[Museum] Formação em Gestão do Património e Museus

[Pedro Pereira <pedropereiraoffic@outlook.com>]

Caros/as Colegas,

Com o objetivo de partilha, informo que – após a realização da Mesa-Redonda de 28 de agosto de 2022 (subordinada ao tema, “Património e Museus na época da inteligência artificial, machine-learning, redes neurais e robótica” – foi decidido oferecer um curso de formação em “Gestão do Património e Museus”. Contribuindo, porventura, também, para ajudar a definir o conteúdo das competências profissionais, técnicas e científicas para trabalhar em museologia e património.

Junto adiante a Introdução ao referido Curso. No qual se destacam: quer, o processo concreto de «gestão documental» resultante da convergência entre museus, arquivos, bibliotecas e centros de documentação (e congéneres); quer, o «Índice de Gestão do Património e Museus” para orientar e avaliar de modo objetivo e quantificado os resultados da gestão do património (nos museus, e em todas as outras infraestruturas e instituições equiparadas de acordo com o Conselho Internacional de Museus (ICOM/UNESCO).

Cordiais Cumprimentos,

Pedro Manuel-Cardoso

 

CURSO DE FORMAÇÃO EM “GESTÃO DO PATRIMÓNIO E MUSEUS”

INTRODUÇÃO

“Há muitas definições de gestão, mas gerir será sempre organizar e conduzir a combinação de meios (terrenos, edifícios, equipamentos) humanos, financeiros e técnicos (know how, patentes) com vista à realização de determinados fins (a produção de bens ou serviços). (...) Sendo os meios escassos e apenas parcialmente substituíveis entre si (o trabalho dos homens pode substituir-se parcialmente pelo das máquinas), gerir significa, também, procurar a combinação que permita o melhor resultado possível para uma dada quantidade e qualidade dos meios disponíveis. (...) É altura de perguntar o que é igual e o que é diferente (se diferença existe) na gestão das organizações culturais? O que acrescenta, elimina ou modifica o «fim» cultural face ao empresarial, beneficente, cívico, religioso ou outro? Gerir é sempre gerir. E poderia terminar aqui a minha intervenção.” (Rui Vilar, 1997:11; ex-Presidente da Caixa Geral de Depósitos; ex-Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian).

 

OLHAR O PRESENTE, ANTECIPAR O FUTURO

Não é possível gerir o património e os museus sem duas condições. Por um lado, inserir essa gestão naquilo que o ser-humano é, e pretende vir a ser. Por outro lado, sem conectar o Património e os museus ao percurso de evolução filogenética (natural) e epigenética (histórica) dos seres vivos de onde provém o ser-humano. Ou seja, é errado e incorreto pretender gerir o património e os museus sem pôr no centro dessa tarefa o ser-humano. Porque o património e os museus, qualquer que sejam as diferenças na sua gestão, servem para o ser-humano evoluir e adaptar-se melhor aos desafios da Continuidade.

Portanto, uma Introdução a um curso de formação em gestão do património e museus exige que não se separe o passado do presente e do futuro. Essas três instâncias com as quais se mede o espaço-tempo jamais se poderão desconectar.

Portanto, permitam que comece por antecipar o futuro, para sabermos com precisão e objetividade o que fazer no presente...

 

(Continuação, no Anexo PDF)