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Cara colega (suponho!) Maria Ramalho:
Parece-me que entendeu a minha
dúvida como uma afronta pessoal... Peço desculpa se de algum modo a ofendi,
mesmo sem saber que função desempenha! Mas mais uma vez parece que fui mal
interpretada na minha questão!
Se leu todas as minhas mensagens
aqui deixadas, facilmente perceberá que eu NÃO defendo, de maneira nenhuma, que
qualquer funcionário de uma qualquer instituição pública ligada ao Património se
torne uma nulidade na comunidade arqueológica só pelo simples facto de trabalhar
para o Estado!!! Muito pelo contrário! Qualquer um de nós deve prosseguir as
suas investigações na área que escolheu, sempre que lhe seja possível, senão
entramos num tédio medonho e num fracasso profissional desmedido... Senão
fizermos e pusermos em pratica tudo aquilo por que "perdemos" anos de estudo e
queimámos pestanas, que tipo de "amates" da Arqueolgia seremos
nós???
E tal como a colega Maria
Ramalho referiu, também eu entendo que a profissão de
arqueólogo deverá ser «como uma missão virada para o conhecimento e em que a
transmissão desse conhecimento ao público é não só um objectivo como uma
obrigatoriedade»!
A minha questão é (mais uma
vez e esperemos que seja a última, ou na próxima fuzilam-me!!!) se um
funcionário público, estando no seu horário normal de trabalho para com uma
instituição ligada ao Património, pode dizer "Vou ali, já venho!" e nesse tempo
efectuar quaisquer trabalhos arqueológicos para uma empresa de Arqueologia e
receber através de recibos verdes (um mal necessário neste nosso mundo de
freelancer's)! Será que me fiz entender agora? Não digo que esta situação não
possa ocorrer enquanto este funcionário se encontra de férias, por exemplo, mas
a minha curiosidade passa somente por querer saber se existe alguma legislação
que permita, ou não, a realização de trabalhos deste género.
Não quero de modo nenhum ferir
susceptibilidades, e perdoem-me se o estou a fazer sem saber, mas a questão que
coloquei é só mera curiosidade...
Saudações archportianas,
Maria João
Lopes
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