Inauguração da Exposição PÓS-MUSEU: 'A' de Ausência: Obras da Coleção de Arte Contemporânea do Estado Museu Nacional de Etnologia 10 abril, 18h00 A exposição integra obras de: Ana Silva, Ângelo de Sousa, António Olaio, Carlos Bunga, Catarina Simão, Daniel Barroca, Eugénia Mussa, Filipa César, Grada Kilomba, Gustavo Sumpta, Joaquim Rodrigo, João Pedro Vale, José de Guimarães, Luciana Fina, Manuel Santos Maia, Mónica de Miranda, Nikias Skapinakis, Pedro A.H. Paixão, Pedro Barateiro, René Tavares, Rigo 23, Vasco Araújo, William Kentridge, Yonamine. Partindo de um novo cenário para a realização de uma exposição da Coleção de Arte Contemporânea do Estado, no Museu Nacional de Etnologia, procuramos a apresentação de narrativas latentes, e encetar uma reflexão sobre a política de representação e processos de sub-representação, atenta à mudança dos museus e das coleções no sentido de uma maior abertura ao diálogo crítico sobre o passado colonial. Trata-se de imaginar o que poderia ser um «pós-museu», segundo o termo de Françoise Vergès, que no seu livro Decolonizar o Museu, refere a necessidade de criar um espaço que leve em conta análises críticas sobre o museu ocidental, dito universal, que questione até a inclusividade e a diversidade da estratégia multiculturalista. Sabemos que a construção de uma coleção envolve mecanismos de exclusão e seleção, apreciação, aquisição, incorporação de obras de arte e exercícios de representação, mas também estamos conscientes de que a nossa prática poderá desencadear investigações e exercícios de interpretação que possam contribuir para a compreensão de uma história diversificada e de um presente em evolução. De resto, são estes processos de investigação e de pesquisa que permitem produzir conhecimento e manter os museus e as coleções num estado de mudança contínua. Esta é uma exposição caleidoscópica que explora a forma como os artistas retratam experiências singulares e coletivas da identidade cultural, a partir de múltiplas formas de representação e de vários contextos geográficos, geracionais e conceptuais, próximos ou mais distantes. Tomando como ponto de partida determinadas referências estéticas e históricas, interessa-nos perceber como os artistas têm refletido sobre a carga política e social da identidade na sociedade contemporânea, num esforço para contrariar os efeitos quer dos nacionalismos contemporâneos quer do discurso universalista abstrato. Será um prazer contar com a vossa presença. |