1º
Estudo Acompanhado apenas para alunos com efectivas necessidades
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O Governo
garantiu hoje que o Estudo Acompanhado vai continuar a ser oferecido, mas
apenas a alunos com "efectivas necessidades", e justificou o fim da
Área de Projecto com a ausência de resultados nas aprendizagens.
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"O
Estudo Acompanhado continuará a ser oferecido, mas no quadro de uma gestão
mais flexível, para que a oferta se dirija aos alunos que têm efectivas
necessidades de apoio e acompanhamento por parte dos professores",
afirma o Ministério da Educação, numa resposta a questões colocadas pela
agência Lusa.
A proposta de Orçamento do Estado para 2011 prevê alterações curriculares,
como a eliminação da Área de Projecto e do Estudo Acompanhado, medidas que
visam a racionalização de recursos no sector, mas também a redução da
despesa.
Aliás, o Conselho de Ministros de 14 de Outubro aprovou, na generalidade, um
decreto-lei que estabelece os princípios orientadores da organização e da
gestão curricular do ensino básico, no qual está previsto o fim da Área de
Projecto.
As disciplinas da Área de Projecto, Estudo Acompanhado e Formação Cívica
foram introduzidas no ensino básico em 2001, como áreas curriculares não
disciplinares, sendo obrigatórias para todos os alunos.
"O impacto da Área Projecto nos resultados de aprendizagem não ficou
demonstrado em vários estudos que se realizaram sobre esta matéria. Acresce
que a metodologia de projecto pode e deve ser usada no âmbito de cada
disciplina", afirma o gabinete da ministra Isabel Alçada, na mesma nota.
O Estudo Acompanhado realizava-se durante duas horas por semana, tal como a
Área de Projecto.
Além desta medida de redução de despesas de funcionamento, o Orçamento do
Estado prevê ainda a redução do número de professores, a obrigatoriedade dos
professores bibliotecários leccionarem a uma turma ou a redução do número de
horas de assessoria à direcção das escolas, entre outras.
A agência Lusa questionou
também a tutela sobre o número de professores a reduzir, mas não obteve
resposta.
Segundo o Diário de Notícias de
hoje, os sindicatos de professores estimavam que a eliminação daquelas duas
áreas deixasse em risco de desemprego cinco mil professores.
No entanto, as medidas de racionalização de recursos no sector da educação
terão um impacto de 0,4% do PIB.
Segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2011, a despesa prevista
para o Ministério da Educação vai sofrer um corte de 11,2% em 2011 face à
execução estimada para este ano, ficando com menos 800 milhões de euros para
gastar.
A despesa total consolidada do ministério de Isabel Alçada é de 6391 milhões
de euros.
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(In “Educare”)
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2º
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FENPROF
ESTIMA AFASTAMENTO DE SETE A OITO MIL DOCENTES
A FENPROF, durante a audição na Comissão Parlamentar de
Educação, estimou que entre sete e oito mil professores, vão abandonar o
sistema de ensino, devido às medidas de redução da despesa no sector da
educação. O PCP afirmou querer garantir cumprimento do acordo com sindicatos.
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O número foi avançado pelo secretário-geral da FENPROF
durante uma audição na Comissão Parlamentar de Educação, depois de lembrar
algumas das medidas previstas na proposta de Orçamento do Estado para 2011,
como o fim do Estudo Acompanhado e da Área de Projecto, a obrigatoriedade de
os professores bibliotecários leccionarem pelo menos uma turma ou a redução
do número de horas de assessoria às direcções escolares.
"Isto dá qualquer coisa como sete a oito mil professores a menos, que o
sistema vai pôr fora, mas que vão fazer muita falta às escolas", afirmou
Mário Nogueira, estimando assim "problemas" na organização e
funcionamento das escolas e na qualidade da educação.
O dirigente sindical lembrou depois que o Ministério da Educação tem, em
2011, um corte de mais de 400 milhões de euros nos gastos com pessoal e que,
no entanto, absorve mais de 95% das "dotações previstas para
contratação" de toda a administração pública.
"Ainda assim, esta dotação [para contratados] significa um decréscimo de
20% em relação à verba do ano passado", acrescentou, lembrando que estão
cerca de 30 mil docentes contratados actualmente nas escolas.
Nogueira deu depois alguns exemplos de como começa a ser feita a gestão de
recursos humanos nas escolas: a Direcção Regional de Educação do Centro,
afirmou, não autorizou o recurso à bolsa de recrutamento para ser substituída
uma docente em licença de maternidade, tendo a escola recorrido a professores
nos apoios educativos.
O secretário-geral da FENPROF realçou que há menos 800 milhões de euros de
verba total disponível no ministério de Isabel Alçada, não esquecendo os
cortes nas transferências de montantes para as autarquias, que têm "cada
vez mais responsabilidades em matéria de educação".
Relativamente à falta de psicólogos nas escolas, Mário Nogueira acusou o
Governo de "mentir", garantindo que até hoje as escolas não foram
ainda autorizadas a contratar aqueles profissionais, ao contrário do que foi
anunciado na semana passada.
PCP quer garantir cumprimento do acordo com
sindicatos
O PCP quer garantir através da discussão na especialidade do Orçamento do
Estado para 2011 o cumprimento dos compromissos assumidos pelo Governo em
Janeiro junto dos sindicatos de professores, disse hoje o deputado Miguel
Tiago.
Durante a intervenção na Comissão Parlamentar de Educação ontem à tarde,
Miguel Tiago garantiu que o partido não se vai fixar "apenas" no
problema dos docentes, mas da generalidade da função pública, "não
ignorando que há compromissos fixados directamente com os professores".
"Através de uma intervenção no Orçamento do Estado é possível garantir o
cumprimento desse acordo [assinado em Janeiro com os sindicatos]",
afirmou Miguel Tiago, desafiando depois os restantes partidos a tomar uma
posição sobre a matéria.
Na sua intervenção inicial, o secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira,
voltou a lembrar que o acordo assinado versava sobre várias matérias, como o
fim da divisão da carreira, as progressões, os índices remuneratórios, o
reposicionamento de docentes e a avaliação de desempenho.
"O acordo foi violado com este Orçamento do Estado. E estamos a falar de
um acordo politicamente utilizado para que se pudesse tranquilizar a vida das
escolas e dos professores. Só sobrou a avaliação de professores, o aspecto
mais negativo", disse, lembrando ainda o compromisso assumido pelo
Governo de realização de um concurso para contratados em 2011, mas que já não
se irá realizar.
A propósito do acordo, o líder parlamentar do Bloco de Esquerda, José Manuel
Pureza, teceu duras críticas ao executivo, afirmando que o incumprimento
"é de todo inaceitável".
"É de facto a síndrome 'o mundo mudou' a invadir completamente as várias
políticas públicas e neste caso a política de educação. A justificação de que
o mundo mudou dá para tudo", lamentou.
O deputado afirmou ainda que a escolha do Governo representa "a
real" prioridade da educação e que "há outras formas de consolidar
as contas públicas".
Sobre esta matéria, o socialista Bravo Nico saiu em defesa do Governo,
dizendo que o acordo foi conseguido em "determinado contexto", mas
que teve de ser reequacionado porque "as circunstâncias
alteraram-se".
"Não podemos olhar para uma equação e vê-la da mesma maneira quando a
circunstância se altera, porque as variáveis que estiveram na base da sua
construção estão profundamente alteradas", justificou.
Quanto ao concurso para a entrada de professores contratados nos quadros, em
2011, sobre o qual houve inclusivamente um projecto de resolução do PS nesse
sentido, o deputado assumiu o compromisso do grupo parlamentar de que,
"quando as condições financeiras forem restauradas", isso será
cumprido.
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(In “Educare”)
3º
Mães da Lousã reclamam apoio a deficientes
A
determinação dos
pais das
crianças da
Lousã que
têm necessidades
educativas especiais (nee) começa a abrir
portas. O objectivo é que seja reposto o quadro de
pessoal,
nomeadamente no que diz respeito ao número de técnicos especializados para
lidar com este tipo de alunos nas escolas.
A
jogar em dois tabuleiros, os encarregados da educação conseguiram estabelecer,
numa mesma semana passada, uma ponte para a Assembleia da República, através de
uma reunião com o deputado do Bloco de Esquerda, José Miguel Beleza, e com o
próprio Governo, num encontro em Lisboa com o adjunto da Secretária de Estada
da Reabilitação.
O
desinvestimento na educação especial em resultado de corte financeiros tem, no
concelho da Lousã, “contornos específicos, dado o elevado número de alunos
sinalizados e a retirada do financiamento do estado às auxiliares pedagógicas
da ARCIL (Associação de Reabilitação dos Cidadãos Inadaptados), refere uma das
mães, Maria da luz Nogueira.
Sem
respostas imediatas, de Lisboa, o grupo de mães trouxe aquilo que consideraram
“a abertura da Secretaria de Estado da Reabilitação para colaborar com a
comissão ao longo do corrente ano lectivo a fim de haver lugar a um lançamento
do próximo ano escolar em tempo e condições idênticas para todos os alunos”.
Quanto
ao encontro com o deputado do BE eleito por Coimbra, resultou, como o próprio
garantiu, num compromisso para a “criação de condições políticas e financeiras
para assegurar a sua continuidade, lamentando a lógica cega de poupança, que
corta no investimento das funções sociais do Estado”.
(In “Diario As Beiras. pt”)
4º
Governo criminaliza
violência escolar
Passará
a ser crime “maus-tratos físicos ou psíquicos" (Foto: Paulo Pimenta)
O Executivo Governamental aprovou hoje em
Conselho de Ministros a criminalização da violência escolar. Passará a abranger
“maus-tratos físicos ou psíquicos, incluindo castigos corporais, privações de
liberdade e ofensas sexuais a qualquer membro da comunidade escolar a que
pertença o agressor”. O bullying está também previsto.
A futura lei pretende produzir dois efeitos: dissuasor e
de punição. A ministra da Educação, Isabel Alçada, acrescentou que lei vai
distinguir as “situações mais graves das menos graves”. Para estas últimas será
a escola a resolver.
Haverá ainda diferenças tendo em conta a idade do
agressor. No caso de ser menor, a punição nunca passará de “medidas tutelares
educativas”. No caso de ser maior, e no tipo de violência mais grave, poderá
implicar uma pena de prisão entre um a cinco
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5º
Bethany Hamilton – Um
exemplo de vida
Quando Bethany saiu
de casa, com a mãe, na madrugada de 31 de Outubro de 2003,
jamais imaginou como a sua vida mudaria para sempre.
Actualmente com 20
anos (com 13 na altura do acidente) , a jovem Bethany Hamilton , surfista norte-americana, residente no Hawai com
os pais e irmãos, pratica surf desde tenra idade idade. O que me que
me leva a falar dela, não é ser apenas ser um caso de sucesso ou
ser mulher, mas também por ser um exemplo a seguir, sobretudo nas alturas
em que achamos que o caminho certo é "esconder a cabeça na areia".
Para Bethany, o surf
não era apenas um passatempo, mas uma forma de vida. Até então era uma jovem
campeã, vencedora de inúmeros troféus, hoje, além de vencedora, é um
exemplo de vida, pela sua coragem e determinação, não apenas para jovens, como
também para adultos.
31
de Outubro 2003 - 6h40m
Nessa manhã de
"Halloween", e antes de entrar na água da praia de Tunnels Beach, no
Havai, Bethany não sabia que estava a minutos de ser mordida por uma
das mais perigosas espécies de tubarões, o tubarão-tigre, que em segundos, lhe
arrancou o braço esquerdo, e quase a vida.
Sobreviveu e venceu
o trauma, e três semanas após o acidente estava determinada a voltar a surfar,
ou melhor, pegou na prancha e entrou no mar. Desde então já venceu campeonatos
mundiais e o seu exemplo de vida deu mote a várias campanhas de solidariedade,
entre eles o apoio aos sobreviventes do Tsunami de 26 de Dezembro de 2004, que
afectou gravemente a India, Sri-Lanka, Tailândia, ilha da Samatra, Ilhas
Maldivas, Malé, Bangladesh, entre outros países.
A realização de um
sonho custou caro a Bethany, e sem dúvida merece o mérito de ser uma surfista
reconhecida mundialmente. Todavia, o mais admirável de toda a história é que
não reclama e critica o mundo que a rodeia, por ter perdido um braço, ou fecha
a cara a uma contrariedade que poucos teriam coragem de aceitar. É com
naturalidade que diz que a falta do braço deu-lhe até mais firmeza nas
pernas para "dirigir" a prancha, fazendo-a dominar as ondas como uma
verdadeira campeã! E depois, não existem doenças e males muito piores?
E nós, com dois
braços, duas pernas, tanta vida e saúde, quantas vezes criticamos e mundo que
nos rodeia, e nada fazemos para mudá-lo.
São estas histórias
de vida que nos ensinam que, apesar da vida não ser um caminho perfeito, é
muitas vezes através de atalhos que aprendemos a dar-lhe maior sentido. Somos
imperfeitos, é certo, mas são as imperfeições que fazem de cada um de nós seres
únicos e simplesmente admiráveis, com as nossas falhas, as nossas
incapacidades, mas sem dúvida com muita força, coragem e determinação para
dizer que amanhã será sem dúvida, um dia muito melhor.
Boa semana!
Sofia Rijo
(in “Expresso
online”)
6º
SER PAI NO SECULO XXI
Como devem ser os pais dos tempos modernos? Democratas ou
autoritários? O equilíbrio parece ser a chave do sucesso.
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Pais autoritários, pais passivos, pais democratas. Qual
o modelo de paternidade mais aconselhado em pleno Século XXI?
O equilíbrio parece ser a chave do sucesso, embora nem sempre seja fácil de
alcançar.
Não será por acaso que a paternidade é considerado um dos principais desafios
que se coloca ao ser humano. Mas parece que de nada vale tentar colocar em
prática o modelo que nos foi transmitido pelos nossos progenitores, que por
sua vez foi 'beber' inspiração à geração anterior.
Os desafios do século XXI são outros e a geração dos telemóveis e dos chats
reclama mais autonomia e parece ter nascido para consumir. Neste contexto,
como educar um filho? Pais autoritários, pais passivos ou pais democratas?
'Pais democratas, obviamente, mas democracia não implica negociar até ao
impasse, inversão de valores ou laxismo. A democracia exige decisão. Os pais
não são nem podem ser 'colegas' dos filhos, mas pais.
Afectuosos mas firmes. Pais que amam os filhos mas que os educam e
estabelecem regras. Que sabem quebrá-las com os filhos mas ensinando-os os
limites', sustenta ao EDUCARE.PT o pediatra Mário Cordeiro.
'E há que estabelecer o espaço dos pais e o espaço dos filhos, em termos
físicos, de tempo, de actividades, de expectativas. Os filhos não podem ser
um 'buraco negro' que absorve tudo, nem os pais podem ser independentes como
se não tivessem filhos. A relação saudável é a da autonomia progressiva,
dentro de uma gestão afectiva e efectiva da capacidade de entre-ajuda, de
ensino-aprendizagem e de amor', prossegue o professor universitário.
A verdade é que equilibrar a partilha de decisões com o controlo da
autoridade nem sempre é fácil. Ser pai é uma 'profissão' que exige sensatez,
solidez, esclarecimento, bom-senso. Tudo coisas nem sempre fáceis de
alcançar, principalmente numa sociedade a braços com problemas como o
insucesso escolar, a toxicodependência, a gravidez na adolescência, o
alcoolismo e a violência.
Daniel Sampaio traça os diferentes tipos de pais existentes: 'No caso dos
pais indulgentes aplica-se o lema 'Criança rei, adolescente
tirano'. Há um facilitismo e uma passividade excessivos durante a
infância, que dão origem a dificuldades acrescidas na adolescência: são os
mais novos que controlam toda a rotina da família. Já os progenitores
autoritários não exprimem qualquer desejo de 'negociar' com
os filhos, cultivando a obediência àquilo que eles julgam estar certo. Estes
pais não têm muito sucesso educativo e necessitam de ser ajudados a rever a
interacção dos filhos', explica.
Segundo o autor, os pais ausentes são pouco cuidadosos: 'Encaram a educação
como uma relva que é preciso deixar crescer sem grandes atenções. Só uma
aparadela, de vez em quando', postula o psiquiatra especialista em
adolescentes.
O modelo mais equilibrado é, por isso, o tendencialmente democrata. 'Os pais
democratas estão extremamente atentos aos movimentos dos filho, escutam as
suas opiniões mas a decisão final é deles. Estão atentos aos sinais de prazer
e desprazer que os filhos emitem mas são capazes de traçar limites', sentencia
Daniel Sampaio.
Daí que os pais não devam abandonar de todo a autoridade. 'É preciso
claramente que os pais tenham autoridade desde que o filho nasce até que saia
de casa', refere o psiquiatra. 'Mas uma autoridade dita democrática. O voto
de uma criança com três anos não pode ser igual ao voto do pai que tem 30,
embora a sua opinião deva ser respeitada. Os pais devem fazer compromissos
com os filhos mas mantendo a capacidade de decidir', acrescenta.
Daniel Sampaio alerta ainda para a questão da segurança, à qual os pais devem
estar particularmente atentos, dada a existência de riscos, hoje em dia, que
não existiam anteriormente. 'Uma coisa é correr alguns riscos, próprio da
adolescência, outra é ter um comportamento de risco permanente', avisa.
Normalmente esse comportamento comporta mais do que uma variável e traduz-se,
segundo o médico, no consumo de álcool e drogas, absentismo escolar,
depressão, auto-mutilação e sexo sem protecção.
(In “Educare”)
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