro Mondego à espera do orçamento Escrito por João Henriques ASSEMBLEIA-GERAL DE HOJE Finanças podem ?travar?AG da Metro Mondego à espera do Orçamento Após a Assembleia, o Conselho de Administração da Metro Mondego reúne e Álvaro Maia Seco pode, finalmente, tomar uma posição de força A Assembleia-Geral (AG) da Metro Mondego (MM) está marcada para hoje, às 16h00, mas não é líquido que se realize. Depois de ter estado ausente na última AG, a 29 de Julho, o accionista Estado pode voltar a não marcar presença, fazendo com que, mais uma vez, a decisão do Poder Central sobre o futuro do projecto do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) não seja já conhecida. Por imposições do Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC), os novos investimentos estão a ser alvo de apreciação e análise, com o Ministério das Finanças a procurar conter a despesa pública para baixar o défice. É precisamente o representante do ministério liderado por Teixeira dos Santos que pode ?travar? a AG da MM de hoje, alegando que não foi convocado no prazo legal. Ou, caso esteja hoje presente no número 21 da Rua Rodrigues de Gusmão, pedir o adiamento da Assembleia. A explicação para uma ou outra tomada de posição é sustentada pelo facto de em Outubro começar a ser discutido o Orçamento de Estado (OE) para 2011. Assim sendo, o Estado não teria de anunciar já hoje se serão, ou não, disponibilizadas verbas para a conclusão do projecto do Sistema de Mobilidade do Mondego, já que, assim, só quando o OE para o próximo ano for tornado público é que será possível saber se o metro avança, ou não, conforme foi projectado. O Diário de Coimbra sabe, ainda, que hoje, logo após a conclusão da AG, está agendada uma reunião do Conselho de Administração da MM. Na semana passada, Álvaro Maia Seco esteve reunido, em Lisboa, com o secretário de Estado dos Transportes e não recebeu sinais positivos sobre a concretização das duas fases do projecto. No final da reunião, o presidente da MM pode tomar, finalmente, uma posição de força, sendo a demissão um de entre vários cenários apontados. O capital social da MM está, desde Junho de 2001, distribuído pelos accionistas da seguinte forma: Estado (53 por cento) e municípios de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo (cada um com 14 por cento). A REFER e a CP detêm, cada qual, 2,5 por cento. Por falta de quórum, a AG de 29 de Julho acabou por ser um encontro entre os restantes accionistas, sem qualquer carácter deliberativo. Esta AG foi convocada por Carlos Encarnação, presidente da Mesa da Assembleia, a pedido de Fátima Ramos, autarca de Miranda do Corvo, para questionar a tutela sobre a recalendarização do projecto e reforçar a importância da continuidade das obras. Câmara de Coimbra defende ?cenário base? Quem não vai faltar à Assembleia da MM de hoje é a Câmara de Coimbra, cujo representante vai defender o designado ?cenário base?. Na última reunião camarária, o executivo aprovou, com os votos da maioria e do PS, a proposta neste sentido levada à reunião por João Paulo Barbosa de Melo, vice-presidente da autarquia. Francisco Queirós absteve-se, argumentando que o PCP «sempre defendeu como prioridade a requalificação e modernização da linha ferroviária da Lousã». Os socialistas António Vilhena, Carlos Cidade e Rui Duarte votaram favoravelmente, embora com declaração de voto. «Os vereadores do PS lamentam o atraso da proposta agora apresentada», revelaram, ao mesmo tempo que defenderam que, «no quadro actual, a melhor solução, tendo em conta a realidade económica do país e a necessidade de concretização do projecto, é o designado ?cenário possível?, apresentado pelo Conselho de Administração da MM, e não o ?cenário base?, conforme proposta do executivo». Após assumir tratar-se de uma proposta «desactualizada, face aos prazos que já começam a estar ultrapassados, pelo que cenário é irrealista», os socialistas declararam que, «para salvaguarda de uma posição única de Coimbra, sobre este projecto, vota favoravelmente a proposta apresentada [pelo executivo], apesar de já não corresponder objectivamente aos factos em curso neste processo». «É fundamental manter a credibilidade do projecto da MM e a seriedade dos processos de decisão política em Portugal», lia-se na proposta de João Paulo Barbosa de Melo, que sublinhava, ainda, ser «essencial para os interesses de Coimbra e para a sustentabilidade financeira de todo o projecto que não haja um desfasamento significativo entre as obras do ramal da Lousã e as obras do troço urbano do metro (a chamada linha do Hospital)». O documento revelava, também, que «não é coerente com uma política de transportes moderna que o Governo continue, no meio da crise financeira, a encontrar dinheiro para grandes obras que promovem o transporte rodoviário e admita não ser capaz de o encontrar para obras ferroviárias relativamente pequenas como a da MM». A 8 de Setembro, na sequência de uma deliberação da anterior AG, o Conselho de Administração da MM fez chegar à autarquia um conjunto de documentos entre os quais avulta uma proposta de Plano Estratégico 2010-2012. Nesta proposta, foram adiantados alguns cenários alternativos de execução do projecto, com calendarizações e desenvolvimentos significativamente diferentes uns dos outros (designados como ?cenário base?, ?cenário possível?, ?cenário indesejável? e ?cenário indefensável?). Foi esta situação que motivou a tomada de posição do município de Coimbra. Quatro cenários para um só projecto Defendido pela autarquia de Coimbra, o ?cenário base? equivale ao planeamento do investimento de um projecto global único, tal como foi assumido pelo Estado e pelos restantes accionistas, significando a operacionalização do metro no antigo ramal da Lousã até ao final de 2012 e na linha do Hospital até ao final de 2014. Admitindo um deslizamento da operacionalização da primeira fase do projecto de 2012 para 2014, o ?cenário possível? considera possível criar uma fase de operacionalização parcelar no final de 2013, procurando rentabilizar os investimentos já em curso e que, de acordo com os administradores da Metro Mondego (MM), «não podem/devem ser interrompidos». Além do mais, «consegue gerar alguma folga orçamental em 2011 e 2012, sem pôr demasiado em causa a credibilidade e o impacto estrutural do projecto». Relativamente aos cenários ?indesejável? e ?indefensável?, o Conselho de Administração da MM entende que os mesmos correspondem às condicionantes do Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC). No entanto, considera-os «indesejáveis em termos sociais, descredibilizando completamente o projecto e obrigando a assumir que este estaria objectivamente suspenso ?sine die?».Orçamento Diário de Coimbra - Queda de Escrito por José João Ribeiro OBRAS NUM PRÉDIO Queda de matou trabalhador Image Empreiteiro disse que ia instalar ontem ?guarda corpos? para evitar quedas Um homem de 58 anos morreu ontem de manhã ao cair de um
telhado de um prédio com uma altura de O indivíduo, ucraniano, servente da construção civil, residia em Penacova, e vivia sozinho em Portugal, apurámos no local. Trabalhava para a empresa de reabilitação de edifícios ?Construções Penedo Castro?, de Penacova. José Henriques, um dos sócios da empresa, explicou ao Diário de Coimbra que tudo aconteceu cerca das 9h30, no decurso de uma empreitada de reabilitação do telhado dum edifício naquela rua, iniciada segunda-feira. O empresário, visivelmente transtornado, não soube explicar as circunstâncias exactas em que ocorreu a morte do trabalhador que se estatelou à frente de um prédio, contíguo ao edifício em obras. José Henriques relatou que estava em cima de uma camioneta com entulho quando ouviu um estrondo e foi ver o que se passava. «Não sei o que aconteceu. Dei com ele porque vim à frente da camioneta, porque senti um barulho, pensei que fossem telhas caídas», explicou. O sócio da ?Construções Penedo Castro? disse que a empresa estava a concluir ontem a colocação de caleiras para depois instalar ?guarda corpos? de protecção para evitar quedas. Negou assim críticas de moradores de que os trabalhos estivessem a decorrer sem cumprir as regras de segurança. No local compareceram o INEM, PSP e Bombeiros Sapadores de Coimbra. De acordo com o INEM, o alerta ocorreu às 9h38. O trabalhador estava legalmente em Portugal e tinha toda a documentação em ordem. Diário de Coimbra - Vingança e revolta ?apaziguadas? com fogo Escrito por Manuela Ventura DETIDO PELA JUDICIÁRIA Vingança e revolta ?apaziguadas? com fogo Coveiro é o presumível autor de três fogos florestais, ateados atrás do cemitério, na freguesia de Chão de Couce, Ansião Diferendos familiares fizeram-no ?perder a cabeça? e, «num quadro de vingança e revolta», ateou três focos de incêndio. Aconteceu na freguesia de Chão de Couce, concelho de Ansião, e o suspeito foi detido na noite de segunda-feira pela Polícia Judiciária, através da Directoria do Centro. Em causa está um jovem de 25 anos, coveiro de profissão, solteiro e oriundo de uma família com «alguma disfuncionalidade», segundo apurámos junto de fonte ligada à investigação. E foi num quadro familiar que a chama da revolta se incendiou, depois de uma discussão. ?Fora de si?, o coveiro dirigiu-se para as traseiras do cemitério, na localidade de Ramalha, um espaço que conhece particularmente bem, tendo em conta a actividade profissional que exerce, e ateou o primeiro foco de incêndio. Aconteceu no dia 29 de Agosto, ao final da tarde. Para ?pegar fogo?, o suspeito socorreu-se de uma vela, que funcionou, também, como elemento retardador, uma vez que só depois de consumir a vela a chama se propaga aos produtos combustíveis existentes no dia 4 de Setembro, ?voltou à carga? com mais dois fogos. Desta feita escolheu o escuro da noite e, por volta das 23h00, deslocou-se para a mesma zona, nas traseiras do cemitério da Ramalha, e voltou a ?fazer fogo?. Nesta segunda incursão bastou-lhe um isqueiro para garantir a ignição, e repetiu a experiência, a pouco mais de uma vintena de metros de distância, dando origem a um segundo foco de incêndio. De ambos os fogos florestais resultou uma área ardida de cerca de O suspeito, que não tem antecedentes criminais, foi identificado pelos investigadores da Polícia Judiciária, ouvido na noite de segunda-feira e detido. Ontem à tarde foi presente ao Tribunal de Ansião, para primeiro interrogatório e aplicação das medidas de coação consideradas convenientes e ficou, por ordem do juiz, em prisão preventiva a aguardar o desenvolvimento do processo. Com a detenção do coveiro da Ramalha, freguesia de Chão de Couce, eleva-se para oito o número de suspeitos detidos este ano pela Directoria do Centro da PJ (sem incluir os departamentos de Leiria, Aveiro e Guarda) pelo crime de incêndio florestal. Destes, sete encontram-se em prisão preventiva, por ordem dos tribunais, a aguardar julgamento. A nível do território nacional, de acordo com os dados ontem divulgados pela PJ, registam-se um total de 38 detenções, que representam 21 suspeitos em prisão preventiva. Diário de Coimbra - Abraço iniciou rotesto contra bate dos plátanos Escrito por Susana Ramos Lousã Abraço iniciou rotesto contra bate dos plátanos É a primeira iniciativa de defesa das árvores que a Metro Mondego pretende abater Cerca de uma dezena de cidadãos abraçou, ontem, os plátanos que a Metro Mondego pretende abater na rua António José de Almeida, na Lousã, para a prossecução das obras do Sistema de Mobilidade do Mondego. A iniciativa foi lançada pela Companhia Marimbondo, que, segundo um dos seus responsáveis, Detlef Shaft, mal soube da medida, juntou alguns amigos e em menos de dois dias prepararam uma acção de protesto. «Isto foi tudo muito espontâneo, muito rápido porque não queríamos perder tempo, não sabemos quando é que a motosserra vai cantar aqui», esclareceu Detlef Shaft. O artista avisa que esta não será a única iniciativa em defesa dos plátanos e garante que «enquanto as árvores cá estiverem a Companhia Marimbondo vai estar aqui», lançando o convite a todos os lousanenses que não concordam com o abate para «que se expressem». «A Companhia Marimbondo defende a sustentabilidade», anunciou Detlef Shaft, criticando a medida, uma vez que «ainda por cima é um projecto que está prestes a ser parado, porque não há dinheiro». «Agora vão-se abater as árvores e ninguém sabe se vamos ter metro ou não», censurou. Na manifestação estiveram essencialmente amigos da Companhia Marimbondo, que se assumiram como defensores de uma arquitectura sustentável, que procure alternativas ao abate maciço das árvores. Uma das manifestantes, Lia Nogueira, soube da iniciativa pela Associação Cultural Encerrado para Obras, de Penela, e deslocou-se à Lousã para manifestar a sua oposição. «Provavelmente será a solução mais fácil. Perceberam o erro de cálculo, então vão liquidar estas árvores», afirmou a cidadã, defendendo que «este facilitismo é muito confrangedor e é sintomático do que se passa no país». Estão sinalizadas 80 árvores No local o Diário de Coimbra contou cerca de 80 árvores sinalizadas com uma cruz vermelha, ao contrário das 35 inicialmente apontadas. Contactado pelo nosso jornal, o presidente da Câmara Municipal da Lousã, Fernando Carvalho, esclareceu que a autarquia «apenas aprovou, por unanimidade, o corte de 35 plátanos», com base numa missiva da Metro Mondego, que salienta que «o abate é fundamental para o prosseguimento das obras em curso» e que os plátanos em causa perfazem «um total de 35» árvores que impedem «as fundações de muros de sustentação» e interferem com o sistema eléctrico do metro. Garantindo que a sinalização nas cerca de 80 árvores não é da responsabilidade da Câmara, o edil sublinhou que a autarquia «não autoriza o corte de nenhuma árvore quando há alternativas». Em justificação, recordou situações semelhantes, como o abate dos plátanos na zona da Pousada da Juventude, que na altura impunha que «ou cortávamos as árvores ou não tínhamos a pousada no concelho». «Também fui criticado porque cortei uma palmeira no jardim-de- -infância no Regueiro, se não tivesse cortado a árvore e se ela tivesse caído em cima das crianças, pergunto o que me teria acontecido», desabafou. Árvores sinalizadas não se sabe por quem O Diário de Coimbra contactou a Metro Mondego S.A., a fim de esclarecer se a sinalização nas 80 árvores se reporta ao abate, tendo a empresa garantido que «são 35 árvores do canal central» que vão ser abatidas e que desconhece quem terá feito a sinalização, salientando que aquela não foi feita pelo empreiteiro responsável pelo traçado. «Aquela cruz não foi feita por nós nos plátanos que pretendemos abater», avançou a sociedade, esclarecendo que «o plátano nem é uma espécie protegida, por isso nem sequer tínhamos de pedir nenhuma autorização, o que fizemos foi avisar a Câmara que os tínhamos de abater». Diário de Coimbra - Nova direcção quer manter quartel na Baixa Escrito por Ana Margalho VOLUNTÁRIOS Nova direcção quer manter quartel na Baixa A futura direcção da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Coimbra (AHBVC) não aceitará o «folhetim do passado em que, todos os anos, apresentam um novo local para o novo quartel» dos Voluntários, e irá desenvolver todos os esforços para que seja encontrada uma «solução técnica» que permita que a nova infra-estrutura não saia da Baixa da cidade, onde se encontra há 120 anos, desde a sua formação. «Não queremos, de forma nenhuma, desprezar compromissos e o que já foi feito, mas queremos perceber se não há uma solução técnica que permita que tenhamos um quartel urbano, na Baixa», confirmou João Silva, candidato único à presidência da ABVC nas eleições que se realizam amanhã, a partir das 14h00, sublinhando a importância da presença dos Voluntários nesta zona da cidade, «tanto física, como psicológica, de dia e de noite, para quem ali passa e vive». É certo que esta solução já havia sido apresentada à anterior direcção da associação pela autarquia e que a venda das actuais instalações dos Voluntários foi sempre encarada como fundamental para financiar a construção do novo quartel, mas a nova direcção acredita «que será possível encontrar uma boa alternativa técnica», até porque, como sublinha João Silva, «o mercado imobiliário nem sequer está propício à venda» de um património como o que os Voluntários de Coimbra dispõem na Avenida Fernão de Magalhães. ?Imaginação? para contornar dificuldades O novo quartel e todos os avanços e recuos para a sua construção, nos últimos anos, foi um dos pontos focados ontem por João Silva e outros elementos da futura direcção da AHBVC numa conferência de Imprensa que, no fundo, pretendia apelar aos sócios para que, mesmo com lista única, participem nas eleições de amanhã. João Silva acredita que a participação dos sócios será «um reforço na importância da instituição que são os Voluntários de Coimbra», que a nova direcção pretende fortalecer, chamando para um debate interno todos os associados, mas também a comunidade civil, associações, empresas, comércio, e instituições públicas. O novo quartel estará entre os assuntos a discutir, mas o principal objectivo será criar, com a ajuda de toda a cidade, um Plano Estratégico para os Bombeiros Voluntários de Coimbra «que defina os projectos e o que se pretende desta instituição para o futuro», clarificou João Silva. «Quem passa pelas instalações dos bombeiros encontra um edifício decadente, decrépito, nem sabe que ali está uma associação que tem nos bombeiros a sua principal actuação, mas que tem componentes sociais, recreativas e lúdicas», explicou João Silva, consciente de que a AHBVC, como «?empresa? social que é», precisa de «clarificar o que quer ser, e o que deve fazer para ser isso». Apostado em conseguir «rejuvenescer» a imagem dos Voluntários de Coimbra, João Silva não nega as «imensas dificuldades financeiras» da associação que irá dirigir, mas está confiante de que «com frescura e espírito e imaginação» a equipa que irá liderar «conseguirá conseguir cumprir todos os objectivos a que se propõe». Diário de Coimbra - Pediátrico de Coimbra ?empresta? saber a médicos em Mindelo Escrito por Ana Margalho TELEMEDICINA Pediátrico de Coimbra ?empresta? saber a médicos em Mindelo «Quem olhar para ela não diz que tem problemas de coração». Ao primeiro olhar, Eduardo Castela traça um diagnóstico favorável à Luana, de seis anos. Depois de uma ecocardiografia, o especialista percebe que, afinal, esta menina de tranças pretas que está à sua frente tem um problema de coração, mas «nada de preocupante». «Tem um canal arterial, uma ?fumarola? que se resolve», afirma. Esta poderia ser uma banal consulta de Cardiologia Pediátrica e Fetal no Hospital Pediátrico de Coimbra, mas não é. Ontem, foi inaugurada a ligação das consultas, através de Telemedicina, entre o serviço de Cardiologia do Pediátrico e o serviço de Pediatria do Hospital Baptista de Sousa, na Ilha de São Vicente, o especialista aconselha, a partir de Coimbra, a «laquear o canal, para não haver efeitos secundários no futuro». A Luana foi a quarta pequena doente do Hospital Baptista de Sousa a ser observada no âmbito desta parceria com o Hospital Pediátrico de Coimbra, uma ligação que, como sublinhou Eduardo Castela, é mais do que uma consulta de telemedicina: «é também ?tele-formação? tanto para os especialistas de Coimbra, como para os de Cabo Verde», evitando-se que centenas de crianças tenham de ser transportadas para Coimbra (ou qualquer outro hospital com esta especialidade) apenas para se fazer um diagnóstico. «Só a viagem de ida e volta e a estadia paga esta plataforma informática», disponibilizada pela Telecom Inovação, garante Eduardo Castela, congratulando-se com o facto de serem cada vez mais os doentes observados no Pediátrico de Coimbra através da Telemedicina. As consultas são calendarizadas, com horários para cada hospital parceiro. O especialista garante que, por dia, é possível ver oito a dez crianças através deste sistema. Duas mil crianças consultadas em 2009 O Hospital Baptista de Sousa, em Mindelo, é o quarto das Comunidades dos Países de Língua Portuguesa a entrar neste parceria, logo a seguir aos de Luanda e Benguela, em Angola, e ao da Cidade da Praia,
«com todas as vantagens possíveis», para especialistas, médicos e especialmente doentes. «O médico mostra os exames, explica a situação do doente, é feita uma ecocardiografia em tempo real e com uma qualidade como se fosse presencial», adianta Eduardo Castela. Com este serviço, um médico cardiologista, no Hospital Baptista de Sousa ou em qualquer outro, «fica mais confortável» porque «pode contar com o diagnóstico e a opinião de um cardiologista pediátrico e fetal», especialidade que só existe em Lisboa, no Porto e em Coimbra. A adesão dos utentes tem vindo a crescer «brutalmente». No primeiro ano de implementação da Telemedicina (em 1998) participaram nas consultas 19 doentes, no ano passado, dez anos depois, foram dadas duas mil consultas através deste sistema. Juntam-se agora os do hospital de Mindelo e, se tudo correr bem, até ao final do ano, também os de São Tomé e Príncipe onde «estão a desenvolver-se todos os esforços» para a aplicação deste sistema, confirmou Eduardo Castela. Rosa Reis Marques, presidente do Conselho de Administração do CHC congratulou-se com mais esta parceria, considerando que este passo «virá, com certeza, melhorar o desempenho técnico», tanto das equipas médicas de Mindelo, como do serviço de Cardiologia Pediátrica do Hospital Pediátrico de Coimbra. Em Mindelo, Jorge Tienne Cardoso, director do Hospital Baptista de Sousa, desejou que a relação entre as duas unidades hospitalares, que se inicia com a Cardiologia Pediátrica e Fetal, «extravase para outras áreas, para que todos possamos tirar os maiores dividendos desta relação de parceria». Diário de Coimbra - Reorganizar autarquia para criar maior eficácia nos serviços municipais Escrito por José Santos FIGUEIRA DA FOZ Reorganizar autarquia para criar maior eficácia nos serviços municipais Depois da autarquia ter ouvido anteriormente as sugestões dos restantes partidos (PSD e 100%) sobre a reestruturação dos serviços camarários, a versão final do documento foi ontem apresentada na reunião do executivo, que a aprovou por maioria, com as abstenções do PSD, com João Gonçalves a deixar mais algumas reflexões, embora Teresa Machado tivesse referido que «foi um trabalho de equipa e apresentado com muita clareza». Também o vereador Daniel Santos (100%) salientou que «é um processo importante a reorganização dos serviços da CMFF, porque pode resultar em maior eficácia». Segundo João Ataíde, esta reorganização, apresentada de forma resumida, tem como objectivos essenciais «a modernização da administração municipal, a implementação de uma estrutura orgânica mais flexível, alinhada com o referencial estratégico do município, o aumento da eficácia dos serviços, bem como a melhoria qualitativa dos serviços prestados aos cidadãos», disse. Esta reorganização assenta na criação de duas equipas multidisciplinares, constituídas exclusivamente por recursos humanos internos da autarquia, com conhecimentos em diversas áreas e com incidência diferenciada, nomeadamente, uma equipa encarregue do planeamento estratégico, colaborando na elaboração do Plano Estratégico para o concelho e na revisão do PDM. A outra equipa encarrega-se da gestão de diversos projectos estruturantes e potenciadores do desenvolvimento municipal, bem como do apoio ao investidor, ao turismo e às juntas de freguesia. O organograma prevê ainda a reorganização de muitos outros serviços fundamentais na vida da autarquia, reorganização esta que, na opinião de João Ataíde, «orça apenas em mais 6 mil euros mensais, mas que é compensada pela sua eficácia e ganhos produtivos». Do surf à abertura dos hipermercados A reunião abordou muitas outras questões, nomeadamente o êxito no Figueira Pró 2010, que na opinião do edil «foi um evento bem sucedido», defendendo mesmo a possibilidade de se criar uma instância de Surf no Cabedelo de apoio a modalidade. Ainda agora, a Associação Europeia de Surf, atribuiu a nota de ?excelente? ao Figueira Pró 2010. Outra das questões que promete ser polémica nos próximos tempos é a abertura dos hipermercados aos domingos e feriados. A autarquia vai ouvir as várias entidades e organismos da cidade, mas também disponibilizar um site onde os figueirenses possam deixar a sua opinião, de forma que a autarquia, quando tomar uma decisão, seja de acordo com os interesses de todos. Entre os vários assuntos ventilados, a reunião finalizou com a apresentação do relatório de contas semestral da Figueira Grande Turismo (FGT), uma questão que levou Miguel Almeida a dizer que «mais importante que os números, é saber para que serve esta empresa municipal», questionando a autarquia sobre o futuro das empresas municipais. Aproveitou para recordar que no mandato anterior «os socialistas muito solicitaram a sua extinção e agora, passados oito meses, está tudo na mesma», defendendo que é necessário «tomar decisões políticas sobre o futuro das empresas». João Ataíde clarificou a situação, explicando os passos que têm sido dados junto de juristas, para encontrar a forma de ultrapassar o assunto, «que não é fácil perante os compromissos assumidos», mas espera até final do ano encontrar uma solução. l Interesse nas instalações da Universidade Internacional O presidente da Câmara deu conta ao executivo da posse administrativa do edifício onde funcionou a Universidade Internacional, ao mesmo tempo que informou que há organismos interessadas naquelas instalações. João Ataíde espera, em breve, encontrar soluções para as instalações, e disse estar a realizar reuniões para o efeito, havendo a possibilidade de a Faculdade de Ciências e Tecnologia criar ali algumas áreas ligadas ao mar, nomeadamente a questão das pisciculturas, problemas ambientais e, numa fase mais avançada, até «investigação científica» disse. Referiu ainda a possibilidade de se criar um curso sobre indústria alimentar e outras relacionadas com o tecido empresarial da região, que podem ser desenvolvidas pelo Instituto Politécnico. Diário de Coimbra - Nova de Lisboa ultrapassa Universidade de Coimbra RANKING Nova de Lisboa ultrapassa Universidade de Coimbra O ?QS Top World Universities ao ranking de 2009 e que implica um posição inferior à Universidade Nova de Lisboa, que ficou na 384.a posição. Publicado esta semana pelo Times Higher Education Supplement, o ranking internacional da organização britânica QS coloca assim, pela primeira vez em cinco anos, Coimbra atrás de Lisboa, sendo as duas únicas instituições portuguesas entre as 400 melhores universidades do mundo. Na avaliação global, a Nova de Lisboa alcançou 30,2
pontos e a de Coimbra do Corpo Docente?, com Coimbra a só conseguir superar Lisboa claramente na ?Reputação Académica? (com 41 pontos contra os 32 da Nova). Numa escala de zero a internacional dos professores, a Nova conseguiu 20 pontos, mais 11 do que Coimbra. Na ?Relação professor/aluno? a Nova teve 43 pontos e Coimbra 29. Quanto ao ?Número de Estudantes Estrangeiros?, Coimbra teve 33 pontos e a Nova 32. Na ?Internacionalização? ou ?Número de vezes em que a universidade é citada em investigações científicas? as duas instituições surgem praticamente empatadas. A Nova, com 32 valores, perde por apenas um ponto no capítulo do prestígio internacional, tal como na investigação internacional. No ranking, em que pela primeira vez a Universidade de Cambridge (Reino Unido) ultrapassa a de Havard (EUA) e fica em primeiro lugar, surgem ainda a Universidade do Porto, (patamar 451-500), e a Universidade Católica Portuguesa (501-550). Os Estados Unidos lideram em melhores universidades do mundo com 13 entre as 20 primeiras instituições. O Reino Unido é o segundo país mais bem colocado com quatro universidades no ?top Luís Barata
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