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[Archport] BPN: Peças "egípcias" não foram vendidas a Joe Berardo porque insistiu em avaliar peças no estrangeiro (expresso online)

Subject :   [Archport] BPN: Peças "egípcias" não foram vendidas a Joe Berardo porque insistiu em avaliar peças no estrangeiro (expresso online)
From :   António Correia <avantecomuna@iol.pt>
Date :   Mon, 12 Jan 2009 21:31:37 +0000

BPN: Peças "egípcias" não foram vendidas a Joe Berardo porque insistiu em avaliar peças no estrangeiro Lisboa, 09 Jan (Lusa) - A colecção "egípcia" que o BPN comprou chegou a ser oferecida a Joe Berardo, em 2004, mas o negócio falhou porque o empresário queria avaliar as peças no estrangeiro e o vendedor nunca as deixou sair do país. Lisboa, 09 Jan (Lusa) - A colecção "egípcia" que o BPN comprou chegou a ser oferecida a Joe Berardo, em 2004, mas o negócio falhou porque o empresário queria avaliar as peças no estrangeiro e o vendedor nunca as deixou sair do país.

"O Sr. Berardo queria levar as peças para Paris, para fazer a avaliação. Mas nós não quisemos que saíssem do país, porque existem meios em Portugal para fazer o processo de certificação e avaliação", afirmou à Lusa o arqueólogo Manuel Castro Nunes, que foi incumbido pelo proprietário da colecção de fazer a avaliação e de mediar a venda das mesmas.

Para sair do país, qualquer peça arqueológica encontrada em Portugal necessita de uma autorização temporária concedida pelo Instituto Português de Museus.

De acordo com o arqueólogo, o negócio com Berardo não se concretizou, tendo de seguida o Banco Português de Negócios (BPN), então liderado por José de Oliveira e Costa, manifestado interesse pela colecção, a qual adquiriu por 5 milhões de euros, entre 2004 e 2006.

Questionado pela agência Lusa, Joe Berardo, que além de empresário, é um dos maiores coleccionadores de arte portugueses - sendo proprietário da Colecção Berardo, actualmente exposta no Centro Cultural de Belém -, confirmou que na altura lhe foi proposta a venda das peças por parte de um coleccionador nacional.

"Achei as peças interessantes e entrei em contacto com especialistas franceses para fazerem a avaliação", afirmou à Lusa o empresário madeirense.

"Mas depois o negócio não foi em frente, porque houve outra proposta", disse ainda o investidor, acrescentando que desconhece se a colecção é genuína ou não e que considera que "ninguém em Portugal pode certificar que as peças são verdadeiras".

"Não tenho conhecimentos para dizer que essa colecção é autêntica ou não. Até mesmo para a arte contemporânea preciso da ajuda de especialistas antes de comprar uma obra", acrescentou Joe Berardo.

Segundo Manuel Castro Nunes, antes das negociações com Joe Berardo, as peças foram apresentadas a João Ernesto Estrada, presidente da Fundação Ernesto Estrada, que possui uma das maiores colecções de antiguidades nacionais.

Contactado pela Lusa, João Estrada confirmou os contactos e disse que apenas não comprou as peças porque o vendedor "pedia mais do que estava disposto a pagar".

A colecção, que integra o conjunto de activos que foram classificados como "extravagantes" pelo actual presidente da Sociedade Lusa de Negócios, Miguel Cadilhe, é composta por várias dezenas de peças trabalhadas em ouro que alegadamente remontam à Idade do Cobre (calcolítico) e por estatuetas em pedra que representam a deusa da fertilidade.

Luís Raposo, director do Museu Nacional de Arqueologia, que analisou as peças em 2005, disse à Lusa que muitas delas são falsas e outras levantam as maiores dúvidas quanto à autenticidade. O BPN comprou esta "colecção de arte 'egípcia'" por cinco milhões de euros, durante a presidência de José de Oliveira e Costa.

"O que lhe posso dizer, através dos contactos que fiz e das fotografias que vi dessa colecção, e sobretudo do relatório da conservadora do Museu Nacional de Arqueologia que encarreguei de estudar o assunto, é que tenho a convicção absoluta e noutros casos a certeza, de que são peças na maior parte falsas, não são autênticas", afirmou Luís Raposo.

Já o arqueólogo Manuel Castro Nunes garante que a colecção, que tem sido referida na imprensa como sendo de origem "egípcia", é composta por peças ibéricas da Idade do Cobre, bem como alguns artefactos de origem fenícia e grega.

Entre as peças encontram-se várias máscaras funerárias trabalhadas em ouro, que pela sua raridade (nunca foram encontrados exemplares destes na Península Ibérica) prometem "revolucionar a Arqueologia portuguesa" e colocar Portugal "à frente na Arqueologia durante os próximos 50 anos", afirmou.

Foi com base no trabalho deste único arqueólogo, que além de mediar o negócio foi responsável pela certificação, datação e avaliação da colecção, que o BPN avançou para a compra.



António Correia




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