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[Atped] diário de Coimbra - universidade de coimbra

To :   <atped@ml.ci.uc.pt>
Subject :   [Atped] diário de Coimbra - universidade de coimbra
From :   luís barata <lbarata@ci.uc.pt>
Date :   Mon, 14 Feb 2011 12:21:10 -0000

Com quase 300 anos, a Torre da Universidade de Coimbra foi rejuvenescida e começa hoje a receber visitas
A Torre, no alto da colina, com o seu relógio e os sinos que regulam o funcionamento da academia, é o maior símbolo da Universidade e de Coimbra. Haverá poucos que, visitando a cidade, não levem a sua imagem guardada. A partir de hoje, e depois de profundas intervenções de requalificação, este ex-libris estará de portas abertas ao público. Ontem, foi o reitor Seabra Santos que liderou o primeiro grupo de visitantes, inaugurando as obras de requalificação realizadas ao longo de seis meses, um projecto realizado e coordenado pela própria Universidade, com um investimento suportado na totalidade pelos antigos estudantes e pelo Banco Santander Totta.
Escalados os 180 degraus de uma escada em caracol que se ia tornando cada vez mais estreita, os convidados puderam ver de perto o resultado das intervenções de limpeza, do restauro da pedra, da substituição criteriosa das caixilharias ou do reforço das condições de segurança e iluminação. Já no terraço, puderam desfrutar de uma vista única sobre a cidade e sobre o Mondego, avistando os campos mais além.
«Esta abertura da Torre significa a recuperação do património, intervir sobre o símbolo da Universidade de Coimbra, que é por extensão o símbolo da Universidade Portuguesa e também da própria cidade», declarou o reitor, que encerrará em breve o ciclo de dois mandatos à frente da mais antiga universidade do país.
Notando que o conjunto em que a Torre se insere tem mais de mil anos de existência, Seabra Santos falou nos custos da ocupação, nos cuidados que exigem edifícios de tão grande valor histórico, nos mitos, nas lendas e no vasto património imaterial da UC, que fundamentam a candidatura a Património da Humanidade.
Para João Paulo Barbosa de Melo, a sessão de ontem serviu também para «celebrar o dar de mãos entre a Universidade e a cidade, que dependem uma da outra e que são mais juntas do que isoladas». A visitar a UC pela primeira vez na qualidade de presidente da autarquia, o edil elogiou o trabalho do reitor Seabra Santos e o seu contributo para que a instituição esteja hoje mais virada para a cidade.
 
?Símbolo matricial?
A visita ao cimo da Torre em estilo barroco ? desenhada pelo arquitecto António Canevari e edificada entre 1728 e 1733 para substituir a antiga torre adaptada do Paço Real de Alcáçova ? seguiu-se a uma sessão na Sala do Senado da Universidade de Coimbra (UC), em que se assistiu ao depoimento gravado de António Filipe Pimentel, antigo pró-reitor e um dos principais responsáveis pela requalificação. O actual director do Museu de Arte Antiga, em Lisboa, considerou a Torre «um símbolo matricial» da UC e congratulou-se pelo facto de a esta ser devolvida, «quase três séculos depois da sua construção, com o seu esplendor original».
Com 34 metros de altura, «é um dispositivo arquitectónico único em edifícios universitários e nasce do facto de esta ser a única universidade do mundo que habita o espaço de um palácio real». Com efeito, explicou António Pimentel, a primeira torre nasceu num edifício doméstico, no que eram anteriormente os aposentos da rainha.
O pró-reitor Raimundo Mendes Silva mostrou, através de fotografias, um pouco dos seis meses de obra, frisando os «desafios do ponto de vista tecnológico e da investigação» que a sua execução colocou. «O próprio estaleiro constituiu um projecto, porque tinha de ser visitável», referiu, lembrando que esta foi «uma obra de grande inovação e conhecimento e de aproximação às pessoas».
No entender de Raimundo Mendes Silva, «este é o momento de usufruir, olhar a Torre com detalhe e ser encantado», mas deve ser também o momento de começar a cuidar. Daqui a 100, o professor da UC estima que seja necessário fazer uma intervenção pelo menos tão profunda como esta.
 
Subir custa 10 euros e é só para maiores de 18
A Torre será mais um local disponível às cerca de 200 mil pessoas que todos os anos visitam o circuito turístico da Universidade ou, pelo menos, a grande parte delas. Com efeito, apenas podem subir maiores de 18 anos e a visita é desaconselhada a pessoas que sofrem, entre outros, de problemas de claustrofobia, de coração, ou que tenham vertigens (a subida é feita por uma escada em caracol cujo espaço se estreita). Outro contra pode ser o preço do bilhete ? 10 euros e exclusivo para aquele espaço do circuito.
As visitas para o público em geral acontecem em dois momentos distintos do dia - às 11H00 e às 15H00 -, para grupos de um máximo de 15 pessoas, acompanhadas por um guia que fala quatro línguas e está habilitado a dar as explicações relevantes sobre a história e sua recuperação da Torre. A última visita do dia, às 16h00, está reservada à comunidade universitária ? alunos, docentes e funcionários ?, a quem não é cobrada entrada. A todos é aconselhada a reserva prévia através do e-mailreservas@ci.uc.pt.
Os ingressos podem ser adquiridos na Loja da Universidade (átrio da Biblioteca Geral, junto à Porta Férrea).
 
UC duplicou espaços do circuito turístico
Seabra Santos gostaria de ter reformulado completamente o circuito turístico da Universidade, permitindo uma visita mais completa, que abrangesse, por exemplo, a ligação da Sala do Exame Privado aos Estudos Gerais, onde estão ainda algumas valências da Faculdade de Direito. No entanto, num balanço do trabalho feito em oito anos de mandato, o reitor congratulou-se pelo facto da sua equipa ter «praticamente duplicado o número de locais de interesse turístico visitáveis na UC».
Para o reitor, teria sido interessante incluir a zona que o reitor Francisco Lemos percorria para perceber o que se estava a passar nas aulas, acedendo às pequenas varandas de acesso exclusivo sobre as salas. «Eram outros tempos na Universidade. É curioso e é possível acrescentar esta valência histórica ao circuito turístico, mas era preciso que daí se pudesse passar para a restante visita não obrigando os turistas a sair pela porta da Capela e entrando mais à frente na Biblioteca Joanina», explicou, notando que não foi possível conciliar este percurso com as escavações arqueológicas em curso no Paço das Escolas. «Talvez seja possível, no futuro, aperfeiçoar e concluir este projecto».
«Apesar de tudo, foi possível abrir o piso inferior da Biblioteca Joanina ao circuito turístico, ligá-lo com as prisões académicas que estão hoje visitáveis», referiu Seabra Santos, certo de que a intenção de «proporcionar uma ligação mais forte em todos os níveis entre a Universidade e a cidade» foi também, por esta via, conseguida.
Luís Barata
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