Re: [Archport] Circular nº 4 (revista)
Porque se fala da APA nestas últimas mensagens,
aparentemente em resposta à minha, devo esclarecer que as observações que fiz
não foram em nome da APA mas em meu nome pessoal, enquanto arqueóloga que tem
trabalhados nos últimos anos na área dos sistemas de informação, nomeadamente
aqui na Câmara Municipal de Cascais.
Em nome da APA (porque efectivamente sou vice-presidente
desta associação) venho lembrar que em Novembro de 2005 foi realizado no Museu
Nacional de Arqueologia um Workshop com o título "Documentação e Sistemas de
Informação de Registos Arqueológicos". Foi uma reunião de trabalho muito
proveitosa em que estas e muitas outras questões foram debatidas. Contamos
publicar as respectivas actas nos próximos meses, provavelmente como parte
integrante da revista Praxis Archaeologica já que, infelizmente, nem todos os
participantes entregaram os seus textos e o número de páginas não justifica
a edição autónoma.
Estes textos, que reflectem a reflexão feita por todos os
participantes nesse Workshop, serão oportunamente enviados à consideração da(s)
instituição(ões) da tutela, como aliás já foi feito com o dossier temático do
primeiro número da revista dedicado à necessidade de revisão da legislação
aplicável ao património arqueológico e ao exercício profissional da
arqueologia.
Podemos sempre voltar a organizar uma iniciativa semelhante
ou reuniões de trabalho orientadas para áreas específicas do registo de
informação, caso haja participantes interessados, sejam ou não associados da
APA.
Mais informação sobre a iniciativa realizada podem ser
encontradas em
e, já agora, divulga-se outra vez o endereço da revista
Praxis Archaeologica:
Maria José de Almeida
Vice-presidente da APA e arqueóloga na Câmara Municipal de
Cascais
De:
archport-bounces@ci.uc.pt [mailto:archport-bounces@ci.uc.pt] Em nome de
Miguel Marques
Enviada: 31 de Janeiro de 2007
15:52
Para: archport@ci.uc.pt
Assunto: [Archport] Circular
nº 4 (revista)
Caros colegas,
não sei se venho acrescentar algo à discussão vigente, contudo, gostava de
partilhar a minha opinião. De facto tenho de concordar que esta circular veio
acrescentar os relatórios pendentes, pois mandar cd's com fotos difitais, mais
anexos com fotos em formato papel, parece-me algo redundante. Até porque fica a
dúvida, onde guardarão tantas fotos que chegarem aos serviços do IPA? E se uma
escavação tiver milhares de fotos, como suportar esses elevados custos de
revelação, quando a fiabilidade digital permite visualizar as fotos, sem haver
corrupção temporal sobre os elementos?
De qualquer forma, os dpi's são, de facto, um engodo na era
digital. Na era digital, os dpi's não fazem sentido nos interfaces
informáticos, pois como foi dito, são reportados às impressões em papel.
Os pixeis fazem a diferença na qualidade de foto. Obviamente que as fotos
deveriam todas ter um minimo de 6 MP,pois é a dimensão considerável que permite
as ampliações sem perder definição. De resto, tudo depende da máquina que se
usar e da forma como se usa, isto porque a maioria dos arqueólogos usa as
máquinas em modo automático, e "congela" em fotografia da forma como a máquina
"lê" o local. Contudo, o melhor seria usar a máquina em modo de exposição P,
porque assim a máquina controla o diafragma e o obturador, masfica a cargo do
arqueólogo regular a sensibilidade ( ISO ou ASA) e o flash. A sensibilidade
torna-se fulcral porque determina a granulidade da foto a partir dos pontos de
luz existentes, ou seja, a ISO deve ser regulada num formato baixo tipo 100 ou
200, porque torna a foto mais limpa. O aumento da ISO de 800 para cima é que
exponencia o grão nas fotos, dando um aspecto terrível nas ampliações. A ISO a
100 ou 200 é recomendável em dias ou situações em que haja luz, porque a maquina
não precisa de activar os pontos sensiveis de luz para iluminar a foto. Em
situações de fraca luminosidade ou à noite é que será aconselhável captyar
imagens a ISO 800 pois aí é que a máquina precisará que haja mais
pontos sensiveis de luz para focar e captar correctamente a imagem. A
questão dos formatos também é discutivel, pois o jpeg é um formato de compressão
enquanto fechado, pois não transmite o real valor do ficheiro. Pois tirando uma
fotografia em resolução 6.0 o jpeg converte o ficheiro fechado num valor menos
pesado, mas ao abrir, a qualidade da foto mantém-se. Enquanto que em tiff
ou raw as imagens mantêm o valor quer abertas, quer fechadas,o que ocupa imenso
espaçona máquina.
Voltando ao tema, creio ser desnecessário a impressão em formato papel,
pois além do elevado número de fotos e dos elevados custos, creio que a
visualização de imagens a partir dos formatos digitais é suficiente para ficar
em arquivo. Contudo, sou favorável a que haja alguma seleccção de fotos a
acompanhar os relatórios para contextualizar os sítios intervencionados.
E permitam-me,ainda, concordar com a afirmação de solicitar à APA que
acorde da sua letargia e seja interventiva de forma a poder proporcionar
fundamentos sobre os temas aqui discutidos.
M.Marques
--
Esta mensagem foi verificada pelo sistema de
antivírus e está livre de vírus.
--
Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e está livre de vírus.