Diário de Coimbra - Trinta e três instituições e Coimbra juntam-se a luta contra a pobreza Escrito por Ana Margalho MANIFESTO É ASSINADO DIA 17 DE OUTUBRO Trinta e três instituições e Coimbra juntam-se a luta contra a pobreza Durante sete dias, a cidade celebra o Dia Mundial da Erradicação da Pobreza sensibilizando para os oito Objectivos de Desenvolvimento do Milénio Coimbra quer ser a primeira Cidade Justa do Mundo. Mesmo que a crise esteja a atrasar a criação de uma Rede Internacional de Cidade Justas, ideia lançada pela ONU, tudo está encaminhado para que, no próximo dia 17 de Outubro, seja assinado, em Coimbra, o Manifesto Anti-Pobreza, um documento que compromete as autoridades públicas locais na luta contra a pobreza. Este é um dos momentos mais importantes das comemorações do Dia Mundial da Erradicação da Pobreza, que se celebra dia 17, mas que inclui um conjunto de outras iniciativas que 33 instituições de Coimbra se comprometem a realizar, entre os dias 11 e 18 do próximo mês, para sensibilizar a população para a importância de serem cumpridos, até 2015, os oito Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM). As comemorações da efeméride são o ponto de partida. Para esse dia, para além da assinatura do manifesto, está marcada uma Marcha Branca contra a Pobreza, que partirá da Praça da República, às 10h00, para percorrer toda a Baixa da cidade até ao Parque Verde, chamando a atenção da população para os oito ODM, nomeadamente o primeiro que se refere à necessidade de «erradicar a pobreza extrema e a fome». Enquanto esta notícia esteve a ser escrita, ontem, ou enquanto a estiver a ler, hoje, serão milhares as pessoas a morrer à fome em todo o Mundo. Aliás, a média diária a nível mundial é de 70 mil mortes devido à falta de alimentação. Por isso, as 33 instituições que aderiram ao projecto fizeram da erradicação da pobreza e da fome a principal bandeira da campanha, promovendo exposições, uma Feira do Comércio Justo e Solidário, debates, um ciclo de cinema no TAGV ou apresentando um documentário, todos centrados nos oito ODM, mas onde a pobreza e a fome são pontos centrais da discussão. Apresentar os oito ODM é primeiro passo «A política pública internacional que não consegue resolver estes problemas, consegue injectar milhões e milhões para salvar o sistema financeiro, que seriam mais do que suficientes para tirar as pessoas de uma situação de fome extrema», criticou Hernâni Caniço, da Saúde em Português, durante a apresentação do programa da campanha ?Coimbra Unida contra a Pobreza?. O presidente da associação que lidera este projecto lamentou que exista «responsabilidade da sociedade civil, mas que não exista dos Estados, para executar políticas públicas a favor do bem comum». Em Coimbra, a campanha tem como objectivo informar a sensibilizar a população de Coimbra sobre os ODM. Como referiu, durante a cerimónia, Raquel Freire, da Associação Atlas, «o primeiro passo para se cumprirem os ODM». É isso que as 33 instituições que ontem assinaram o protocolo que formaliza a parceria se propõem fazer durante sete dias, desenvolvendo iniciativas que cheguem a toda a população, mas principalmente às crianças e aos jovens. Se não sabe quais são, não faltarão oportunidades para se cruzar com os oito ODM. A campanha inclui, para além de um programa de actividades, um spot para televisão e oito para rádio, um site ? www.odmcoimbra2010.org ?, uma página no Facebook, e cartazes espalhados pela cidade e nos autocarros de Coimbra. Voluntários apresentam ODM nos concertos dos U2 Setenta e cinco voluntários estarão, no próximo fim-de-semana, nas imediações do Estádio Cidade de Coimbra para divulgar a campanha Coimbra Unida contra a Pobreza e sensibilizar para a importância de serem cumpridos os oito ODM até 2015. Esta iniciativa, que aproveita a verdadeira enchente que se espera que circule naquela zona da cidade devido aos dois concertos dos U2, será realizada em parceria com a Amnistia Internacional. Haverá, também, um cartaz afixado no interior do estádio para divulgar a campanha.pobreza Diário de Coimbra - Sem-abrigo vão ter acesso mais regular a refeições quentes Escrito por Bruno Vicente ?REFEIÇÃO (DE)VIDA? PASSA DE MENSAL A QUINZENAL Sem-abrigo vão ter acesso mais regular a refeições quentes Image Projecto ?Refeição (de)Vida? passa a realizar-se de 15 em 15 dias, depois dos estudantes da Universidade de Coimbra e da Associação Integrar terem expandido a rede de parcerias Os sem-abrigo de Coimbra vão receber maior apoio social de várias instituições, que se uniram para melhorar a sua capacidade de intervenção. O projecto ?Refeição (de)Vida?, que consiste na distribuição de pratos quentes e de sopa aos cidadãos sem lar, passa a realizar-se de 15 em 15 dias, em vez de mensalmente. Recorde-se que a iniciativa contempla também a vertente de acompanhamento emocional e psicológico à população carenciada. Os alimentos são confeccionados pelos Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra (SASUC), sendo depois distribuídos, em regime de voluntariado, pelos estudantes da Associação Académica de Coimbra (AAC) e por elementos da Associação Integrar. A parceria envolve também o contributo de entidades como a Fresbeira-Indústria de Carnes Lda, a Tecnopack e o Grupo Sonae (cheque-oferta para compra de produtos no Continente). A ?Refeição (de)Vida? acontece agora na segunda terça-feira e na última quinta-feira de cada mês. No último ano o apoio foi prestado a mais de uma centena de sem-abrigo, existindo actualmente uma ?comunidade? de cerca de 40 cidadãos sem tecto que recebem regularmente comida quente de mãos caridosas. «Felizmente conseguimos aumentar a nossa oferta. Quem sabe se daqui a dois ou três anos não estamos a fazer uma ?Refeição de(Vida)? semanal?», afirmou ontem, em conferência de imprensa, o presidente da Direcção Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC), Miguel Portugal. O vice-presidente da direcção da Associação Integrar, Paulino Martins, defendeu que a iniciativa «é importante para sensibilizar a população de Coimbra para os problemas da cidade», elogiando depois «a sensibilidade dos jovens estudantes» da Universidade de Coimbra». Já o administrador dos SASUC, Jorge Gouveia Monteiro, realçou a importância de centrar a atenção na origem das dificuldades sociais. «Quando combatemos os problemas da pobreza vamos ganhando coragem para combater as suas causas. Tenho esperança que não andemos aqui apenas a tranquilizar os pobres. Ao colaborar vamos tendo ideias», disse o responsável. Recorde-se ainda que os docentes e os alunos da Universidade de Coimbra estão actualmente a analisar a possibilidade de implementar um novo estatuto de valorização de actividades extra-curriculares dos estudantes, que abrangeria iniciativas de solidariedade social, como a ?Refeição (de)Vida?. «Não há dúvida de que a DG/AAC quer seguir esse caminho, mas é um caminho a seguir passo a passo, que não se faz num ano», concluiu o líder estudantil Miguel Portugal. Estudantes entregaram roupa à Casa dos Pobres A Direcção Geral da Associação Académica de Coimbra teve ontem um dia intenso, no que diz respeito à solidariedade social. Os estudantes entregaram, às 15h30, dezenas de quilos de roupa à Casa dos Pobres. A iniciativa, que foi comandada por Patrícia Damas, coordenadora geral do pelouro de Intervenção Cívica e Ambiente, terminou ao fim da tarde, com um lanche e uma actuação da Estudantina Universitária de Coimbra. Diário de Coimbra - Farpa de
Escrito por Diário de Coimbra No treino dos juniores de futsal da briosa Farpa de fere gravemente jovem atleta Um atleta júnior da Académica
ficou ontem gravemente ferido após uma farpa com cerca de Um atleta júnior da Académica
ficou ontem gravemente ferido após uma farpa com cerca de Solum da Associação Académica de Coimbra/OAF. Rui Cortesão, júnior do futsal da Briosa, explicou ao Diário de Coimbra como tudo aconteceu. «Estávamos a fazer um exercício e eu ia a correr para cortar a bola com um carrinho», relatou,
frisando que o bocado de madeira «entrou a meio da coxa e foi até à cintura».
Seriam cerca de que levariam a uma intervenção cirúrgica programada para a noite de ontem. «Jogo futsal há dez anos e nunca tal me tinha acontecido», lamenta. Os colegas foram céleres no seu auxílio com gelo e depois de chamado o INEM, Rui Cortesão seguiu para os Hospitais da Universidade de Coimbra. Tem havido nos últimos anos alguns casos semelhantes naquele mesmo pavilhão mas nenhum com esta gravidade. O vice-presidente da Académica/OAF com o pelouro do Futsal, Carlos Clemente, lamentou o sucedido e recordou que todas a camadas do futsal ali treinam quase diariamente e «nunca aconteceu nada. Logo por azar foi agora acontecer», acrescentou Clemente, garantindo que a lasca não tinha sido detectada. Diário de Coimbra - 100 anos da República ?são para festejar na rua? Escrito por Ana Margalho CENTENÁRIO 100 anos da República ?são para festejar na rua? Arraial republicano junta 700 figurantes e convida população de Coimbra comemorar o 5 de Outubro na Baixa da cidade Coimbra vai comemorar os 100 anos da Implantação de República na rua, com festa, teatro, música e muitos petiscos e doces tradicionais (muitos deles, certamente, ainda do tempo da Monarquia) num arraial republicano que contará com a presença de cerca de 700 figurantes a animar a Baixa da cidade. A partir das 12h00 do dia 5 de Outubro, tasquinhas de comes e bebes com o melhor da gastronomia, estarão abertas na Praça do Comércio para servir o almoço a quem se decidir a entrar na festa e a viajar no tempo até ao ano de 1910. Um aperitivo para o que a tarde tem para oferecer. Sempre num ambiente de há um século atrás, e já com os estômagos reconfortados, é tempo para cantar e dançar com a ajuda de 17 grupos (seis bandas folclóricas e 11 grupos etnofolclóricos da região) que, às 15h00, farão um verdadeiro concerto de música popular, a partir de várias artérias da Baixa da cidade até ao edifício da Câmara Municipal de Coimbra. Está criado todo o cenário para ser proclamada a República, como há um século atrás. Não faltarão bandeiras, tiros de armas e muitos ?Viva a República!? desde a Praça 8 de Maio até aos Paços do Concelho, numa recriação do 5 de Outubro de 1910 que estará a cargo do grupo de teatro Viv?arte. «Serão cerca de 45 minutos de recriação histórica», informou ontem, em conferência de Imprensa, João Fernandes, presidente da delegação de Coimbra do Inatel, e um dos responsáveis pela organização do arraial republicano. S. Pedro a ajudar e o povo a participar S. Pedro ajudar e oferecer à República um dia de sol é um dos desejos dos organizadores deste evento. Mas o maior de todos é que o povo de Coimbra adira e aproveite o feriado para «comemorar o centenário da República na rua». «Quero apelar a todos os republicanos de Coimbra, a toda a população, para que celebre o 5 de Outubro na rua, que faça a festa na Baixa de Coimbra», convidou Amadeu Carvalho Homem, comissário distrital para o Programa das Comemorações do Centenário da República. Motivos de interesse não faltam.
Logo na noite de dia para dar um concerto com temas alusivos ao 5 de Outubro, com destaque para a estreia mundial de uma peça sinfónica concebida por Rui Paulo Teixeira, ?Celebratio rpT Municipal de Coimbra. O concerto está marcado para as 21h30. O programa das comemorações do 5 de Outubro inclui uma sessão solene que se realiza no salão nobre da Câmara de Coimbra, a partir das 10h00. Para além da alocução de Carlos Encarnação, a cerimónia será marcada pela presença de António Arnaut, que dará uma conferência sobre ?Dos Direitos Individuais ao Estado Social: a República e a Ética?. Segue-se a deposição de flores junto à estátua de António José de Almeida e no túmulo de José Falcão. O programa do 5 de Outubro de 2010, nomeadamente do arraial republicano que se realiza na Baixa, é organizado pela Câmara Municipal, a Fundação Inatel ? Agência de Coimbra, a Turismo de Coimbra, a Universidade de Coimbra e a Junta de Freguesia de S. Bartolomeu. Diário de Coimbra - Mosteiro do Lorvão foi a ?partitura? eleita para o Dia Mundial da Música Mosteiro do Lorvão foi a ?partitura? eleita para o Dia Mundial da Música O órgão ibérico ainda não se vai ouvir este ano, mas as comemorações do Dia Mundial da Música elegeram o Mosteiro do Lorvão como epicentro de referência. Uma opção da Direcção Regional da Cultura do Centro que, no mesmo dia, sexta-feira, encerra o ciclo de concertos ?Ecos de órgão? e dá o mote para o arranque da quinta temporada do projecto Bandas em Concerto. «Um dos emblemas do Mosteiro do Lorvão é o órgão e a tradição de música de órgão», afirma António Pedro Pita, director regional da Cultura, justificando esta escolha para acolher as comemorações do Dia Mundial da Música porque «nunca estivemos tão perto de, finalmente, resolver uma questão ?embrulhada? há mais de 20 anos, que tem a ver com a recuperação do órgão ibérico». O concurso internacional, recorda, foi lançado no passado dia 14 e constitui um passo histórico para o avanço da recuperação. ~ Este ano vai falar-se de órgão, mas o órgão ainda não vai tocar. E, com toda a certeza, para o ano também não, tendo em conta que o prazo de recuperação aponta para 365 dias, depois da adjudicação da empreitada. Todavia, fica um ?registo de intenções? e, sobretudo, como sublinha Pedro Pita, um destaque muito especial à música de órgão, que «constitui uma das imagens emblemáticas do Lorvão». Mas se o órgão é uma das imagens, a outra, diz o director regional da Cultura, contempla «o riquíssimo acervo documental, pertença do mosteiro, que no século XIX foi trasladado para a Torre do Tombo, em Lisboa, onde está a ser estudado». E o testemunho vivo e presente desse trabalho, que tem vindo a ser feito, também vai ser destacado sexta-feira. «Quis encontrar uma situação forte, uma ideia que fosse igualmente forte, pois é preciso ligar todas as coisas e começar a ter uma visão integrada, porque é dessa forma que entendo a cultura», afirma Pedro Pita, sublimando que a Cultura não é uma soma que conjuga a música, o património, a literatura, mas «joga-se nesta integração». E se, «a música de órgão e o órgão constituem um dos elementos estruturantes para o Mosteiro do Lorvão, no passado e no futuro», o programa escolhido pela Direcção Regional da Cultura do Centro faz jus a isso mesmo, procurando trazer ao terreno «perspectivas integradoras». Por isso, esclarece Pedro Pita, o convite feito à organista Edite Rocha, que vai explicar o porquê de não haver um espólio significativo de repertório contemporâneo para órgão, ou ainda Paulo Vaz de Carvalho, músico e compositor, que vai apresentar o ?órgão de marés?, isto ?entremeado? por momentos musicais. Património e concertos A parte da tarde, justifica Pedro Pita, destaca o factor património, numa sessão que não deixa de constituir um ?prestar de contas?, particularmente às gentes do Lorvão, relativamente ao acervo que Alexandre Herculano deslocalizou para Lisboa. E, nesse registo, Silvestre Lacerda, director geral dos Arquivos, vai dar a conhecer esse património, em suporte digitalizado, que «passa, assim, a estar acessível a toda a gente, muito particularmente às gentes do Lorvão». «Mostra-se o que trabalho que foi feito», enfatiza o director regional, que destaca, ainda, a presença de Aires Nascimento, que qualifica como um «ilustre classicista, que nos vai falar sobre esse espólio e também sobre a investigação que está a ser feita», tendo como ponto de partida a edição fac-similada do ?Cartulário Medieval do Mosteiro do Lorvão». Antes do encerramento, volta a ouvir-se música no Mosteiro do Lorvão, mas, e porque do Dia Mundial da Música se trata, a música vai fazer-se ouvir, também, noutros espaços. Pedro Pita sublinha isso mesmo, uma vez que, sexta-feira, também se assiste ao encerramento do ciclo dedicado à música de órgão que a Direcção Regional da Cultura promoveu. E o encerramento promete ser com ?chave de ouro?, com três concertos em simultâneo, no Convento de Santa Maria de Semide (Miranda do Corvo), no Santuário de Nossa Senhora da Esperança (Sátão) e na Sé Nova, em Coimbra. Às 21h00 ouvem-se os primeiros acordes, respectivamente com os organistas Paulo Alvim, João Santos e André Bandeira. E, praticamente à mesma hora «começa também a quinta temporada das Bandas em Concerto», diz António Pedro Pita, referindo-se ao concerto que a Academia Musical Arazedense, dirigida pelo maestro Paulo José Correia de Almeida, vai dar no Cine-Teatro de Condeixa. ?Pequeno órgão não está esquecido? «O órgão pequeno do Mosteiro do Lorvão, também conhecido por realejo, não está esquecido», garantiu ontem ao Diário de Coimbra o director regional da Cultura do Centro. Depois do concurso internacional para a recuperação do órgão ibérico, publicado dia 14 no Diário da República, com um preço base de 670 mil euros, cujas propostas devem ser apresentadas até ao final do mês de Outubro, Pedro Pita não esquece o outro ?instrumento musical? pertença do Mosteiro do Lorvão. «A recuperação é mais fácil», afirma, e «não está esquecido», afiança. Diário de Coimbra - PSD abandona Assembleia Municipal como forma de protesto Escrito por José Carlos Salgueiro PENACOVA PSD abandona Assembleia Municipal como forma de protesto A Assembleia Municipal de Penacova, que se realizou no sábado à tarde, ficou marcada pela saída de todo os membros do PSD, após o presidente do órgão autárquico, o socialista Pedro Coimbra, não ter permitido que o presidente da Junta de Lorvão, Mauro Carpinteiro (PSD) respondesse a acusações de adversários, que considerou «atentatórias» à sua «honra e dignidade». Em declarações ao Diário de Coimbra, o autarca de Lorvão disse ontem ter sido «ofendido pelo socialista Paulo Coelho» ? filho do vice-presidente da autarquia, Ernesto Coelho ? assim como pelo seu congénere de Figueira de Lorvão, sem que tenha tido hipótese de dar «explicação ou resposta». Perante esta situação, Mauro Carpinteiro abandonou a sala, no que foi secundado pelos restantes elementos eleitos nas listas do Partido Social-Democrata. Ontem, numa carta aberta enviada aos órgãos de comunicação social, o autarca lembrou o «modo arbitrário» como foi «impedido de tomar a palavra», explicando as acusações e ofensas de que terá sido alvo, e que considera terem atentado contra a sua honra. Desde logo, Mauro Carpinteiro diz que «fui severamente ofendido na honra pelo deputado municipal do Partido Socialista, Paulo Coelho, que achou por bem dizer que eu tinha, e passo a citar, mestrado e doutoramento em ?chicoespertice?», no sentido em que «eu, no seu entender, andaria a mobilizar os pais da freguesia contra a Câmara por esta nada decidir quanto à construção dos Centros Escolares previstos para a freguesia de Lorvão». Neste caso, o presidente da Junta de Freguesia de Lorvão nega «qualquer interferência» e diz que Paulo Coelho «está profundamente equivocado, certamente por má informação!», tendo em conta que «eu nunca me propus mobilizar os pais da freguesia contra a Câmara, mas, simplesmente, os pais das crianças da Freguesia têm manifestado à sua Junta de Freguesia preocupação por, volvido um ano desde que o novo executivo municipal tomou posse, nada ter avançado quanto à criação das previstas novas instalações escolares na Freguesia». O autarca clarifica ainda a posição da Junta, no sentido «de cumprir a Carta Educativa, ou seja, serem construídos os Centros Escolares de Lorvão e da Aveleira», frisando que «toda a gente na Freguesia sabe disto!!!». Mauro Carpinteiro critica, por sua vez, a indecisão camarária que «tem-se desdobrado em declarações muito contraditórias, ora dizendo que constrói um Centro Escolar em Lorvão, ora que o constrói só na Aveleira, dizendo ainda que, afinal, até é melhor fazer os dois». Entendimento estragado com Figueira de Lorvão A outra situação que merecia resposta, de acordo com o autarca, tem a ver com «o pedido feito pelo presidente da Junta de Freguesia de Figueira de Lorvão para que me retratasse por, alegadamente, ter colocado uma placa de localização de localidade num local já pertencente à Freguesia de Figueira de Lorvão», pode-se ler na carta. «Admito que possa haver um erro ou equívoco, mas como tem acontecido até aqui, promoverei uma reunião conjunta com vista a, nos locais próprios e em espírito de diálogo e respeito mútuo, resolvermos a questão», diz Mauro Carpinteiro, estranhando que um assunto desta natureza seja levado à Assembleia Municipal, «uma vez que o relacionamento entre as duas freguesias e nós próprios, enquanto seus responsáveis, sempre foi o melhor, pelo menos assim o considerávamos». Aliás, segundo declarou ontem ao Diário de Coimbra, « Lorvão ajudou Figueira de Lorvão em várias situações de necessidade ocorridas no início de mandato, pelo que não percebo qual foi o mote da acusação». As palavras mais duras vão, no entanto para Pedro Coimbra, a quem Mauro Carpinteiro acusa de «ter dificuldade em compreender a realidade fora da pura e simples luta político-partidária. O presidente da Assembleia Municipal de Penacova, confrontado pelo Diário de Coimbra, disse que «tenho a dizer zero», afirmando não conhecer o teor da carta. Contudo, referiu ainda que «se o conhecesse, certamente também teria a dizer zero». Diário de Coimbra - Era pressionado e recebia ameaças para vender mais? Escrito por José Carlos Silva TRIBUNAL DE CANTANHEDE Era pressionado e recebia ameaças para vender mais? Prosseguiu ontem no Tribunal de Cantanhede o julgamento de 19 suspeitos de tráfico de droga que, tal como o nosso Jornal adiantou ontem em primeira-mão, apenas um dos arguidos manifestou vontade em falar sobre os factos de que é acusado. Foi o caso de Hugo M. (conhecido por ?Bazas?), 25 anos, solteiro, natural de Macinhata do Vouga, desempregado, em prisão preventiva por ordem deste processo, que, ao longo de mais de uma hora, relatou ao colectivo, presidido por Pedro Figueiredo, ?a sua verdade? sobre os factos que lhe são imputados no despacho de acusação, ao qual o DC teve acesso. A primeira preocupação de Hugo foi tentar convencer o tribunal de que a sua companheira, Kátia M. ? também arguida no processo e com quem vive maritalmente, não tem nada a ver com o assunto, apesar de o acompanhar nas transacções do ?produto? e a acusação a mencionar como sendo quem atendia as chamadas dos consumidores e quem combinava com eles o ponto de encontro, utilizando os seus veículos. Durante o seu longo depoimento, Hugo M. discordou em três ou quatro pontos relativamente à venda de droga a outros tantos ?clientes? mencionados no despacho de acusação que disse não conhecer; discordando, igualmente, que dedica à venda lucrativa de estupefacientes desde 2004 conforme refere o mesmo documento.. «Estive na Bélgica entre 2002 e 2005», garantiu o arguido, confessando que só em 2008 entrou «nesta vida» para ajudar a sua mãe «que tinha sido abandonada pelo meu pai com três filhos para criar», e para os seus gastos pessoais. A partir daqui, o juiz-presidente questionou-o se tinha vendido droga a todos os ?clientes? mencionados na acusação, ao que respondeu afirmativamente na sua grande maioria, embora num ou noutro caso nem conhecesse os indivíduos referidos como seus ?clientes?, nem quanto às datas anteriores a 2008, uma vez que esteve na Bélgica até 2005. Hugo ?Bazas? confirmou que vendia
cada placa de pólen de haxixe entre os 170 e os 190 euros; ?pedaços? de haxixe
entre os 10 e os 50 euros; e de haxixe entre os 200 e os 250 euros. Aliás, os preços eram variáveis consoante a quantidade e/ou tratando-se de ?bolotas?, placas, ?pedaços?, pólen de haxixe, sabonetes? ?Kátia não vivia da droga os pais têm posses? Denotando sempre a preocupação em não envolver a sua companheira no ?esquema? em que estava metido, Hugo nem vacilou quando confrontado com as apreensões feitas na casa onde vivia com Kátia, nomeadamente os dois automóveis da rapariga, mais de 6.000 euros em notas, dois computadores, dois telemóveis, tudo alegadamente adquirido com dinheiro proveniente da venda de estupefacientes. «A Kátia não vivia da droga, já tinha tudo antes de a conhecer (em 2006), os pais têm posses e ajudam-na muito, trabalha num consultório de veterinária, e não tem nada a ver com isto», revelou Hugo, avançando mesmo que a sua companheira o incentivava a deixar aquela vida, a parar. O que aliás terá tentado, mas garantiu que era «pressionado» pelos seus fornecedores e que recebia «ameaças físicas» para vender ainda mais. «Comecei a trazer (do Porto e
Aveiro, onde ia buscar a droga) e ameaças que recebia dos fornecedores. Aqueles três quilos de droga eram vendidos em cerca de um mês e meio e Hugo confirmou que lhe rendiam cerca de 700 euros. Tudo começou, explicou, porque também era consumidor desde os 15 anos, e porque queria ajudar a sua mãe, abandonada pelo pai. De resto, o dinheiro que obtinha através da venda da droga, não era para as despesas da casa que partilhava com Kátia, tentando, pela última vez, ilibar a sua companheira de qualquer envolvimento ?no esquema? e de não a beneficiar com os ganhos por si obtidos. Os restantes arguidos remeteram-se ao silêncio e o tribunal ouviu, depois, alguns elementos do NIC/Droga da GNR de Coimbra e de Cantanhede, responsáveis pelo inquérito e investigação. O julgamento prossegue hoje e vai prolongar-se por várias semanas, atendendo ao número de testemunhas arroladas. Nada mais nada menos que 100! Processo começou ?num acaso? em Ançã Este processo de tráfico de droga que envolve 19 suspeitos foi despoletado num mero acaso que envolveu um conhecido delinquente de Ançã (Hugo Filipe, mais conhecido por ?Manamuco?, consumidor de drogas e responsável por inúmeros crimes de furto, actualmente a cumprir pena no EP de Leiria) e um agente do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Cantanhede. O referido agente, em finais de Novembro de 2008, quando se deslocava para casa ao fim de um dia de serviço, avistou junto a um bar de Ançã o conhecido (das autoridades) ?Manamuco? com outro indivíduo, suspeitando que estavam a ?tramar? alguma. O militar da GNR, que trajava à civil, suspeitou que ambos estavam a ?passar droga?, aproximou-se e disse quem era. O companheiro de ?Manamuco? nem lhe deu tempo de mostrar a identificação e partiu para a agressão. Os dois ?embrulharam-se? numa luta corpo-a-corpo, mas o militar conseguiu imobilizar o suspeito, algemá-lo e pediu reforços à GNR de Cantanhede, que o detiveram. Ao suspeito foram-lhe
apreendidas uma pistola, munições, um canivete e de electricista, residente
de arma proibida. Diário de Coimbra - Câmara de Coimbra mantém taxas de derrama Escrito por João Henriques IMI TAMBÉM IGUAL Câmara de Coimbra mantém taxas de derrama O executivo municipal aprovou, na reunião de anteontem, a manutenção das taxas de derrama a fixar para o ano fiscal de 2010 e a liquidar e a cobrar em 2011. A taxa normal de 1,5 por cento e a taxa reduzida de 1,2 por cento, para sujeitos passivos com volume de negócios que não ultrapasse 150 mil euros, vão, agora, ser enviadas à Assembleia Municipal de Coimbra, que as tem de aprovar antes de 30 de Novembro. Depois, até ao final do presente ano, têm de ser enviadas à Direcção-Geral de Impostos. A derrama incide sobre o lucro tributável sujeito e não isento de imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas gerado na área do município por sujeitos passivos residentes e não
residentes com estabelecimento estável. Segundo informação camarária, em
derrama, tendo, até Agosto deste ano, arrecadado 2.081.892 euros. Recorde-se que, na anterior reunião do executivo camarário, a autarquia também aprovou a manutenção para o ano fiscal de 2010 e a liquidar e a cobrar em 2011 da taxa de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) de 0,7 por cento para os prédios urbanos não avaliados e de 0,4 por cento para os avaliados. Para os prédios rústicos, a taxa foi fixada em 0,8 por cento. A majoração para o dobro a taxa de IMI dos prédios urbanos devolutos há mais de um ano foi, igualmente, aprovada, assim como a minoração de 10 por cento da taxa aplicável às áreas territoriais correspondentes para as freguesias de S. Bartolomeu, Almedina e outras cujos centros históricos venham a ser definidos até 31 de Dezembro de 2010. Minorar em 10 por cento as taxas de IMI para os prédios urbanos arrendados em toda a área do município e majorar em 20 por cento o imposto para os prédios urbanos degradados «cuja vistoria técnica confirme essa situação e em que, após notificação, não tenham sido realizadas obras pelos proprietários» foram, também, aprovadas. Em 2009, os conimbricenses pagaram 20.774.716 euros de IMI, tendo, até Agosto deste ano, já desembolsado 12.281.115 euros. O IMI é um imposto real sobre a titularidade do património e incide sobre o valor patrimonial tributário dos prédios rústicos e urbanos situados em território nacional, revertendo para cada município o imposto cobrado relativo aos prédios contidos na área do respectivo concelho. Tal como a derrama, estas taxas têm de ser aprovadas antes de 30 de Novembro pela Assembleia Municipal de Coimbra, para, depois, serem enviadas, até ao final do presente ano, à Direcção-Geral de Impostos. Luís Barata
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