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[Archport] Legitimidade: resposta a Maria Ramalho


•   To: <Archport@lserv.ci.uc.pt>
•   Subject: [Archport] Legitimidade: resposta a Maria Ramalho
•   From: Maria João <mjoaolopes25@sapo.pt>
•   Date: Sun, 5 Feb 2006 22:16:09 -0000

Cara colega (suponho!) Maria Ramalho:
    Parece-me que entendeu a minha dúvida como uma afronta pessoal... Peço desculpa se de algum modo a ofendi, mesmo sem saber que função desempenha! Mas mais uma vez parece que fui mal interpretada na minha questão!
    Se leu todas as minhas mensagens aqui deixadas, facilmente perceberá que eu NÃO defendo, de maneira nenhuma, que qualquer funcionário de uma qualquer instituição pública ligada ao Património se torne uma nulidade na comunidade arqueológica só pelo simples facto de trabalhar para o Estado!!! Muito pelo contrário! Qualquer um de nós deve prosseguir as suas investigações na área que escolheu, sempre que lhe seja possível, senão entramos num tédio medonho e num fracasso profissional desmedido... Senão fizermos e pusermos em pratica tudo aquilo por que "perdemos" anos de estudo e queimámos pestanas, que tipo de "amates" da Arqueolgia seremos nós???
    E tal como a colega Maria Ramalho referiu, também eu entendo que a profissão de arqueólogo deverá ser «como uma missão virada para o conhecimento e em que a transmissão desse conhecimento ao público é não só um objectivo como uma obrigatoriedade»!
    A minha questão é (mais uma vez e esperemos que seja a última, ou na próxima fuzilam-me!!!) se um funcionário público, estando no seu horário normal de trabalho para com uma instituição ligada ao Património, pode dizer "Vou ali, já venho!" e nesse tempo efectuar quaisquer trabalhos arqueológicos para uma empresa de Arqueologia e receber através de recibos verdes (um mal necessário neste nosso mundo de freelancer's)! Será que me fiz entender agora? Não digo que esta situação não possa ocorrer enquanto este funcionário se encontra de férias, por exemplo, mas a minha curiosidade passa somente por querer saber se existe alguma legislação que permita, ou não, a realização de trabalhos deste género.
    Não quero de modo nenhum ferir susceptibilidades, e perdoem-me se o estou a fazer sem saber, mas a questão que coloquei é só mera curiosidade...
   
    Saudações archportianas,
    Maria João Lopes

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