Lista archport

Mensagem

[Archport] «Os aposentados são para deitar fora?»

To :   ARCHPORT <archport@ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] «Os aposentados são para deitar fora?»
From :   Maria Moreira Baptista de Magalhães Ramalho <mariabaptistaramalho@hotmail.com>
Date :   Sat, 16 Jan 2016 23:23:33 +0000

Com muita graça um amigo reflectia comigo o seguinte:

Se cada vez há menos crianças são os velhos a geração do futuro !!

Pensem nisso e tudo muda de figura não ?

Cumprimentos

Maria Ramalho





> Date: Sat, 16 Jan 2016 18:32:29 +0000
> From: 3raposos@sapo.pt
> To: histport@ml.ci.uc.pt; museum@ci.uc.pt; archport@ci.uc.pt
> Subject: Re: [Archport] «Os aposentados são para deitar fora?»
>
> Verifico que no meu texto abaixo as aspas foram substituídas por
> interrogações. Não se trata de ironia ou de qualquer outra intenção
> oculta. Apenas o raio de um mistério informático que já me aconteceu
> antes, mas me ultrapassa. Peço a quem queira perder algum tempo com
> esta prosa o favor de fazer mentalmente essa correção.
> LRaposo
>
> Citando Luís Raposo <3raposos@sapo.pt>:
>
> > Só agora, depois de lidos os comentários dos amigos Alicia Canto e Manuel
> > Martin-Bueno, que saúdo, me apercebo do conteúdo do comentário do também
> > amigo José d? Encarnação. Junto-me a todos, na amargura e até indignação
> > que exprimem.
> >
> > Choca-me profundamente a ingratidão em geral. Choca-me sobremaneira
> > quando provem de quem não pode invocar a ignorância e deveria estar na
> > linha da frente do respeito devido a quem antes de nós nos permite ser o
> > que somos ou temos a pretensão de ser.
> >
> > Muitas vezes já me revoltei, por vezes comigo próprio e com a minha
> > ignorância, por não dar a devida atenção, ou simplesmente não tratar com a
> > deferência devida, aqueles que hoje nos aparecem simplesmente como velhos,
> > sem que saibamos ou, pior ainda, sem que queiramos lembrar a grandeza que
> > possuíram quando, em bastos casos, tiveram o mundo a seus pés.
> >
> > A Universidade, velha senhora, é useira e vezeira neste tipo de
> > comportamentos que estão longe de limitar-se à questão da caixa de correio
> > electrónico (embora esta seja sintomática e altamente simbólica). Como o
> > Exército, constitui força fática altamente hierarquizada. Mas
> > diferentemente do Exército falta-lhe a solidariedade que leva a chamar o
> > parceiro por camarada, por força das vivências comuns em cenários
> > críticos. Vive somente de estrelas colocadas em galões, merecidos uns
> > imerecidos outros. Pior, pior mesmo, só as academias, antros de ?macacos
> > empalhados? como lhes chamava o saudoso Octávio da Veiga Ferreira, onde o
> > imerecimento sobreleva de longe o merecimento e tudo se conduz entre
> > salões à espera que o primeiro morra e o seguinte lhe tome a cadeira? de
> > número.
> >
> > O mal é, todavia, mais vasto. Recordo o caso de um museu em que, mal um
> > dos seus principais vultos se reformou, logo lhe foi retirado o gabinete,
> > situado aliás em autêntico vão de escada.
> >
> > Claro que cada caso é um caso e não se pode tratar igual o que é
> > diferente. Percebe-se que em certas situações seja necessário assumir
> > rupturas com o passado. E aqueles que se reformam ou simplemente deixam de
> > exercer funções de chefia têm também as suas obrigações. Tão má como a
> > ingratidão de quem sucede é a arrogância de quem sai e pretende continuar
> > a pairar sobre os mais novos, fazendo de alma penada.
> >
> > Tenho a enorme felicidade de viver situação de uma exemplaridade
> > extraordinária onde quem me sucede na Casa que sirvo desde há quase quatro
> > décadas, para além humanamente bem formado (o quer já não é pouco nos dias
> > que correm), possui e promove a visão estratégica de que a grandeza de uma
> > instituição está na soma dos seus diferentes tempos, o passado, o presente
> > e o futuro.
> >
> > Afinal tudo se resume a boa educação, humanismo, civilidade e... sentido
> > teleológico do tempo e da história.
> >
> > Luís Raposo
> >
> > Quoting José d'Encarnação <jde@fl.uc.pt>:
> >>
> >>          Permita-se-me que remeta de novo para a crónica publicada
> >> ontem e que disponibilizei em
> >> http://notascomentarios.blogspot.pt/2016/01/os-aposentados-sao-para-deitar-fora.html , porque são já 23 as reacções ali publicadas, oriundas dos mais diversos quadrantes e que reflectem o estado de espírito em que
> >> estamos.
> >>
> >>          O comentário do Prof. Manuel Martin-Bueno é, porém, muito
> >> longo (para as regras dos blogues) e, como tive necessidade de o
> >> dividir em partes, achei por bem partilhá-lo aqui por inteiro,
> >> agradecendo-lhe, naturalmente, a atenção que me dedicou.
> >>
> >>          Votos de um fim-de-semana sereno e cheio de tempo!
> >>
> >>  
> >>
> >>                                                                           
> >> J. d?E.
> >>
> >>  
> >>
> >> -------------------------
> >>
> >>
> >> DE:Manuel Martin-Bueno [mailto:mmartin@unizar.es]
> >> ENVIADA EM: sábado, 16 de Janeiro de 2016 11:19
> >> PARA: jde@fl.uc.pt
> >> ASSUNTO: Asunto Burdeos III
> >>
> >>
> >>  
> >>
> >> CONVERSACIONES XXIX: Obsolescencia programada
> >>
> >>
> >> MANUEL MARTIN-BUENO[1]·SÁBADO, 16 DE ENERO DE 2016[2]
> >>
> >>
> >>
> >>
> >>
> >>
> >> De nuevo hace tiempo que una voz en mi pabellón auricular me
> >> susurraba de manera melódica pero insistente que tenía que volver a
> >> tomar contacto con el teclado del portátil para tratar algún asunto
> >> que cause novedad en el personal o simplemente que me lo cause a mi
> >> o me escandalice como en este caso.[2]
> >>
> >>
> >> Anoche la situación se produjo en forma de mensaje publicado en un
> >> medio de comunicación luso (de Lusitania, el actual Portugal) que
> >> redactaba con su verbo enérgico y diestro en lo gramatical y
> >> sintáctico como siempre, nuestro colega y ante todo amigo el Prof.
> >> José D?Encarnaçao, profesor ?reformado? de la Universidad de
> >> Coimbra a la que entregó muchos y los mejores años de su vida en
> >> una tarea la de profesor universitario e investigador destacado que
> >> produce muchas satisfacciones y de vez en cuando algunos sonados
> >> episodios menos agradables que preferimos dejar al lado, pero que
> >> son difíciles de olvidar.[2]
> >>
> >>
> >> El colega José escribe lo siguiente, que luego comentaré, sobre una
> >> situación que se acaba de producir en la Universidad Michel de
> >> Montaigne, Burdeos III, de la Francia de la Liberté, Egalité y
> >> Fraternité, el Pais de las luces, el que siempre está (o estaba
> >> ahí) junto a los valores mas esenciales como la enseñanza (laica
> >> por supuesto), la investigación, el reconocimiento a sus mejores
> >> hombres y mujeres, en suma un país con cualidades humanistas
> >> acrisoladas, o al menos eso pensábamos.[2]
> >>
> >>
> >> Transcribo el texto del colega y luego añadiré mis comentarios,
> >> porque la caja del ascensor sirve para que no se escapen las
> >> reflexiones y los pensamientos que luego trasladamos a la pantalla
> >> del ordenador y de ahí, como hoja volandera a merced del viento,
> >> que la llevará a donde sea que haya alguien que lo quiera leer:[2]
> >>
> >>
> >> ?Os aposentados são para deitar fora?[2]
> >>
> >>
> >> «L?université de Bordeaux 3 ayant décidé de supprimer les adresses
> >> courrier des retraités, je vous prie de correspondre désormais avec
> >> moi à l?adresse suivante [?]». Senti, confesso, um nó na garganta,
> >> quando, às primeiras horas da manhã do Dia de Reis, o correio me
> >> trouxe essa novidade: a Universidade de Bordéus III decidira
> >> retirar aos seus aposentados a possibilidade de terem um endereço
> >> electrónico através do servidor universitário! E fez-me lembrar
> >> logo aquela história que já contei, mas que vale a pena recordar de
> >> vez em quando, e que se passou com a Universidade de Porto. Uma
> >> semana depois de um docente se ter aposentado, eu precisei de o
> >> contactar por uma questão de serviço que ficara pendente e pedi o
> >> contacto. Já não o tinham: «Esse senhor já foi abatido!». Não,
> >> ainda não havia nas televisões as notícias do Estado Islâmico. E
> >> fiquei chocado: «Abatido?». Como se abate um velho móvel ao rol do
> >> equipamento, porque? foi para o lixo?!... Como se imagina, qualquer
> >> que tenha sido a razão pela qual os mui inteligentes cérebros da
> >> Universidade de Bordéus III tomaram essa decisão, entra pelos olhos
> >> adentro de qualquer outra inteligência de que essa é uma atitude
> >> suicida (cá estamos de novo com os parâmetros da actualidade!...).
> >> É que, nos tempos que correm, um aposentado, designadamente se da
> >> docência universitária, continua a produzir ciência, a escrever
> >> artigos, a fazer conferências, a integrar júris? E, normalmente,
> >> apresenta-se como aposentado ou jubilado da universidade onde fez a
> >> sua carreira. Isso acontece, aliás, com o professor que me enviou a
> >> informação; e com a quase totalidade daqueles que eu conheço e que
> >> se encontram na mesma situação que eu. E pergunto: que vontade vai
> >> ter doravante o meu colega, esses meus colegas, de, no mui louvável
> >> trabalho que continuam a desenvolver em prol das Artes, das
> >> Ciências e das Letras, que vontade vão ter de assinalar o seu
> >> vínculo a uma instituição que os rejeitou? Lamento profundamente
> >> que uma universidade, que, em teoria, deveria proclamar o
> >> Humanismo, o respeito pelas pessoas, se comporte desta forma.
> >> Replicar-se-me-á: «Não percebo o teu agastamento! É apenas uma
> >> mudança de endereço!». Parece, mas não é: é APENASuma lamentável
> >> mudança de? mentalidade! /José d?Encarnação/ Publicado em
> >> /Renascimento/ (Mangualde)/,/ nº 677, 15-01-2016, p. 12. ?.[2]
> >>
> >>
> >> El texto no tiene desperdicio, tiene esa dosis de amargura,
> >> sorpresa e indignación que resume en tres palabras los sentimientos
> >> que le produjo, como a mi cuando recibí idéntico mensaje, esa
> >> sensación de abandono por parte de SU INSTITUCION por excelencia,
> >> la Universidad de Burdeos III, a la que había dedicado toda su vida
> >> como profesor e investigador, sin importar periodos de vacaciones,
> >> domingos y fiestas de guardar, horarios infinitos si las
> >> necesidades departamentales lo requerían y un sinfín mas de
> >> obligaciones naturales o voluntariamente adquiridas por la mayor
> >> parte de los profesores universitarios que eligen la senda de la
> >> investigación y la docencia por encima de otras posibilidades de
> >> disfrutar de la vida, fuera del propio horario de trabajo que para
> >> nosotros simplemente no existe porque es de dedicación exclusiva e
> >> ilimitada.[2]
> >>
> >>
> >> La Universidad Michel de Montaigne, institución muy prestigiosa sin
> >> ningún género de dudas, la conozco bien, muy bien desde hace
> >> decenios en que comencé a trabajar con ellos en proyectos diversos
> >> en los que todavía continuamos mientras el cuerpo aguante y
> >> mientras las circunstancias administrativas (pero no olvidemos
> >> nunca que detrás hay personas que ejecutan y deciden las normas a
> >> aplicar), consideren que podemos ser útiles en esa colaboración o
> >> nosotros mismos nos sintamos con fuerza.[2]
> >>
> >>
> >> Esa Universidad francesa ha decidido, y no es ejemplo único por
> >> desgracia, que los profesores que han cumplido con su edad
> >> reglamentaria y se han jubilado en lo administrativo porque en lo
> >> científico en la investigación y también en la docencia
> >> extraordinaria, generalmente sin recibir nada a cambio, que tampoco
> >> se pide y no se hace nunca, dejan desde este comienzo de años 2016
> >> de tener correo electrónico institucional.[2]
> >>
> >>
> >> Mi colega portugués decidió verificar si la medida ya era efectiva
> >> e hizo la consulta y para su sorpresa y enojo recibió, como él
> >> mismo relata la contestación en forma de frase lapidaria que le
> >> dieron hace años en la de Porto ante un caso similar: ?Ese profesor
> >> ya fue abatido?. Tal y como suena es terrible y aunque la
> >> traducción al portugués nos de esa respuesta tremenda que suena a
> >> talibanismo radical de la peor estofa, la realidad es esa. Todos
> >> sabemos que unas cuentas mas de correo electrónico para una
> >> universidad no son nada, son gratis porque gozan de contratos de
> >> suministro cerrados y por lo tanto el ahorro será inexistente, pero
> >> lo peor no es ser tratado como el perro o el gato que
> >> accidentalmente se atropella en la carretera y queda en la cuneta,
> >> sino como aquellos de tiempos de perturbaciones indignas que
> >> quedaban en la cuneta deliberadamente y sin mayor consideración. Si
> >> ya se, soy un poco tremendista, pero mi enojo y mas todavía, mi
> >> cabreo, es grande, quiero manifestarlo y ya tenemos edad para decir
> >> lo que consideremos oportuno sin muchos miramientos.[2]
> >>
> >>
> >> En las respuestas que muchos colegas han manifestado en forma de
> >> comentarios al colega José D?E. tenemos la de otros franceses de
> >> diversas universidades, que han sufrido o van a sufrir la misma
> >> situación, algunos españoles cuyas instituciones se han apuntado al
> >> mismo carro. Respuestas contrarias como un colega italiano en la
> >> que nos comunica que la Universidad de Milan no lo hace (de
> >> momento) y algún alemán en el mismo sentido. La cosa de momento
> >> anda por ahí.[2]
> >>
> >>
> >> Hace poco tiempo, unas semanas, una de mis impresoras del ordenador
> >> dejó de funcionar de la noche a la mañana sin aviso previo. Lo
> >> mismo ocurre con los electrodomésticos producidos en los últimos
> >> años. Consultado el técnico me respondió, ?si la impresora funciona
> >> perfectamente, no tiene ninguna avería, pero es lo que se denomina
> >> Obsolescencia Programada?, ahí es nada. La inmisericorde sociedad
> >> de consumo, la globalización, el capitalismo que no conoce lo que
> >> son los valores humanos, ha decidido por nosotros cuando deben de
> >> dejar de funcionar las cosas para que sean sustituidas por otras
> >> nuevas (no mejores) y seguir la ruega que engorde a ese mismo
> >> capital.[2]
> >>
> >>
> >> En el caso que nos ocupa no son máquinas, son seres humanos,
> >> docentes e investigadores de probada profesionalidad y entrega, que
> >> pueden seguir siendo muy útiles a sus instituciones con sus
> >> investigaciones, con sus publicaciones, con sus enseñanzas y
> >> consejos, pero, ha habido personas (¿?) que han decidido que deben
> >> privarles de esas migajas de ayuda a su tarea en forma de cuenta de
> >> correo electrónico institucional. Inconcebible pero cierto. Lo
> >> terrible del caso es que tal vez haya habido algún funcionario que
> >> haya calculado eso del ¿ahorro? de esta manera arbitraria, pero no
> >> hay que olvidar que la medida, como otras se habrá tenido que
> >> aprobar en algún Consejo de Gobierno de la Universidad Michel de
> >> Montaigne, Burdeos III, que está constituido mayoritariamente por
> >> profesores de esa Institución, es decir por compañeros de aquellos
> >> a los que ahora se les deja injustamente en la cuneta. ?Arrieritos
> >> somos? que reza el refrán popular español.[2]
> >>
> >>
> >> Visto lo cual: ¿Todavía hay quien duda que estamos perdiendo a
> >> ritmo acelerado los Valores Humanos?. Yo no. Salud amigos
> >> lectores.[2]
> >>
> >>
> >> Manuel Martín-Bueno. Catedrático de la Universidad de Zaragoza,
> >> todavía con correo institucional:[2]mmartin@unizar.es. Pero ¿Por
> >> cuanto tiempo?.
> >>
> >>  
> >>
> >> --
> >>
> >>
> >>
> >> Prof. Manuel Martin-Bueno
> >>
> >> Catedrático de Arqueología, E. y N.
> >>
> >> Dpto. CCAA, Universidad de Zaragoza
> >>
> >> c. Pedro Cerbuna 12
> >>
> >> 50009 ZARAGOZA
> >>
> >>  
> >>
> >> I.P. Grupo de Investigación Consolidado URBS
> >>
> >> Miembro del I.U.C.A.
> >>
> >> Director del Museo de Calatayud
> >>
> >>  
> >>
> >> mmartin@unizar.es
> >>
> >> martinbuenomanuel@gmail.com
> >>
> >>
> >>
> >>
> >>
> >>
> >>
> >>
> >>  
> >>
> >> -------------------------
> >>
> >>
> >>
> >> [3]
> >> Este e-mail foi verificado em termos de vírus pelo software antivírus Avast.
> >> www.avast.com[3]
> >>
> >>
> >>
> >>
> >>
> >>
> >>
> >>
> >>  
> >>
> >
> >
> >
> >
> > Ligações:
> > ---------
> > [1] <a href="">
> > https://www.facebook.com/mmartinbueno</a>
> > [2] <a
> > href="">
> > https://www.facebook.com/notes/manuel-martin-bueno/conversaciones-xxix-obsolescencia-programada/985485508179490</a>
> > [3] <a href="">
> > https://www.avast.com/antivirus</a>
>
>
>
>
>
>
>
> _______________________________________________
> Archport mailing list
> Archport@ci.uc.pt
> http://ml.ci.uc.pt/mailman/listinfo/archport




Mensagem anterior por data: Re: [Archport] «Os aposentados são para deitar fora?» Próxima mensagem por data: [Archport] Blogue Qubbas
Mensagem anterior por assunto: Re: [Archport] «Os aposentados são para deitar fora?» Próxima mensagem por assunto: [Archport] «Pedras Falantes» em Montemor-o-Velho