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Re: [Archport] Ministério diz que Luís Raposo arrisca processo

To :   archport <archport@ci.uc.pt>
Subject :   Re: [Archport] Ministério diz que Luís Raposo arrisca processo
Date :   Thu, 08 Apr 2010 14:55:48 +0100

Assim vai a cultura no nosso país, em que se pensa afastar da direcção de um museu, um director só porque tem opinião.
Realmente, a cultura está a morrer
----- Email de no.arame@gmail.com ---------
    Data: Thu, 8 Apr 2010 02:14:08 +0100
      De: Alexandre Monteiro <no.arame@gmail.com>
Responder Para: Alexandre Monteiro <no.arame@gmail.com>
 Assunto: [Archport] Ministério diz que Luís Raposo arrisca processo
    Para: archport <archport@ci.uc.pt>


*Ministério diz que Luís Raposo arrisca processo*

por ANTÓNIO PEDRO PEREIRA, DN, 08/04/2010

Luís Raposo, director do Museu de Arqueologia, está firme.

"Vou-lhe dizer em primeira mão: estou tão aberto ao diálogo que abro mão da
Torre Oca se o Ministério da Cultura [MdC] pedir imediatamente um estudo
geotécnico a um organismo qualificado, como o LNEC." O MdC diz que está
satisfeito com todos os estudos já feitos, embora não feche totalmente a
porta. Conclusão do braço-de-ferro: a 8 de Maio, Raposo pode ser o primeiro
director de um museu, desde 1965, a ser exonerado como resultado de um
processo disciplinar.

"De boas intenções está o inferno cheio", avisa Luís Raposo. "No limite, a
Cordoaria [para onde Gabriela Canavilhas quer mudar Arqueologia, que vive
nos Jerónimos] pode não estar tecnicamente apta a acolher o museu." E
desconfia: "Esse compromisso foi assumido pela ministra em Dezembro, no
último contacto, mas só foi pedido um parecer."

O MdC responde: "Há já vários estudos e o secretário de Estado está
satisfeito com as conclusões que não apontam qualquer perigo de segurança à
Cordoaria para acolher o Museu de Arqueologia. O ministério não quer empolar
essa questão, que está na esfera do director do Instituto dos Museus e
Conservação [IMC] com um director de um dos museus", reage através de fonte
oficial. "A ideia é fazer de toda a Cordoaria a casa da arqueologia,
juntando várias valências que estão fora dos Jerónimos. Sim, será garantida
a segurança do edifício, mas é um processo que levará uns três anos. Mas
está completamente fora de hipótese o encaixotamento do museu ou o
encerramento", junta.

Ou seja, ficam garantias para algumas das dúvidas de Luís Raposo. Mas, ainda
assim, "é preciso um compromisso político, não conversas". E há a questão da
Torre Seca: "É fulcral. Fazemos aí conferências, exposições, é fulcral na
angariação de novos públicos." "Não é assim tão fulcral como diz Luís
Raposo, é um espaço que não tem tanto a ver com a manutenção do acervo",
contrapõe o MdC. E avisa: "O director do Museu de Arqueologia tem instruções
para entregar a Torre Seca até 8 de Maio. Se não o fizer, arrisca um
processo disciplinar por parte do IMC e não do ministério, que pode concluir
com a exoneração."

"A ministra já disse publicamente que quer muito fazer um Museu da Viagem.
Temo que esta pressa toda tenha a ver com isso", acusa Raposo.

"Não faz sentido", defende-se o MdC. "Isso então está numa fase ainda mais
embrionária", explica-se o ministério. "A entrega da Torre Oca é meramente
simbólica: só com esse gesto, ao abrigo de um protocolo, o Ministério da
Defesa entregará ao MdC a Cordoaria para se começarem os trabalhos."

Luís Raposo mantém-se com dúvidas. "A entrega da Torre Oca só fazia sentido
no plano do anterior ministro, Pinto Ribeiro, de esvaziar o museu
rapidamente. Uma questão simbólica não me convence."

Ainda assim, o MdC diz, no entanto, que não se sabe se na audiência com a
Comissão de Cultura no Parlamento, quarta-feira, Gabriela Canavilhas e
Elísio Summavielle (secretário de Estado) podem avançar com um compromisso
político de fazer estudos complementares. Certo é que a corda está a
esticar.


*
"O plano B seria mais barato, mas não seria o melhor"*


A história da requalificação do Museu de Arqueologia Nacional (MAN), que
guarda 700 tesouros nacionais, vem de longe. Nos tempos de António Guterres
(eleito em 1995), criou-se um plano a que Luís Raposo chama de "plano B".
Tratava-se de ampliar as instalações do MNA nos Jerónimos.

"Esse plano foi seguido por todos os Governos até há dois anos. Diria que
face aos obstáculos que se têm deparado de momento, o plano B [esse,
portanto] até seria mais barato. Não digo que seria o melhor, mas era
seguramente mais barato", explica Luís Raposo.

Esse plano, no entanto, foi abandonado por José António Pinto Ribeiro. O
titular da pasta da Cultura no anterior Executivo de José Sócrates lançou a
ideia de mudar o Museu de Arqueologia Nacional para a Cordoaria, que é tido
como um dos edifícios mais compridos da Europa.

Aberto ao público em 1906, o MNA já passou pela lente de mudança de várias
pessoas. Até já esteve quase para ter um espaço construído de raiz, na zona
da Cidade Universitária. Mas ainda se mantém em Belém, nos Jerónimos.

Ontem, a Comissão Parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura fez- -se
representar por 14 deputados na visita ao museu. Maria Conceição Pereira,
uma voz muito activa nesta matéria da mudança do MNA e que propôs esta
visita para começar um périplo que faz parte das competências da comissão,
insistiu na existência de haver "alguma preocupação e interrogações". "Com
certeza que vamos questionar a senhora ministra da Cultura no dia 14",
disse.



----- Fim do email de no.arame@gmail.com -----



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