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[Atped] dinamização mailinglist Outubro 2010

To :   <atped@ml.ci.uc.pt>
Subject :   [Atped] dinamização mailinglist Outubro 2010
From :   "Maria Jose Correia" <mcorreia@ci.uc.pt>
Date :   Fri, 1 Oct 2010 09:22:52 +0100

Miopia: Esperança na genética

Gene RASGRF1 implicado no desenvolvimento da doença

 

Miopia impede de ver nitidamente ao longe

Duas equipas internacionais, uma sediada em Londres e outra em Roterdão, publicaram recentemente um estudo, na Nature Genetics, sobre a identificação do gene do cromossoma 15 – o RASGRF1 –, implicado no desenvolvimento da miopia forte. Os cientistas têm esperança de conseguir a longo termo que esta novidade venha abrir portas para criar novos medicamentos ou terapias genéticas que travem o seu desenvolvimento.

Com o progresso da investigação genética poderá prevenir-se o desenvolvimento da doença daqui por dez anos, segundo estimam os investigadores. O gene RASGRF1 já era conhecido por influenciar as células nervosas da retina. Os especialistas acordam que não apenas um, mas sim vários genes intervêm no desenvolvimento da miopia.

Uma das investigações, levada a cabo pela equipa de Pirro Hysi, do King's College, foi realizada em 4200 gémeos e a outra, do grupo de Caroline Klaver, do Erasmus Medical Center, abrangeu 15 mil pessoas. Um dos objectivos é determinar a influência respectiva da hereditariedade e dos hábitos de vida no aparecimento da deformação do olho e conseguir bloqueá-la.

Este problema impede o afectado de ver nitidamente ao longe. A maioria das pessoas sofre de miopia fraca e estabiliza por volta dos 25 anos, mas 2,5 por cento são atingidas por miopia forte e evolutiva, que as acompanha praticamente toda a vida. Quem sofre desta maleita corre igualmente o risco de vir a ter outras patologias graves do olho, como glaucoma, problemas da retina ou cataratas precoces.

(In “Ciência Hoje”)

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Como fazer um bom aluno? (Parte I)

 

A verdade é que, presentemente, no nosso sistema de ensino se vive uma cultura de facilitismo e, para que um aluno não transite para o ano seguinte, o professor precisa de cumprir um processo burocrático imenso.

Agora que um novo ano lectivo se aproxima e muitas crianças estão em vias de ingressar no 1.º ciclo, várias questões se colocam aos pais, nomeadamente: Será que ele vai aprender facilmente? Será que ele vai ser um bom aluno?

Poderia começar já com uma grande dissertação sobre o que significa ser bom aluno neste início do século XXI, dado que a resposta é certamente diferente da do passado, uma vez que as exigências da sociedade actual são também bem diferentes das de antigamente. Há, no entanto, algo que não mudou e que se reporta ao 1.º ciclo, sendo por aí que me parece importante começar.

Para se ser um bom aluno é fundamental, em primeiro lugar, "agarrar" as bases sobre as quais serão construídos novos conhecimentos. Para se ser um bom aluno é importante saber ler fluentemente e interpretar aquilo que se lê, escrever sem erros ortográficos, mediante o conhecimento das regras e das excepções ortográficas. É importante ainda saber as nomenclaturas gramaticais e conseguir aplicar a pontuação, dominar as quatro operações e perceber os números decimais. O que acabei de expor parece uma verdade tão óbvia, que a sua referência até parece ridícula. O problema é que a construção de maus alunos começa habitualmente no 1.º ciclo, dado que muitos não fazem as aquisições básicas de acesso ao saber. São muitos os casos de crianças que chegam ao 2.º ciclo sem saber ler nem escrever correctamente, isto para não falar daqueles que, de todo, não sabem mesmo ler. Para quase todos estes alunos está praticamente ditada a sentença: um percurso escolar marcado por desmotivação, desinteresse e frustração.
Aos pais que já têm os filhos no 1.º ciclo e que se sentem tranquilos quanto ao seu aproveitamento, dado que os registos de avaliação que receberam no decorrer dos vários períodos são satisfatórios, diria que se mantivessem particularmente atentos. A verdade, que neste caso resulta de constatações que vou fazendo em resultado da minha prática profissional e que até posso exemplificar, é que entre o que consta desses registos e o que o aluno realmente sabe há, por vezes, discrepâncias. Este ano lectivo, quando confrontada com um aluno que estava a frequentar o 5.º ano e que não sabia ler, resolvi analisar o seu processo individual e o que constava nos seus registos de avaliação. Qual não foi o meu espanto, quando verifiquei que o professor do aluno que o acompanhou do 1.º ao 4.º ano, sem nenhuma retenção, afirmava que ao nível da leitura este tinha apresentado sempre um domínio progressivo que se enquadrava no "Satisfaz Pouco". Um aluno que não sabe ler não deveria ter no domínio progressivo da leitura a avaliação de "Não Satisfaz" no final do 4.º ano? Estou a relatar um caso verídico que nada tem a ver com a ficção. Obviamente que não quero com este exemplo criar alarmismos, mas simplesmente dizer aos pais que têm de acompanhar os filhos nos estudos, por muito boa que seja a escola que eles frequentam. Os professores não podem, de forma alguma, fazer tudo! Quando os pais constatam que os filhos estão progressivamente em desvantagem face ao que seria desejável em termos de aprendizagem, devem, imediatamente, com a ajuda do professor e, eventualmente, de outros técnicos, se tal for necessário, procurar estabelecer um plano de acção.
Devo referir que, com o exemplo que citei, não pretendo culpabilizar os professores. A verdade é que, presentemente, no nosso sistema de ensino se vive uma cultura de facilitismo e, para que um aluno não transite para o ano seguinte, o professor precisa de cumprir um processo burocrático imenso. Por outro lado, os apoios aos alunos com mais dificuldades são escassos. Assim, aparecem "Não Satisfaz" mascarados de "Satisfaz Pouco" ou até de "Satisfaz". 
Se a distância entre as aquisições académicas que o seu filho deveria ir fazendo e não faz é cada vez maior, não espere que tudo se resolva naturalmente com a passagem do tempo, pois o que geralmente acontece é que, sem medidas concretas, o tempo nada resolve, pelo contrário. Neste artigo analisei o primeiro grande ingrediente para se ser um bom aluno. Como existem outros também importantes, deixo-os pendentes e retomarei esta questão brevemente

(In “Educare”, por Adriana Campos Licenciada em Psicologia, pela Universidade do Porto, na área de Consulta Psicológica de Jovens e Adultos, e mestre em Psicologia Escolar. Concluiu vários cursos de especialização na área da Psicologia, entre os quais um curso de pós-graduação em Psicopatologia do Desenvolvimento, na UCAE. Actualmente, é psicóloga na escola E B 2/3 de Leça da Palmeira, para além de dinamizar acções de formação em diversas áreas.)

 

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 “SER (IN)DIFERENTE -  A deficiência na sociedade

Associação Famalicense de Prevenção e Apoio à Deficiência e a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão irão realizar, no dia 9 de Outubro de 2010, as 2as Jornadas da Deficiência “SER (IN)DIFERENTE – A deficiência na sociedade” que terá lugar na Casa das Artes – Vila Nova de Famalicão.

Objectivo:

·                       Sensibilizar a comunidade para a temática da deficiência mental em jovens e adultos, assim como discutir temas actuais que preocupam os pais e profissionais ligados à área da deficiência.

·                       Serão abordados temas como: Direitos do Cidadão Portador de Deficiência, a Sexualidade na Deficiência, Escolaridade – Ensino e Aprendizagem e Transição para a Idade Adulta.

·                       Pretende-se assim explorar e responder a novos desafios e partilhar experiências entre profissionais e investigadores que possam contribuir para a divulgação de boas práticas de intervenção junto de pessoas com Deficiência Mental.

Público alvo:

Familiares de pessoas com deficiência, Profissionais de Saúde, Técnicos de Reabilitação, Técnicos de Inserção Laboral, Assistentes Sociais, Sociólogos, Psicólogos, Educadores de Infância, Professores, Fisioterapeutas, Terapeutas da Fala, Terapeutas Ocupacionais, Animadores Socio-Culturais e outros interessados.

Temas abordados:

·                       Direitos do cidadão portador de deficiência

·                       Sexualidade na deficiência

·                       Escolaridade – ensino e aprendizagem

·                       Transição para idade adulta

Inscrição:

·                       20 euros – público em geral

·                       10 euros – sócios da AFPAD, estudantes e desempregados

Formas de inscrição:

·                       Directamente na secretaria da sede da AFPAD

·                       Correio (morada da sede da AFPAD)

·                       E-mail: jornadas@afpad.org

 (In Contifor)

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DICIONÁRIO DE LÍNGUA GESTUAL DESVENDA MUNDO AOS SURDOS

 

É lançado, hoje, terça-feira, pela Porto Editora, o primeiro dicionário de Língua Gestual Portuguesa (LGP). O local escolhido para a apresentação é a EB 2/3 de Paranhos, no Porto – parte de um agrupamento de referência com quase uma centena de alunos surdos da região Norte.

A visita de jornalistas à escola onde alunos, do 5º ao 9º ano, finalmente tiveram uma oportunidade de sair do silêncio profundo do isolamento, conviver com outros semelhantes e aprender como os meninos ouvintes, causa uma excitação mais perceptível do que quaisquer interjeições de entusiasmo no pavilhão do lado.

A expressividade é natural para quem comunica com as mãos, que tudo querem saber e que nos buscam os olhos, freneticamente. “Qual é o teu nome gestual?”, pergunta-nos o João, traduzido pelo professor que, para eles, é o “C barbudo” (Carlos Afonso). A professora “Sardas” (Olinda) explica-lhes que não temos tal nome e que não sabemos comunicar em LGP. Nesse momento, temos a certeza: a falha é nossa.

E a falha foi também de todo um sistema que, até ao recente decreto lei nº 3/2008, não reconhecia a LGP como língua materna destas crianças, tendo-as deixado à mercê da boa vontade (ou não) dos professores do ensino normal, geralmente com maus resultados. A LGP desenvolveu-se na “clandestinidade”, entre grupos restritos de surdos, sem qualquer forma de poder ser fixada, uniformizada, padronizada.

A importância de um dicionário de Língua Gestual Portuguesa, segundo Carlos Afonso, coordenador da Educação Especial no agrupamento de Escolas Eugénio de Andrade (Paranhos, Porto), reside nesse carácter de registo duradouro, “das palavras e da gramática gestual, capaz de apoiar professores e alunos, sendo uma ferramenta” também de referência, doravante, para a educação bílingue.

A autora, Ana Bela Baltazar, intérprete de LGP há vários anos e conhecida também pela tradução da “Praça da Alegria”, diariamente, na RTP, sabia que “havia uma grande procura por uma ferramenta deste género, sem respostas do mercado”.

Há quatro anos, concebeu o projecto, durante três anos trabalhou nas mais de 5200 entradas do dicionário, com a colaboração do marido – filho de surdos – e, por fim, sugeriu à Porto Editora que o lançasse na escola onde, há muito tempo, foi intérprete de surdos.

“Os surdos, regra geral, dominam muito mal o Português. Espero que, com esta obra, lhes seja mais fácil”, revelou Ana Bela Baltazar.

Os gestos não são estáticos, como tal um dicionário de LGP não poderia basear-se apenas em desenhos ou fotografias.

O dicionário de LGP inclui, por isso, um DVD-ROM com vídeos para cada entrada e vai custar cerca de 30€.

JN online

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MATRICULAS ONLINE PARA O 1º ANO BÁSICO A PARTIR DE JANEIRO

 

Em declarações à Lusa a propósito das medidas para o sector previstas na Agenda Digital 2015, João Trocado da Mata indicou que, através do Cartão do Cidadão, os pais poderão aceder a uma plataforma electrónica, a partir de Janeiro de 2011, e inscrever os filhos que no próximo ano lectivo vão iniciar o ensino básico.

Por outro lado, acrescentou o governante, a partir de 2012 serão disponibilizados no Portal da Educação espaços pessoais para os encarregados de educação acompanharem a vida escolar dos educandos, nomeadamente os resultados, as faltas e os sumários da matéria leccionada.

João Trocado da Mata sublinhou que, depois da modernização dos estabelecimentos de ensino, efectuada nos últimos quatro anos através do Plano Tecnológico da Educação, "o desafio que se coloca agora é o de tirar partido do investimento realizado".

"Ou seja, através de disponibilização de serviços e de conteúdos, integrando as tecnologias no processo de ensino e aprendizagem”, referiu, lembrando a ligação das escolas à Internet em fibra óptica e o apetrechamento informático com computadores ou quadros interactivos.

Certificados de habilitações online

No âmbito da Agenda Digital 2015, outro dos projectos passa pela disponibilização online dos certificados de habilitações também para as empresas empregadoras, que vão poder aceder a estes documentos.

Outra novidade é o "Tutor Virtual da Matemática", uma plataforma online de apoio ao ensino e à aprendizagem da disciplina, que arrancará este ano lectivo com um projecto-piloto em três agrupamentos de escolas, mas que até 2015 estará generalizado.

O Governo pretende ainda apostar na disponibilização de cadernos de exercícios virtuais e no aumento dos recursos educativos disponíveis no Portal das Escolas, através dos projectos da biblioteca digital, ciberescola da língua portuguesa e da plataforma virtual de aprendizagem.

Sobre o Plano Tecnológico da Educação, João Trocado da Mata afirmou não ter dúvidas de que Portugal se encontra entre os países mais avançados da Europa no que toca à modernização tecnológica dos estabelecimentos de ensino.

(In Público online)

 

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