Permitam partilhar, o total acordo com a opinião de Luís Raposo.
De facto, só é importante para a Vida aquilo que lhe dá maior probabilidade de
Continuar. E só é a isso que a Sociedade dá recursos e meios para se desenvolver.
Há muitas maneiras de avaliar
aquilo que é relevante para a Vida em cada época. Por exemplo, as áreas e os projetos humanos em que o valor dos investimentos é superior. E, a montante, de modo consentâneo com essa “escolha”, por exemplo, no próximo ano lectivo 2022-2023, o valor das
notas exigidas aos jovens da nova geração para ingressarem nos três cursos universitários (formação) que dão acesso a essas áreas onde o investimento é maior. A
escolha da Relevância, e as atividades que beneficiam de maiores recursos, medem-se através destes indicadores concretos e objetivos.
“Um museu para se manter museu”, como defende Luís Raposo neste artigo, necessita de saber com rigor e precisão aquilo que o define, aquilo foi a causa da sua origem, e a missão que a Sociedade Humana
espera deles no presente e futuro.
O “nome” não é a “coisa nomeada” (como afirmou G.Bateson). De facto, a
Vida não começou quando xs humanos inventaram a palavra “vida”. O mesmo acontece com o Museu. A “definição de Museu” são palavras recentes, criadas apenas após o aparecimento do dito “ser-humano” (homo sapiens sapiens).
Porém, muito antes, no momento em que ocorreu o caminho que conduziu a esse “ser-humano”, há mais de 2 mil milhões de anos, o atual “museu” teve por antecedente a estratégia de Vida eucariote: “Os eucariotes, diferentemente dos procariotes e das eubactérias,
guardam as informações vitais no núcleo da célula, protegidas por uma membrana, para as transmitirem as gerações seguintes.” (G. Lecointre; H. Le Guyader, 2001, “Classification phylogénétique du vivant“, Belin, Paris, p.56).
Logo, se quisermos recuperar o prestígio do Museu, e obter mais recursos para o desenvolver, não podemos defini-lo como o ICOM e o ICOFOM fizeram, no séc.XX, após 1945.
O lugar o Património, quer no «modelo de compreensão do comportamento humano», quer nessa estratégia eucariote da Vida, são a condições essenciais para que as palavras de Luís Raposo possam ter um efeito
prático.
Concretamente, definir Museu e a sua Missão devem ter em consideração o seu contributo na estratégia da Vida e da Sociedade humana:
Pedro Manuel-Cardoso |
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