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[Atped] Dinamização da mailinglist de Novembro de 2010

To :   <atped@ml.ci.uc.pt>
Subject :   [Atped] Dinamização da mailinglist de Novembro de 2010
From :   "Maria Jose Correia" <mcorreia@ci.uc.pt>
Date :   Tue, 2 Nov 2010 09:19:06 -0000

 

 

Estudo Acompanhado apenas para alunos com efectivas necessidades

 

O Governo garantiu hoje que o Estudo Acompanhado vai continuar a ser oferecido, mas apenas a alunos com "efectivas necessidades", e justificou o fim da Área de Projecto com a ausência de resultados nas aprendizagens.

"O Estudo Acompanhado continuará a ser oferecido, mas no quadro de uma gestão mais flexível, para que a oferta se dirija aos alunos que têm efectivas necessidades de apoio e acompanhamento por parte dos professores", afirma o Ministério da Educação, numa resposta a questões colocadas pela agência Lusa.

A proposta de Orçamento do Estado para 2011 prevê alterações curriculares, como a eliminação da Área de Projecto e do Estudo Acompanhado, medidas que visam a racionalização de recursos no sector, mas também a redução da despesa.

Aliás, o Conselho de Ministros de 14 de Outubro aprovou, na generalidade, um decreto-lei que estabelece os princípios orientadores da organização e da gestão curricular do ensino básico, no qual está previsto o fim da Área de Projecto.

As disciplinas da Área de Projecto, Estudo Acompanhado e Formação Cívica foram introduzidas no ensino básico em 2001, como áreas curriculares não disciplinares, sendo obrigatórias para todos os alunos.

"O impacto da Área Projecto nos resultados de aprendizagem não ficou demonstrado em vários estudos que se realizaram sobre esta matéria. Acresce que a metodologia de projecto pode e deve ser usada no âmbito de cada disciplina", afirma o gabinete da ministra Isabel Alçada, na mesma nota.

O Estudo Acompanhado realizava-se durante duas horas por semana, tal como a Área de Projecto.

Além desta medida de redução de despesas de funcionamento, o Orçamento do Estado prevê ainda a redução do número de professores, a obrigatoriedade dos professores bibliotecários leccionarem a uma turma ou a redução do número de horas de assessoria à direcção das escolas, entre outras.

A agência Lusa questionou também a tutela sobre o número de professores a reduzir, mas não obteve resposta.

Segundo o Diário de Notícias de hoje, os sindicatos de professores estimavam que a eliminação daquelas duas áreas deixasse em risco de desemprego cinco mil professores.

No entanto, as medidas de racionalização de recursos no sector da educação terão um impacto de 0,4% do PIB.

Segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2011, a despesa prevista para o Ministério da Educação vai sofrer um corte de 11,2% em 2011 face à execução estimada para este ano, ficando com menos 800 milhões de euros para gastar.

A despesa total consolidada do ministério de Isabel Alçada é de 6391 milhões de euros.

 

(In “Educare”)

 

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FENPROF ESTIMA AFASTAMENTO DE SETE A OITO MIL DOCENTES

 

A FENPROF, durante a audição na Comissão Parlamentar de Educação, estimou que entre sete e oito mil professores, vão abandonar o sistema de ensino, devido às medidas de redução da despesa no sector da educação. O PCP afirmou querer garantir cumprimento do acordo com sindicatos.

O número foi avançado pelo secretário-geral da FENPROF durante uma audição na Comissão Parlamentar de Educação, depois de lembrar algumas das medidas previstas na proposta de Orçamento do Estado para 2011, como o fim do Estudo Acompanhado e da Área de Projecto, a obrigatoriedade de os professores bibliotecários leccionarem pelo menos uma turma ou a redução do número de horas de assessoria às direcções escolares.

"Isto dá qualquer coisa como sete a oito mil professores a menos, que o sistema vai pôr fora, mas que vão fazer muita falta às escolas", afirmou Mário Nogueira, estimando assim "problemas" na organização e funcionamento das escolas e na qualidade da educação.

O dirigente sindical lembrou depois que o Ministério da Educação tem, em 2011, um corte de mais de 400 milhões de euros nos gastos com pessoal e que, no entanto, absorve mais de 95% das "dotações previstas para contratação" de toda a administração pública.

"Ainda assim, esta dotação [para contratados] significa um decréscimo de 20% em relação à verba do ano passado", acrescentou, lembrando que estão cerca de 30 mil docentes contratados actualmente nas escolas.

Nogueira deu depois alguns exemplos de como começa a ser feita a gestão de recursos humanos nas escolas: a Direcção Regional de Educação do Centro, afirmou, não autorizou o recurso à bolsa de recrutamento para ser substituída uma docente em licença de maternidade, tendo a escola recorrido a professores nos apoios educativos.

O secretário-geral da FENPROF realçou que há menos 800 milhões de euros de verba total disponível no ministério de Isabel Alçada, não esquecendo os cortes nas transferências de montantes para as autarquias, que têm "cada vez mais responsabilidades em matéria de educação".

Relativamente à falta de psicólogos nas escolas, Mário Nogueira acusou o Governo de "mentir", garantindo que até hoje as escolas não foram ainda autorizadas a contratar aqueles profissionais, ao contrário do que foi anunciado na semana passada.

PCP quer garantir cumprimento do acordo com sindicatos
O PCP quer garantir através da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2011 o cumprimento dos compromissos assumidos pelo Governo em Janeiro junto dos sindicatos de professores, disse hoje o deputado Miguel Tiago.

Durante a intervenção na Comissão Parlamentar de Educação ontem à tarde, Miguel Tiago garantiu que o partido não se vai fixar "apenas" no problema dos docentes, mas da generalidade da função pública, "não ignorando que há compromissos fixados directamente com os professores".

"Através de uma intervenção no Orçamento do Estado é possível garantir o cumprimento desse acordo [assinado em Janeiro com os sindicatos]", afirmou Miguel Tiago, desafiando depois os restantes partidos a tomar uma posição sobre a matéria.

Na sua intervenção inicial, o secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira, voltou a lembrar que o acordo assinado versava sobre várias matérias, como o fim da divisão da carreira, as progressões, os índices remuneratórios, o reposicionamento de docentes e a avaliação de desempenho.

"O acordo foi violado com este Orçamento do Estado. E estamos a falar de um acordo politicamente utilizado para que se pudesse tranquilizar a vida das escolas e dos professores. Só sobrou a avaliação de professores, o aspecto mais negativo", disse, lembrando ainda o compromisso assumido pelo Governo de realização de um concurso para contratados em 2011, mas que já não se irá realizar.

A propósito do acordo, o líder parlamentar do Bloco de Esquerda, José Manuel Pureza, teceu duras críticas ao executivo, afirmando que o incumprimento "é de todo inaceitável".
"É de facto a síndrome 'o mundo mudou' a invadir completamente as várias políticas públicas e neste caso a política de educação. A justificação de que o mundo mudou dá para tudo", lamentou.

O deputado afirmou ainda que a escolha do Governo representa "a real" prioridade da educação e que "há outras formas de consolidar as contas públicas".

Sobre esta matéria, o socialista Bravo Nico saiu em defesa do Governo, dizendo que o acordo foi conseguido em "determinado contexto", mas que teve de ser reequacionado porque "as circunstâncias alteraram-se".

"Não podemos olhar para uma equação e vê-la da mesma maneira quando a circunstância se altera, porque as variáveis que estiveram na base da sua construção estão profundamente alteradas", justificou.

Quanto ao concurso para a entrada de professores contratados nos quadros, em 2011, sobre o qual houve inclusivamente um projecto de resolução do PS nesse sentido, o deputado assumiu o compromisso do grupo parlamentar de que, "quando as condições financeiras forem restauradas", isso será cumprido.

(In “Educare”)

 

Mães da Lousã reclamam apoio a deficientes

A determinação dos pais das crianças da Lousã que têm necessidades educativas especiais (nee) começa a abrir portas. O objectivo é que seja reposto o quadro de pessoal, nomeadamente no que diz respeito ao número de técnicos especializados para lidar com este tipo de alunos nas escolas.

A jogar em dois tabuleiros, os encarregados da educação conseguiram estabelecer, numa mesma semana passada, uma ponte para a Assembleia da República, através de uma reunião com o deputado do Bloco de Esquerda, José Miguel Beleza, e com o próprio Governo, num encontro em Lisboa com o adjunto da Secretária de Estada da Reabilitação.

O desinvestimento na educação especial em resultado de corte financeiros tem, no concelho da Lousã, “contornos específicos, dado o elevado número de alunos sinalizados e a retirada do financiamento do estado às auxiliares pedagógicas da ARCIL (Associação de Reabilitação dos Cidadãos Inadaptados), refere uma das mães, Maria da luz Nogueira.

Sem respostas imediatas, de Lisboa, o grupo de mães trouxe aquilo que consideraram “a abertura da Secretaria de Estado da Reabilitação para colaborar com a comissão ao longo do corrente ano lectivo a fim de haver lugar a um lançamento do próximo ano escolar em tempo e condições idênticas para todos os alunos”.

Quanto ao encontro com o deputado do BE eleito por Coimbra, resultou, como o próprio garantiu, num compromisso para a “criação de condições políticas e financeiras para assegurar a sua continuidade, lamentando a lógica cega de poupança, que corta no investimento das funções sociais do Estado”.

(In “Diario As Beiras. pt”)

 

Governo criminaliza violência escolar

 

 Passará a ser crime “maus-tratos físicos ou psíquicos" (Foto: Paulo Pimenta)

 

O Executivo Governamental aprovou hoje em Conselho de Ministros a criminalização da violência escolar. Passará a abranger “maus-tratos físicos ou psíquicos, incluindo castigos corporais, privações de liberdade e ofensas sexuais a qualquer membro da comunidade escolar a que pertença o agressor”. O bullying está também previsto.  

A futura lei pretende produzir dois efeitos: dissuasor e de punição. A ministra da Educação, Isabel Alçada, acrescentou que lei vai distinguir as “situações mais graves das menos graves”. Para estas últimas será a escola a resolver.

 

Haverá ainda diferenças tendo em conta a idade do agressor. No caso de ser menor, a punição nunca passará de “medidas tutelares educativas”. No caso de ser maior, e no tipo de violência mais grave, poderá implicar uma pena de prisão entre um a cinco

 

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Bethany Hamilton – Um exemplo de vida

 

 

Quando Bethany saiu de casa, com a mãe, na madrugada de 31 de Outubro de 2003, jamais imaginou como a sua vida mudaria para sempre.

Actualmente com 20 anos (com 13 na altura do acidente) , a jovem Bethany Hamilton , surfista norte-americana, residente no Hawai com os pais e irmãos, pratica surf desde tenra idade idade. O que me que me leva a falar dela, não é ser apenas ser um caso de sucesso ou ser mulher, mas também por ser um exemplo a seguir, sobretudo nas alturas em que achamos que o caminho certo é "esconder a cabeça na areia".

Para Bethany, o surf não era apenas um passatempo, mas uma forma de vida. Até então era uma jovem campeã,  vencedora de inúmeros troféus, hoje, além de vencedora, é um exemplo de vida, pela sua coragem e determinação, não apenas para jovens, como também para adultos. 

31 de Outubro 2003 - 6h40m

Nessa manhã de "Halloween", e antes de entrar na água da praia de Tunnels Beach, no Havai, Bethany não sabia que estava a minutos de ser mordida por uma das mais perigosas espécies de tubarões, o tubarão-tigre, que em segundos, lhe arrancou o braço esquerdo, e quase a vida.

Sobreviveu e venceu o trauma, e três semanas após o acidente estava determinada a voltar a surfar, ou melhor, pegou na prancha e entrou no mar. Desde então já venceu campeonatos mundiais e o seu exemplo de vida deu mote a várias campanhas de solidariedade, entre eles o apoio aos sobreviventes do Tsunami de 26 de Dezembro de 2004, que afectou gravemente a India, Sri-Lanka, Tailândia, ilha da Samatra, Ilhas Maldivas, Malé, Bangladesh, entre outros países.

A realização de um sonho custou caro a Bethany, e sem dúvida merece o mérito de ser uma surfista reconhecida mundialmente. Todavia, o mais admirável de toda a história é que não reclama e critica o mundo que a rodeia, por ter perdido um braço, ou fecha a cara a uma contrariedade que poucos teriam coragem de aceitar. É com naturalidade  que diz que a falta do braço deu-lhe até mais firmeza nas pernas para "dirigir" a prancha, fazendo-a dominar as ondas como uma verdadeira campeã! E depois, não existem doenças e males muito piores?

E nós, com dois braços, duas pernas, tanta vida e saúde, quantas vezes criticamos e mundo que nos rodeia, e nada fazemos para mudá-lo.

São estas histórias de vida que nos ensinam que, apesar da vida não ser um caminho perfeito, é muitas vezes através de atalhos que aprendemos a dar-lhe maior sentido. Somos imperfeitos, é certo, mas são as imperfeições que fazem de cada um de nós seres únicos e simplesmente admiráveis, com as nossas falhas, as nossas incapacidades, mas sem dúvida com muita força, coragem e determinação para dizer que amanhã será sem dúvida, um dia muito melhor.

Boa semana!

Sofia Rijo

(in “Expresso online”)

 

 

 

SER PAI NO SECULO XXI

 

Como devem ser os pais dos tempos modernos? Democratas ou autoritários? O equilíbrio parece ser a chave do sucesso.

Pais autoritários, pais passivos, pais democratas. Qual o modelo de paternidade mais aconselhado em pleno Século XXI? O equilíbrio parece ser a chave do sucesso, embora nem sempre seja fácil de alcançar.

Não será por acaso que a paternidade é considerado um dos principais desafios que se coloca ao ser humano. Mas parece que de nada vale tentar colocar em prática o modelo que nos foi transmitido pelos nossos progenitores, que por sua vez foi 'beber' inspiração à geração anterior.

Os desafios do século XXI são outros e a geração dos telemóveis e dos chats reclama mais autonomia e parece ter nascido para consumir. Neste contexto, como educar um filho? Pais autoritários, pais passivos ou pais democratas? 'Pais democratas, obviamente, mas democracia não implica negociar até ao impasse, inversão de valores ou laxismo. A democracia exige decisão. Os pais não são nem podem ser &apos;colegas&apos; dos filhos, mas pais. Afectuosos mas firmes. Pais que amam os filhos mas que os educam e estabelecem regras. Que sabem quebrá-las com os filhos mas ensinando-os os limites', sustenta ao EDUCARE.PT o pediatra Mário Cordeiro.

'E há que estabelecer o espaço dos pais e o espaço dos filhos, em termos físicos, de tempo, de actividades, de expectativas. Os filhos não podem ser um 'buraco negro' que absorve tudo, nem os pais podem ser independentes como se não tivessem filhos. A relação saudável é a da autonomia progressiva, dentro de uma gestão afectiva e efectiva da capacidade de entre-ajuda, de ensino-aprendizagem e de amor', prossegue o professor universitário.

A verdade é que equilibrar a partilha de decisões com o controlo da autoridade nem sempre é fácil. Ser pai é uma 'profissão' que exige sensatez, solidez, esclarecimento, bom-senso. Tudo coisas nem sempre fáceis de alcançar, principalmente numa sociedade a braços com problemas como o insucesso escolar, a toxicodependência, a gravidez na adolescência, o alcoolismo e a violência.

Daniel Sampaio traça os diferentes tipos de pais existentes: 'No caso dos pais indulgentes aplica-se o lema &apos;Criança rei, adolescente tirano&apos;. Há um facilitismo e uma passividade excessivos durante a infância, que dão origem a dificuldades acrescidas na adolescência: são os mais novos que controlam toda a rotina da família. Já os progenitores autoritários não exprimem qualquer desejo de &apos;negociar&apos; com os filhos, cultivando a obediência àquilo que eles julgam estar certo. Estes pais não têm muito sucesso educativo e necessitam de ser ajudados a rever a interacção dos filhos', explica.

Segundo o autor, os pais ausentes são pouco cuidadosos: 'Encaram a educação como uma relva que é preciso deixar crescer sem grandes atenções. Só uma aparadela, de vez em quando', postula o psiquiatra especialista em adolescentes.

O modelo mais equilibrado é, por isso, o tendencialmente democrata. 'Os pais democratas estão extremamente atentos aos movimentos dos filho, escutam as suas opiniões mas a decisão final é deles. Estão atentos aos sinais de prazer e desprazer que os filhos emitem mas são capazes de traçar limites', sentencia Daniel Sampaio.

Daí que os pais não devam abandonar de todo a autoridade. 'É preciso claramente que os pais tenham autoridade desde que o filho nasce até que saia de casa', refere o psiquiatra. 'Mas uma autoridade dita democrática. O voto de uma criança com três anos não pode ser igual ao voto do pai que tem 30, embora a sua opinião deva ser respeitada. Os pais devem fazer compromissos com os filhos mas mantendo a capacidade de decidir', acrescenta.
Daniel Sampaio alerta ainda para a questão da segurança, à qual os pais devem estar particularmente atentos, dada a existência de riscos, hoje em dia, que não existiam anteriormente. 'Uma coisa é correr alguns riscos, próprio da adolescência, outra é ter um comportamento de risco permanente', avisa.
Normalmente esse comportamento comporta mais do que uma variável e traduz-se, segundo o médico, no consumo de álcool e drogas, absentismo escolar, depressão, auto-mutilação e sexo sem protecção.
(In “
Educare”)

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