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[Atped] Diário de Coimbra - notícias de primeira página de 1 de Outubro

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Subject :   [Atped] Diário de Coimbra - notícias de primeira página de 1 de Outubro
From :   luís barata <lbarata@ci.uc.pt>
Date :   Fri, 1 Oct 2010 15:37:25 +0100

Diário de Coimbra - Coimbra corre risco de perder importância no sector da saúde

 

 

Escrito por José João Ribeiro

 

ADVERTE O PRESIDENTE DOS HOSPITAIS DA UNIVERSIDADE

 

Coimbra corre risco de perder

importância no sector da saúde

 

Presidente dos HUC defendeu a necessidade de evitar concorrência na oferta pública de serviços hospitalares

Fernando Regateiro afirmou ontem que, globalmente, Coimbra só poderá manter uma forte capacidade de atracção para além dos limites do distrito se souber

organizar a sua oferta de saúde de modo a continuar a oferecer a diferença qualitativa que até agora conseguiu manter. O que permitirá atrair, como agora

acontece, uma percentagem elevada de doentes oriundos de toda a região Centro e mesmo de vários pontos do país.

O presidente do Conselho de Administração dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) referiu que «é consabido que em Coimbra há um ?cluster? fortíssimo

de saúde» e acrescentou que «aqui convivem oferta pública e privada, sendo a prestação de cuidados de saúde de qualidade uma das áreas diferenciadoras

de Coimbra e um dos suportes economicamente relevantes desta cidade, se não o mais relevante».

«Veja-se que só os HUC são o maior empregador do distrito e da região Centro, contando com cerca de 5400 trabalhadores ao seu serviço, a que acresce toda

a actividade económica que ronda à volta dos cerca de 46 mil doentes saídos por ano do internamento, do atendimento de mais de meio milhão de doentes em

consultas, de cerca de 40 mil doentes em hospital de dia ou de 450 doentes por dia na Urgência», concretizou.

Fernando Regateiro sublinhou, no entanto, que «também sabemos que existem em Coimbra redundâncias na oferta pública de serviços de saúde a nível hospitalar

e que, nos tempos que correm, mais do que a concorrência, aqui geradora de fragilidades, se deve privilegiar a complementaridade e a concentração de recursos

materiais e humanos para ganhos de massa crítica, de qualidade, eficácia e de eficiência».

«Antevemos que a capacidade de atracção de Coimbra, diria mesmo, a capitalidade da saúde em Coimbra, em tempos idos muito forte e ainda existente, se tenderá

a esbater à medida que a oferta hospitalar nas capitais dos distritos vizinhos se for fortalecendo e ganhando a confiança dos doentes», advertiu.

 

Um futuro sustentado

para a oferta de saúde

Aquele responsável considerou que «num futuro próximo de nada valerá clamar que ninguém gosta de Coimbra, à semelhança do que hoje se clama em relação a

outros sectores já perdidos por esta cidade». «Um futuro sustentado e sustentável para a oferta de cuidados de saúde em Coimbra, digno do prestígio herdado

e da confiança dos doentes apenas depende de nós e da nossa capacidade para actuar», salientou.

O presidente do Conselho de Administração dos HUC manifestou ainda «esperança de que os constrangimentos financeiros actuais sejam minorados» e confiança

de que, fazendo fé na avaliação de desempenho dos HUC nos primeiros oito meses os sinais recolhidos se consolidem no sentido da contenção dos custos observada.

«De que são exemplo o crescimento negativo de -0,3% em ordenados e salários», concluiu.

Fernando Regateiro teceu estas considerações na sessão comemorativa evocativa do Dia de S. Jerónimo, padroeiro dos Hospitais da Universidade de Coimbra,

e que ontem se realizou. O evento contou ainda com a entrega de medalhas a funcionários que completaram 25 anos ao serviço daquela instituição e homenagem

aos que se aposentaram, bem como a entrega de contratos de trabalho sem termo a 100 profissionais.

 

Chegam hoje aos HUC

sete milhões de euros

O secretário de Estado da Saúde, igualmente presente na sessão evocativa do Dia de S. Jerónimo, sublinhou que os HUC são referência a três níveis. O da

prestação de cuidados de saúde, a nível de organização interna e qualidade de gestão que está a ser implementada e ainda em termos financeiros. «A qualidade

dos serviços aqui prestados está ao nível do melhor que se faz em Portugal e no mundo», disse Óscar Gaspar, que frisou ainda que o objectivo é ter instituições

equilibradas financeiramente. «Os HUC são um exemplo disso», concretizou.

O governante anunciou que está previsto o reforço do capital social dos HUC da ordem dos 30 milhões de euros, sendo que a primeira tranche, no valor de

sete milhões de euros, deverá ser entregue ainda hoje.

Óscar Gaspar deixou ainda uma mensagem de esperança dando conta que a despesa do Serviço Nacional de Saúde está controlada e que este tem condições de sustentabilidade.

 

 

Diário de Coimbra - Concertos dos U2 com maior operação de segurança de sempre

 

 

Escrito por Patrícia Isabel Silva

 

coimbra

 

Concertos dos U2 com maior

operação de segurança de sempre

 

Image

 

É o momento por que a cidade espera há mais de um ano. Entre amanhã e domingo, são mais de 85 mil pessoas a vibrar ao som da maior banda do mundo

Os dois concertos dos U2, no Estádio Cidade de Coimbra, estão na base da «maior operação de segurança e emergência médica alguma vez feita em Coimbra»,

garante Álvaro Ramos, da produtora Ritmos & Blues. Serão 750 elementos da Polícia de Segurança Pública (à volta de 150 em simultâneo no terreno), mais

700 unidades de segurança privada, 25 reforços do Corpo de Intervenção do Porto. Depois, a Cruz Vermelha assegura o suporte básico de vida e a empresa

Luramed o suporte avançado de vida.

O plano de contingência está pensado para a cidade receber mais de 85 mil visitantes durante o fim-de-semana. Afinal, «Coimbra vai acolher o maior espectáculo»

a que o país alguma vez assistiu, considera Álvaro Ramos, reconhecendo que realizar um evento de tamanha dimensão fora de Lisboa ou Porto «levanta alguns

problemas». Mas com os Rolling Stones, Coimbra provou estar apta, reforçou, certo que com a operação preparada para receber a banda irlandesa se alcançou

«uma situação perto do ideal».

Ritmos & Blues, Câmara Municipal de Coimbra, Empresa Municipal de Turismo e Polícia de Segurança Pública são algumas das entidades envolvidas no plano de

contingência, que obriga ainda a vários condicionamentos e cortes de estradas, já a partir de hoje. Há autocarros em articulação com as nove zonas de estacionamento

organizadas, com Álvaro Ramos a aconselhar quem vem de fora da cidade a optar pelos comboios, até porque a CP disponibiliza comboios especiais.

Uma vez no estádio, há um primeiro contacto para verificar a validade dos bilhetes, depois as pessoas são revistadas, seguem por um perímetro de segurança

até chegar aos torniquetes, para um novo controlo do bilhete, através do código de barras. A entrada para o estádio começa às 17h30, nas quatro entradas:

Rua D. Manuel I., Rua D. João III, Praça 25 de Abril e Rua Jorge Anjinho.

De acordo com Álvaro Ramos, está tudo preparado para que as pessoas passem «um dia inesquecível», não só graças ao concerto, mas também aproveitando o que

a cidade tem para oferecer. «É fundamental que saiam daqui com um sorriso», concluiu.

 

Investimento do Turismo

com retorno 20 vezes superior

Os 200 mil euros que a Empresa Municipal de Turismo atribuiu à Ritmos & Blues terão um retorno 20 vezes superior ao investimento. A garantia é dada por

Gonçalo Lobo Xavier, explicando que esta verba acordada com a produtora tem também como base as duas «benfeitorias» realizadas no estádio: o rebaixamento

da entrada do túnel e a mudança do relvado.

Ressalvando que os concertos não prejudicam o estado da relva, Álvaro Ramos sublinhou, no entanto, que ficou acordada entre as partes essa mudança, acompanhada

de outra contrapartida que vai fazer com que o Estádio Cidade de Coimbra deixe de ser «um dos únicos» da Liga que não permite o acesso dos autocarros ao

recinto.

«O que deixamos à cidade é superior ao que recebemos», garantiu, sem deixar de referir o que a própria economia de Coimbra vai ganhar ?à conta? dos dois

concertos dos U2 (de realçar que são escassas as cidades que acolhem mais do que um espectáculo da banda irlandesa). P.I.S.

 

Peripécias com bilhetes

envolvem casais desavindos

A organização dos concertos confronta-se com casos invulgares, como o de um casal que se separou após adquirir os ingressos e acabou em tribunal a discutir

a titularidade das entradas. «O homem defende que os bilhetes lhe pertencem. Alega que foi ele que esteve na fila para os comprar», disse à agência Lusa

uma fonte da produtora Ritmos & Blues.

Outro caso envolve também um casal, igualmente desavindo depois da compra dos bilhetes com lugar marcado e que recusam agora sentar-se ao lado um do outro

no estádio. «Compraram bilhetes juntos, entretanto a relação acabou e não querem ficar ao pé um do outro», sublinhou a fonte.

Em declarações aos jornalistas, Álvaro Ramos, responsável da Ritmos & Blues, aludiu também a casos de fãs dos U2, actualmente grávidas, preocupadas com

os acessos ao estádio. «Temos histórias giríssimas de pessoas que compraram o bilhete [há um ano] e agora estão grávidas, ligam-nos a dizer que fizeram

mal o planeamento familiar e estão muito preocupadas como é que vêm [aos concertos]», frisou.

Outros admiradores da banda irlandesa, adiantou, «compraram [acessos] de deficientes e já não são. Outros não eram e passaram a ser».

 

Lojas no estádio abertas

mas com acesso limitado

A produtora Ritmos & Blues desmente que as lojas instaladas no Estádio Cidade de Coimbra tenham recebido qualquer indicação para se manterem encerradas

já a partir de hoje. Álvaro Ramos esclareceu que todos os espaços podem funcionar normalmente, no entanto, com acesso limitado, devido ao perímetro de

segurança instalado. Ou seja, só quem tem bilhete para os U2 pode aceder aos vários estabelecimentos comerciais, explicou.

Álvaro Ramos deu como exemplo o caso da lavandaria 5 à Sec, que manifestou interesse em funcionar normalmente e vai fazê-lo sem qualquer impedimento. Como

a lavandaria, todos podem abrir, com a organização a garantir a emissão de credenciais para que os funcionários dos espaços tenham acesso aos respectivos

postos de trabalho.

O acesso ao Centro Comercial Dolce Vita, com horário alargado até às 2h00, far-se-á apenas por duas portas ? no lado nascente e no passadiço pedonal do

topo norte ?, enquanto os parques de estacionamento subterrâneos estarão encerrados.

 

 

Diário de Coimbra - Estudantes de Coimbra vão liderar manifestação nacional

 

 

Escrito por Bruno Vicente

 

ASSEMBLEIA MAGNA

 

Estudantes de Coimbra vão

liderar manifestação nacional

 

Assembleia Magna da madruga de ontem aprovou mais de uma dezena de moções e ditou o regresso à luta de rua

Os estudantes da Universidade de Coimbra vão adoptar, a partir de agora, uma postura mais ?agressiva? na luta por uma melhor acção social escolar, arrastando

consigo os colegas das outras associações académicas do país. Reunidos na madrugada de ontem em Assembleia Magna, os alunos aprovaram mais de uma dezena

de moções.

O destaque vai para o agendamento de uma manifestação nacional de estudantes para 17 de Novembro, em Lisboa. A acção começa na Cidade Universitária e termina

na Assembleia da República. O objectivo passa por protestar contra a legislação que estabelece as condições para a atribuição de bolsas de estudo.

Segundo a moção aprovada, a manifestação terá também como reivindicações centrais «a redução imediata da propina, mais financiamento para o Ensino Superior,

igualdade de acesso à acção social por parte dos estudantes nacionais e estrangeiros e que nenhum estudante seja impedido de se matricular por dívidas

à Universidade».

Os estudantes vão exigir a revogação do decreto-lei 70/2010, para evitar que milhares de alunos em dificuldade sejam obrigados a sair do sistema de acção

social e do ensino superior.

As medidas de força traduzem-se também na realização de um acampamento em frente à sede do Ministério da Ciência e Tecnologia, que só terminará quando o

Governo publicar as regras técnicas do novo regulamento de atribuição de bolsas para os alunos do Ensino Superior. Miguel Portugal explicou aos jornalistas

que a data para a realização do acampamento em Lisboa será alvo de discussão e aprovação numa reunião extraordinária do ENDA (Encontro Nacional de Direcções

Associativas), uma vez que, também neste protesto, a AAC quer contar com a companhia dos estudantes de todo o país.

 

Contra o aumento

do preço do prato social

Por outro lado, os estudantes da Universidade de Coimbra decidiram também «exigir o congelamento do preço da refeição social e do alojamento em residência

universitária para o ano 2010/2011». Recorde-se que foi anunciado recentemente um aumento de 25 cêntimos no prato social, que sobe dos 2,15 euros para

os 2,40 euros.

Uma campanha de sensibilização a abrir o cortejo da Festa das Latas e a realização de reuniões gerais de alunos nas várias faculdades são exemplos de outras

medidas aprovadas na última Assembleia Magna.

Nota ainda para o Sistema de Gestão da Qualidade Pedagógica (SGQP) da Universidade de Coimbra, um tema que continua na agenda académica. Na madrugada de

ontem os estudantes deliberaram «exigir à Universidade de Coimbra que torne público o tratamento de todos os resultados, ao mesmo tempo que tome as medidas

necessárias para que a avaliação saída do SGQP tenha consequências práticas e directas, tendo em conta esses mesmos resultados».

 

Diário de Coimbra - População de Pereira prepara-se para celebrar ?missa do silêncio?

 

 

Escrito por Manuela Ventura

 

POSSE DE PÁROCOS

 

População de Pereira prepara-se

para celebrar ?missa do silêncio?

 

Domingo a comunidade recebe os dois novos sacerdotes, nomeados pela Diocese de Coimbra e promete ?respeito?, mas, sobretudo, silêncio

É mais um sinal de protesto contra a Igreja e em especial contra o bispo de Coimbra pelo facto de impedir que o João, um jovem da freguesia de Pereira,

dê rumo à sua vocação, percorrendo os caminhos do seminário. A ?manifestação? promete ser pacífica, e está marcada para domingo, coincidindo com a celebração

da missa, na qual vão ser apresentados os novos sacerdotes, nomeados pela Diocese de Coimbra ? cónego Aurélio de Campos e padre Manuel António Pereira

Ferrão -  que assumem, de ora em diante, o acompanhamento religioso daquela paróquia.

O ambiente que se vive na vila é confrangedor e a verdade é que ninguém quer, para já, ?dar a cara?. Certo é que há um ?movimento organizado?, que já esteve

por detrás do protesto realizado na semana passada e pretende dar-lhe continuidade. Há, todavia, sentimentos mais radicais, que defendem, inclusive, o

encerramento da igreja a cadeado, mas acabaram por não ter a necessária consistência e, em nome do bom senso,  a ideia foi colocada de lado, tanto mais

que se trata de receber os novos párocos. «Vamos recebê--los, com respeito... mas em silêncio», garantiu-nos uma fonte próxima do ?movimento?, inteiramente

solidária com o jovem e revoltada com a decisão, tomada pelo bispo de Coimbra, que só tem uma justificação: «a deficiência motora do João».

Houve ainda quem aventasse um ?boicote? presencial, ou seja, admitiu-se a possibilidade de, domingo, haver uma abstenção geral à eucaristia, mas também

essa hipótese foi, «por respeito» posta de lado. E a solução encontrada foi a do silêncio. «Domingo vamos celebrar a missa do silêncio. Este vai ser o

nosso protesto», garantiram ao Diário de Coimbra, sublinhando que «não há catequese» e o coro, que habitualmente acompanha as cerimónias religiosas de

Pereira, desta vez «não vai cantar», da mesma forma que os paroquianos, que prometem encher a igreja matriz na missa das 11h00, vão manter os lábios bem

cerrados, escusando-se a uma participação activa e interventiva na cerimónia litúrgica. «Ninguém fala, o silêncio vai ser a nossa forma de protesto contra

esta situação» e, garantem-nos, vai manter-se «enquanto o senhor bispo mantiver a sua decisão».

 

Sinais de luto

Ao silêncio do protesto, vai juntar-se o negro, símbolo do luto e do pesar que Pereira está a viver. Assim, segundo conseguimos apurar, uma faixa preta

vai emoldurar a Cruz de Cristo. Preta  será, também, a cor da opa que os irmãos da Misericórdia vão usar na missa de domingo.

«Há uma grande revolta em Pereira», garantem-nos, sublinhando a «enorme injustiça que a Igreja está cometer, ao discriminar um dos seus filhos só porque

tem uma deficiência». «E não se trata de uma deficiência profunda», acrescentam, sublinhando que o jovem João, apesar de algumas dificuldades, «consegue

andar sozinho».

A população não tem dúvidas que a deficiência física do João esteve na base da decisão, tomada por D. Albino Cleto. Aliás, foi essa a única explicação que

o responsável máximo da Diocese avançou, numa reunião com uma ?delegação? de Pereira. Um encontro que, segundo apurámos, se realizou na semana passada

e que tornou mais veemente a animosidade que se fez sentir a partir do momento em que se soube que o João tinha sido ?expulso? do Seminário de Leiria,

depois de ter cumprido o ano propedêutico.

As reacções são de amargura e  revolta. «Esta não é a minha Igreja! Acredito em Deus, mas esta não é a minha Igreja!», dizem-nos. E foi este estado de espírito

que levou, como oportunamente noticiámos, a população a transformar a missa do domingo passado numa manifestação de protesto. Era suposto que o coro não

cantasse, mas alguns dos elementos que o integram tinham familiares que celebraram o crisma e acabaram por fazer a sua voz. Mas aos cânticos sobrepuseram-se

os protestos de vários devotos, que acabaram por abandonar a igreja. Agora prometem silêncio.

 

Curso de Teologia

na Católica do Porto

Em silêncio mantém-se, desde a primeira hora, o jovem João, que se escusa a tecer quaisquer considerações sobre o que se está a passar consigo. Silêncio,

também, relativamente às manifestações de solidariedade e indignação que a população já cumpriu ou pretende levar a cabo. E também a família afina pelo

mesmo ?diapasão?. A mãe continua, incansável, noite e dia, a confeccionar as afamadas queijadas, que vende para ajudar a sustentar a família. E agora os

gastos aumentaram, uma vez que o João deixou o seminário. Segundo apurámos, está no Porto, na Universidade Católica, a frequentar o curso de Teologia.

De uma forma ou de outra, o jovem continua a seguir os caminhos da fé...

 

Diário de Coimbra - Mais de 30 milhões de euros levantados em Julho e Agosto nas caixas multibanco

 

 

Escrito por Bela Coutinho

 

FIGUEIRA DA FOZ

 

Mais de 30 milhões de euros

levantados em Julho e Agosto

nas caixas multibanco

Foi junto do Instituto Nacional de Estatística (entre outros) que João Ataíde recolheu números relativos ao movimento no concelho este Verão, que apontam

para um aumento significativo e, segundo o autarca «desmentem declarações de pessoas com responsabilidade na Figueira, segundo as quais não havia animação

que permitisse fixar as pessoas», disse.

O autarca falou, na Assembleia Municipal, no aumento de visitantes em 5% aos núcleos museológicos comparativamente a 2009, ao Casino, com aumento «superior

a 4 a 5%», e apesar da diminuição de receitas em Julho de «cerca de menos 19%», teve em Agosto «uma variação positiva compensadora de mais 32%». A afluência

aos postos de turismo também aumentou 5%, disse, recordando até, que em 2009, ocorreram «diversas operações de considerável dimensão em empresas locais

(Celbi, Central de Lares, Soporcel), que trouxeram um número acrescido de dormidas».

João Ataíde referiu ainda o «crescimento considerável do montante levantado das caixas multibanco (mais 13,5% em Julho e Agosto que no mesmo período em

2009), no «crescimento relevante no número de passagens nas portagens das auto-estradas que servem a Figueira», no «acréscimo da taxa de ocupação dos estabelecimentos

de hotelaria da Figueira», que em Julho foi idêntico ao ano passado, mas em Agosto subiu «na casa dos 6% e em Setembro cerca de 10%».

Por isso, sublinhou, o actual executivo «irá prosseguir com a sua estratégia de consolidar e projectar a imagem da Figueira como produto turístico ímpar»,

salientou, recordando os 82 eventos «mais 35 que em 2009», tudo «dentro de um quadro de forte rigor da despesa», mas mesmo assim, com eventos que «permitiram

divulgar a Figueira além fronteiras e trazer à nossa região centenas de milhares de pessoas», destacando nestas iniciativas o ?X-Terra-Portugal World Tour?,

ou o ?Mundial de Surf?. Ou seja, é um balanço de Verão positivo, «fundamentado em dados objectivos e não em meras especulações».

 

?Não abdicamos? da Escola

Bernardino Machado

O presidente da câmara garantiu ontem que vai ter, no dia 13 de Outubro, uma reunião com o secretário de Estado da Educação, para lhe dar nota «de que não

 abdicamos de ter um pólo de ensino técnico no concelho». O autarca respondia assim ao deputado do Movimento Figueira 100%, António Jorge Pedrosa, que

levou à assembleia a «preocupação» com o eventual encerramento futuro dos cursos profissionais da escola Dr. Bernardino Machado (ver edição do passado

dia 30 de Setembro), chamando a atenção para a importância da existência desses cursos, para as empresas da região e como saída profissional dos estudantes.

Uma matéria subscrita por Isabel Sousa, do PSD, que referiu o equipamento existente e o investimento efectuado.

João Ataíde esclareceu ainda que, nesse encontro com o responsável governamental, falará sobre a perda do concelho de ensino superior e que chamará a atenção

para o facto de que esta (saída profissionalizante) «pode ser um nicho dominante em acções de formação».

Aliás, o autarca adiantou que está já em fase ?embrionária?, um protocolo com Instituto Politécnico de Coimbra, para que sejam ministrados nesta cidade,

cursos de Agro-indústria, robótica, papeleiras «e outras vertentes que podem ser preenchidas. Estão a ser ministrados em Coimbra e o concelho tem condições

óptimas para os ministrar aqui» e por isso, frisou, «faz todo o sentido manutenção de uma escola técnica que terá continuidade num grau superior».

 

 

Diário de Coimbra - Ninguém fiscaliza a venda de bebidas a menores

 

 

BARES E DISCOTECAS

Ninguém fiscaliza

a venda de

bebidas a menores

O coordenador de um projecto europeu relacionado com comportamentos de risco de jovens em contextos de diversão nocturna afirmou ontem em Coimbra que o

maior problema nesta área é a «inconsistência na implementação da legislação» sobre o consumo de álcool.

«Temos leis que não permitem que os menores de 16 anos comprem bebidas alcoólicas mas, nas discotecas e bares, esta medida não é implementada e não há controlo»,

exemplificou Matej Kosir, que coordena o projecto Club Health ? Healthy and Safer Nightlife of Youth, que conta com 20 associados, entre os quais 15 Estados-membros

da União Europeia e a Noruega.

Matej Kosir foi um dos oradores da II Escola de Verão em Educação pelos Pares (PEER 2010), que decorre até hoje em Coimbra, organizada pela Escola Superior

de Educação de Coimbra (ESE nfC) e pelo IREFREA Portugal (Instituto Europeu para o Estudo dos Factores de Risco e Factores de Protecção em Crianças e Adolescentes).

«Os profissionais [de bares e discotecas] sabem que são menores, mas não estão conscientes dos problemas que o consumo de álcool pode causar», disse ainda

o responsável, em declarações à agência Lusa à margem do evento.

Na sua intervenção, este especialista em políticas de saúde pública afirmou que «não há informação de qualidade para as pessoas que fazem as políticas»

e estas, geralmente, não produzem efeitos práticos, e aludiu a «uma tendência crescente para beber para ficar embriagado» e a que, cada vez mais, os jovens

saírem com o intuito de se embebedar.

Por outro lado, destacou a importância da formação e sensibilização dos profissionais que trabalham nos espaços de diversão nocturna.

«Estes profissionais não estão conscientes da multiplicidade de problemas que podem surgir. É uma das formas mais eficazes para diminuir os problemas na

vida nocturna», salientou.

Segundo o coordenador do Club Health, neste contexto da diversão nocturna, «a dimensão dos problemas [dos jovens] com drogas ilícitas não é tão grande como

com o álcool», contudo existem «muitas mais intervenções» destinadas àquelas substâncias do que ao álcool.

«A vida nocturna é diversão para os jovens e não a queremos reduzir, mas há muitos problemas relacionados, em termos de saúde, violência, sexo não protegido

e não consensual, acidentes rodoviários... Pelo que queremos torná-la mais saudável e mais segura», afirmou, ao frisar também a importância da cooperação

entre os actores locais e de intervenções multidisciplinares.

 

 

Diário de Coimbra - Cavaco Silva acredita no ?sentido de responsabilidade? dos partidos políticos

 

 

PERANTE A CRISE

 

Cavaco Silva acredita

no ?sentido de responsabilidade?

dos partidos políticos

 

O Presidente da República (PR), Cavaco Silva, afirmou, ontem, em Coimbra, que acredita no «sentido de responsabilidade» dos partidos para enfrentar o «momento

muito sério» que o país vive.

«Devemos ? e eu assim espero ? contar com o sentido de responsabilidade de todas as forças políticas, num momento que é muito sério ? e todos sabem que

é muito sério ? para a vida do nosso país», apela.

Cavaco Silva falava aos jornalistas, na Universidade de Coimbra, onde presidiu à abertura de um colóquio internacional sobre o centenário da República,

subordinado ao tema ?Da virtude e fortuna da República ao republicanismo pós-nacional?.

Sobre as medidas de austeridade quarta-feira anunciadas pelo Governo, o Presidente prevê que «vão dar lugar a um debate partidário», dizendo que não as

dever comentar, pois, «uma coisa que um Presidente não deve fazer, dada a sua posição de moderador e de imparcialidade em relação aos partidos, é participar

nesse debate».

O PR é a «reserva de último recurso em caso de crise grave e, neste momento ? mais do que em qualquer outro ? deve preservar essa posição», defende, acrescentando

que «são os partidos que, no parlamento, vão ter a última palavra». E reforça que «nos termos constitucionais, compete só à AR, e só à AR, aprovar o Orçamento

do Estado», com a «palavra decisiva» a pertencer aos deputados.

Referindo-se à reunião que, terça e quarta-feira manteve com representantes dos partidos com assento na Assembleia da República, o chefe de Estado diz que,

como era sua «obrigação», lhes transmitiu «toda a informação» que possui sobre «as consequências de uma crise política».

Vivemos actualmente, recorda o PR, um «quadro jurídico-constitucional em que a AR não pode ser dissolvida e, portanto, não podem ocorrer eleições».

De todo o modo, Cavaco Silva sublinha que, nas reuniões com os dirigentes partidários, «todos os partidos, com grande sentido de responsabilidade, manifestaram

uma total abertura para desenvolver uma negociação aprofundada sobre o Orçamento de Estado».

 

Regresso aos princípios republicanos

Antes, na sessão de abertura do colóquio internacional, que decorreu no auditório da Faculdade de Direito, Cavaco Silva defendeu o aprofundamento da dimensão

social do Estado, porque, na sua opinião, «existe ainda um longo caminho a percorrer» para concretizar direitos fundamentais.

«No nosso tempo não podemos fazer uma cisão entre cidadania política e cidadania social, para não falarmos de outras dimensões do conceito, como a cidadania

ambiental», sublinhou. Para o chefe de Estado, o princípio democrático «não é separável do princípio da sociabilidade, do mesmo modo que o Estado de direito

deve ser um Estado social de direito».

«Para ser política, a democracia tem hoje de ser social, económica e cultural», observou, acrescentando que, «ao contrário do que se supõe, o Estado social

não é hostil ao mercado», porque «foi precisamente a dimensão social do Estado que permitiu a sobrevivência da economia de mercado após sucessivas crises».

Segundo Cavaco Silva, nestas situações, de crise económica e de práticas da República, «impõe-se o caminho republicano do regresso aos princípios, o que

não pressupõe uma visão nostálgica ou passadista do pretérito colectivo».

 

Mário Soares compara actuais

políticos a maus vinhos

O antigo Presidente da República Mário Soares comparou ontem os políticos aos vinhos, ao dizer que a Europa se encontra em declínio pela falta de bons líderes.

Ao participar na Universidade de Coimbra na sessão de encerramento do colóquio internacional ?Da Virtude e fortuna da República ao republicanismo pós-nacional?,

lamentou a situação e o rumo em que a Europa se encontra. «Neste momento crítico, sobretudo depois desta crise global em que estamos metidos, há qualquer

coisa de gravíssimo que é preciso evitar, é que a Europa entre em profunda decadência», alertou.

No seu entendimento, é preciso tomar consciência de que «a Europa, infelizmente, está em decadência».

«Fundamentalmente está por falta de lideranças europeias a sério. Eu penso que os políticos são como os vinhos. Não sabemos porquê. Há boas épocas em que

o vinho é esplêndido e outras épocas em que o vinho não presta. Nesta altura nós temos políticos que não prestam», sustentou.

Recordou que na altura em que Portugal e a Espanha aderiram à União Europeia a Europa tinha grandes líderes, capazes de lhe imprimir um rumo.

Com uma plateia onde predominavam os estudantes universitários, o antigo Presidente da República disse que eles tinham grandes responsabilidades, por serem

os políticos do futuro.

Luís Barata
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