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Re: [Archport] Digest Archport, volume 80, assunto 86

Subject :   Re: [Archport] Digest Archport, volume 80, assunto 86
From :   Pedro Caleja <pedro.caleja@gmail.com>
Date :   Mon, 24 May 2010 08:39:26 +0100

Tiago
 
Não precisas de lamentar nada, que eu dou a cara pelo que escrevo e digo.
 
Só te posso agradecer é o facto de que antes de teres emitido atua opinião tenhas tido o bom senso de a formar, procurando informação e conhecimento.
 
É mais do que muita gente é capaz de fazer.
 
 

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Tópicos de Hoje:

  1. Res:  FW:  Digest Archport, volume 80, assunto 78 (Tiago Fraga)


----------------------------------------------------------------------

Message: 1
Date: Mon, 24 May 2010 03:51:51 +0100 (Hora de Verão de GMT)
From: "Tiago Fraga" <fraga.tiago@gmail.com>
Subject: [Archport] Res:  FW:  Digest Archport, volume 80, assunto 78
To: <archport@ci.uc.pt>
Message-ID: <4BF9E9C7.000035.11456@PORT>
Content-Type: text/plain; charset="iso-8859-1"

Ex.mo VMB
Lamento a forma como o meu colega Pedro Caleja respondeu as suas questões.
Felizmente ele vive intensamente o campo de arqueologia subaquática e sempre
defende os seus projectos de uma forma apaixonada, as vezes com alguns
excessos.
Quanto as suas questões, a venda de património resulta num retorno económico
imediato (eu sei que estamos um bocadinho necessitados de dinheiro por causa
do déficit)
Porém pergunto-lhe, se é a favor da venda de património como única solução
viavél,  porque não vendemos o Mosteiro dos Jerónimos para uma habitação
particular? Aposto que o erário público teria um retorno económico imediato
significativo e acabaríamos com esta confusão de Museus Arqueológicos e
Museus de Marinha, vamos simplesmente esquecer o retorno económico que estes
dois essenciais e valiosíssimos Museus trazem para o país (nem sequer
calculo o seu valor cultural e de suporte à investigação portuguesa).
A venda dos navios para sucata daria algum dinheiro ao erário publico (o meu
colega Caleja provavelmente saberá quanto).
Facto - O gasto com o afundamento de 4 navios será de 2.5 milhões de euros.
Facto - A pratica de mergulho amador treina, pelo menos 900.000 novos
participantes anualmente desde 2001 (PADI stats 2008).
Facto - Cada mergulhador representa para o turismo um retorno de 1.81 por
cada 1 gasto (Tanyeri-Abur e Jian 1998).
Pressuposto - Um mergulhador que visite o Algarve gastará em média 300 a
400€ para visitar os 4 naufrágios (alojamento, alimentação e mergulho)
Resultado - Estamos a falar numa prática marítimo-turística com um potencial
de retorno anual de 270 milhões de euros.
A presença de 4 navios "fresquinhos para mergulhar" para esta comunidade de
mergulho trará quantos ao Algarve?
A média de vida de uma embarcação de metal afundada nestas condições é de 50
anos (potencial galvânico de 0.036). A introdução de zinco para EMF aumenta
a esperança de vida, em teoria, 10 vezes mais. Mesmo que não se faça, a
corrosão galvânica controlada do mesmo criará um recife artificial com uma
esperança de vida de pelo menos de 314 anos (dados baseados em FaroA -
estudado pelo melhor arqueólogo náutico deste país - Blot 2002)
50 anos * 300/400 * X mergulhadores * 0.2 (returno de imposto) qual acha que
será o retorno financeiro desta iniciativa para o país? Mais se pensarmos
que a conservação dos mesmos será a um centésimo do custo que mantê-los a
flutuar.
Eu estou bastante interessado em saber as respostas a estas questões daqui a
uns anos. Por enquanto deixo-lhe com esta consideração:
Facto - O recife artificial Mckenzie no Canada gerou um retorno económico de
1995 a 2000 U.S$ 3.5 milhoes (Milon et All 2000).
Facto - A visita a embarcações - recifes artificiais aumenta o interesse
publico e o seu interesse pela arqueologia náutica.
Espero que estas informações sejam úteis. Deixo-o com os meus cumprimentos e
oferta de ajudar-lhe com mais esclarecimentos que necessitar. Também podemos
discutir, privadamente o valor económico destes recifes para as pescas com
factos fundamentados, mas fora desta lista que chama-se archport e não
pescaport.
Tiago Fraga, arqueólogo nautico
(nota para as más línguas, não tenho qualquer vinculo ao projecto de
afundamento)
Podem consultar o meu perfil de investigação em http://www.mendeley
com/profiles/tiago-fraga/


-------Mensagem original-------

De: V. Machado Borges
Data: 24-05-2010 00:17:22
Para: archport
Assunto: [Archport] FW: Digest Archport, volume 80, assunto 78

A má educação não merece resposta. Como não merece atenção quem não admite
opiniões divergentes.
Ficámos todos a saber com quem lidamos.


From: archport-bounces@ci.uc.pt [mailto:archport-bounces@ci.uc.pt] On Behalf
Of Rui
Sent: domingo, 23 de Maio de 2010 22:00
To: archport@ci.uc.pt; 'José d'Encarnação'
Subject: Re: [Archport] Digest Archport, volume 80, assunto 78

Caro amigo Professor José D’Encarnação

Talvez fosse bom alertar para a forma como algumas pessoas se dirigem a
outras. É uma questão de educação.
Abraço

De: archport-bounces@ci.uc.pt [mailto:archport-bounces@ci.uc.pt] Em nome de
Pedro Caleja
Enviada: domingo, 23 de Maio de 2010 18:49
Para: archport@ci.uc.pt
Assunto: Re: [Archport] Digest Archport, volume 80, assunto 78

Caro V. Machado Borges

Aconselho-o a informar-se antes de mandar postas de pescada sobre o que não
sabe.

1 º - O dinheiro é de financiamento privado e o Estado não gasta um tostão.

2º - Os navios renderam mais dinheiro ao serem afundados, trazendo turistas
propositadamente para o Algarve do que sendo vendidos para sucata que era o
fim que lhes estava destinado.

3º - A Marinha (Arsenal do Alfeite) ganhará mais dinheiro ao limpar os
navios e vendendo a sucata que seja desmantelada de seguida do que se
vendesse directamente a sucateiros.

4º - Apesar de existir um arqueólogo subaquático na equipa que esteve na
origem e desenvolvimento deste projecto o objectivo não é do "criar"
arqueologia.

5º - Tem a noção do que é exigido para manter um navio de guerra a flutuar e
transformá-lo em museu? Junte-se com mais uns amigos e faça-o você. Há
navios para todos. Já que é tão inteligente e os outros tão tontos
concerteza terá imenso sucesso.

Vivam os Doutores cheios de sabedoria e donos das verdades. Esta é uma das
razões porque este país não vais para a frente, qualquer m****as tem opinião
 mesmo quando não sabe do que está a falar.

Pedro Caleja






2010/5/23 <archport-request@ci.uc.pt>
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Tópicos de Hoje:

 1. Re: Navios da Armada vão ao fundo e viram museu subaquático
    (V. Machado Borges)
 2. Re: Navios da Armada vão ao fundo e viram museu subaquático (Rui)


----------------------------------------------------------------------

Message: 1
Date: Sun, 23 May 2010 02:48:18 +0100
From: "V. Machado Borges" <v.m.borges@netcabo.pt>
Subject: Re: [Archport] Navios da Armada vão ao fundo e viram museu
      subaquático
To: "archport" <archport@ci.uc.pt>
Message-ID:

<!&!AAAAAAAAAAAYAAAAAAAAANnVKLs3rb5OhxuoR6H7J1DCgAAAEAAAACG4Aon1kilGlpeC/ZfE5
UBAAAAAA==@netcabo.pt>

Content-Type: text/plain; charset="iso-8859-1"

ESTÁ TUDO DOIDO!

Na crise em que estamos, gastar dois milhões e meio de euros para afundar
quatro navios (que bem podem ser vendidos) é de facto uma ideia original...



"É a primeira vez que se faz algo do género em todo o mundo, afundar vários
navios que representem uma Armada...



Portugal, sempre à frente nas novidades, os outros todos são uns patetas,
que quando querem preservar a história das marinhas conservam os navios a
flutuar, ou até os fazem vir à superfície, como com o Vasa.

Mais uma ideia original portuguesa, que associada com o fim anunciado do
Museu da Marinha e com a transferência do Museu de Arqueologia para a
Cordoaria (que por acaso tem todas as condições para uma área museológica da
marinha) pode ajudar-nos a ganhar o prémio do Guiness para as tonterias do
património. Ou mesmo um IgNobel...



É a chamada pró-arqueologia, em que criamos hoje os sítios que exploraremos
amanhã... Também a poderemos baptizar de “arqueologia artificial” enterrando
alguma cerâmica partida para a virem a descobrir daqui a umas centenas,
quiçá milhares de anos...



Pró-Arqueólogo – Cientista que produz artefactos que um dia serão de
interesse arqueológico, enterrando-os ou submergindo-os, em locais
previamente identificados de forma a virem a ser facilmente descobertos.
Para poupar tempo e trabalho, as peças serão enterradas juntamente com uma
descrição exaustiva e com as legendas que deverão ser colocadas nas
respectivas vitrinas, quando forem propositadamente descobertas... (in :
Dicionário das Parvoíces, Volume VII)



Só falta criar a pró-história, fazendo passar à história estas mentes que
nos (des)governam



Só me lembro do laboratório dos “Marretas” “where the future is made
today...”



VMB

PS Hoje não é Um de Abril pois não?



From: archport-bounces@ci.uc.pt [mailto:archport-bounces@ci.uc.pt] On Behalf
Of Alexandre Monteiro
Sent: domingo, 23 de Maio de 2010 0:15
To: archport
Subject: [Archport] Navios da Armada vão ao fundo e viram museu subaquático



E, por falar em Marinha....









Portimão: Navios da Armada vão ao fundo e viram museu subaquático
22-05-2010 11:14:00

O afundamento de quatro antigos navios de guerra da Armada Portuguesa vai
dar origem ao primeiro museu subaquático do país, ao largo da Praia da
Rocha, em Portimão.


Entre os 12 e os 15 metros de profundidade, os navios - o oceanográfico
"Almeida Carvalho", a Fragata "Hermenegildo Capelo", a Corveta "Oliveira do
Carmo" e o navio-patrulha "Zambeze" - vão constituir "roteiros subaquáticos
acessíveis a qualquer mergulhador", explicou à Lusa Manuel da Luz,
presidente da Câmara de Portimão.

A ideia, segundo Manuel da Luz, é "limpar os navios de guerra de todos os
materiais poluentes, rebocá-los até Portimão e afundá-los a cerca de duas
milhas da costa, numa área já identificada e validada pelas autoridades
ambientais".

O projeto de Museu Subaquático da Marinha de Guerra Portuguesa já mereceu a
aprovação de diversas entidades com competências na matéria, nomeadamente do
Ministério da Defesa, que emitiu neste mês despacho a ceder os quatro navios
de guerra desativados, atualmente estacionados na Base Naval do Alfeite.

Manuel da Luz destaca o facto de, além de criar "um museu original", o
projeto permitir "reforçar o ecossistema", pois "os navios afundados serão
recifes artificiais numa zona sem qualquer riqueza, o que possibilita um
aumento da biodiversidade das espécies".

A operação, que deverá custar 2,5 milhões de euros, vai durar cerca de dois
anos e meio, prevendo-se que o primeiro navio - a Corveta "Oliveira do
Carmo", com cerca 1400 toneladas, 85 metros de comprimento e 10 de boca, da
classe "Baptista de Andrade" - seja afundado em novembro deste ano ou em
abril de 2011.

"Tudo depende da disponibilidade do Arsenal do Alfeite para a empreitada de
limpeza e adaptação do navio", fez notar Luís Sá Couto, proprietário da
empresa de mergulho Subnauta, uma das parceiras da autarquia para a
implementação da ideia.

Os restantes navios serão afundados à cadência de um por cada nove meses, se
bem que o presidente da autarquia admite poder vir a adaptar o calendário às
disponibilidades financeiras.

Luís Sá Couto refere, no entanto, que "mal seja imerso o primeiro navio e
estejam criados o roteiro e a sinalética", será possível mergulhar neste
museu debaixo de água, "mediante determinadas regras que serão definidas
pela autarquia".

O Museu de Portimão, recentemente eleito o melhor do ano pelo Conselho da
Europa, vai ficar por seu lado "responsável pela exposição em terra,
retratando a história dos navios e dos seus patronos", realçou.

"É a primeira vez que se faz algo do género em todo o mundo, afundar vários
navios que representem uma Armada e com isso contar a sua história debaixo
de água", completou Luís Sá Couto, fazendo referência à existência de apenas
"casos isolados" de afundamento de navios em países como a Inglaterra, o
Canadá, os Estados Unidos da América, a Nova Zelândia e a Austrália.

Em Portugal, o primeiro afundamento aconteceu em 1995, quando foi imergido
um antigo arrastão de ferro ao largo de Faro para servir de recife
artificial.

Em 2000, foi a vez da Porto Santo Line afundar a 700 metros da costa da ilha
de Porto Santo, na Madeira, o cargueiro português "Madeirense", criando
assim uma nova atração turística no arquipélago.

Fonte:
<http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=36833>
http://www.observato...p?noticia=36833

-------------- próxima parte ----------
Um anexo em HTML foi limpo...
URL: /mhonarchive/archport/attachments/20100523/09762d4e/attachment.html

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Message: 2
Date: Sun, 23 May 2010 10:46:00 +0100
From: "Rui" <rcostapinto@netcabo.pt>
Subject: Re: [Archport] Navios da Armada vão ao fundo e viram museu
      subaquático
To: <v.m.borges@netcabo.pt>,    "'archport'" <archport@ci.uc.pt>
Message-ID: <005301cafa5c$c06748d0$4135da70$@pt>
Content-Type: text/plain; charset="iso-8859-1"

Se colocarem alguns políticos a bordo não me oponho J



De: archport-bounces@ci.uc.pt [mailto:archport-bounces@ci.uc.pt] Em nome de
V. Machado Borges
Enviada: domingo, 23 de Maio de 2010 02:48
Para: archport
Assunto: Re: [Archport] Navios da Armada vão ao fundo e viram museu
subaquático



ESTÁ TUDO DOIDO!

Na crise em que estamos, gastar dois milhões e meio de euros para afundar
quatro navios (que bem podem ser vendidos) é de facto uma ideia original...



"É a primeira vez que se faz algo do género em todo o mundo, afundar vários
navios que representem uma Armada...



Portugal, sempre à frente nas novidades, os outros todos são uns patetas,
que quando querem preservar a história das marinhas conservam os navios a
flutuar, ou até os fazem vir à superfície, como com o Vasa.

Mais uma ideia original portuguesa, que associada com o fim anunciado do
Museu da Marinha e com a transferência do Museu de Arqueologia para a
Cordoaria (que por acaso tem todas as condições para uma área museológica da
marinha) pode ajudar-nos a ganhar o prémio do Guiness para as tonterias do
património. Ou mesmo um IgNobel...



É a chamada pró-arqueologia, em que criamos hoje os sítios que exploraremos
amanhã... Também a poderemos baptizar de “arqueologia artificial” enterrando
alguma cerâmica partida para a virem a descobrir daqui a umas centenas,
quiçá milhares de anos...



Pró-Arqueólogo – Cientista que produz artefactos que um dia serão de
interesse arqueológico, enterrando-os ou submergindo-os, em locais
previamente identificados de forma a virem a ser facilmente descobertos.
Para poupar tempo e trabalho, as peças serão enterradas juntamente com uma
descrição exaustiva e com as legendas que deverão ser colocadas nas
respectivas vitrinas, quando forem propositadamente descobertas... (in :
Dicionário das Parvoíces, Volume VII)



Só falta criar a pró-história, fazendo passar à história estas mentes que
nos (des)governam



Só me lembro do laboratório dos “Marretas” “where the future is made
today...”



VMB

PS Hoje não é Um de Abril pois não?



From: archport-bounces@ci.uc.pt [mailto:archport-bounces@ci.uc.pt] On Behalf
Of Alexandre Monteiro
Sent: domingo, 23 de Maio de 2010 0:15
To: archport
Subject: [Archport] Navios da Armada vão ao fundo e viram museu subaquático



E, por falar em Marinha....









Portimão: Navios da Armada vão ao fundo e viram museu subaquático
22-05-2010 11:14:00

O afundamento de quatro antigos navios de guerra da Armada Portuguesa vai
dar origem ao primeiro museu subaquático do país, ao largo da Praia da
Rocha, em Portimão.


Entre os 12 e os 15 metros de profundidade, os navios - o oceanográfico
"Almeida Carvalho", a Fragata "Hermenegildo Capelo", a Corveta "Oliveira do
Carmo" e o navio-patrulha "Zambeze" - vão constituir "roteiros subaquáticos
acessíveis a qualquer mergulhador", explicou à Lusa Manuel da Luz,
presidente da Câmara de Portimão.

A ideia, segundo Manuel da Luz, é "limpar os navios de guerra de todos os
materiais poluentes, rebocá-los até Portimão e afundá-los a cerca de duas
milhas da costa, numa área já identificada e validada pelas autoridades
ambientais".

O projeto de Museu Subaquático da Marinha de Guerra Portuguesa já mereceu a
aprovação de diversas entidades com competências na matéria, nomeadamente do
Ministério da Defesa, que emitiu neste mês despacho a ceder os quatro navios
de guerra desativados, atualmente estacionados na Base Naval do Alfeite.

Manuel da Luz destaca o facto de, além de criar "um museu original", o
projeto permitir "reforçar o ecossistema", pois "os navios afundados serão
recifes artificiais numa zona sem qualquer riqueza, o que possibilita um
aumento da biodiversidade das espécies".

A operação, que deverá custar 2,5 milhões de euros, vai durar cerca de dois
anos e meio, prevendo-se que o primeiro navio - a Corveta "Oliveira do
Carmo", com cerca 1400 toneladas, 85 metros de comprimento e 10 de boca, da
classe "Baptista de Andrade" - seja afundado em novembro deste ano ou em
abril de 2011.

"Tudo depende da disponibilidade do Arsenal do Alfeite para a empreitada de
limpeza e adaptação do navio", fez notar Luís Sá Couto, proprietário da
empresa de mergulho Subnauta, uma das parceiras da autarquia para a
implementação da ideia.

Os restantes navios serão afundados à cadência de um por cada nove meses, se
bem que o presidente da autarquia admite poder vir a adaptar o calendário às
disponibilidades financeiras.

Luís Sá Couto refere, no entanto, que "mal seja imerso o primeiro navio e
estejam criados o roteiro e a sinalética", será possível mergulhar neste
museu debaixo de água, "mediante determinadas regras que serão definidas
pela autarquia".

O Museu de Portimão, recentemente eleito o melhor do ano pelo Conselho da
Europa, vai ficar por seu lado "responsável pela exposição em terra,
retratando a história dos navios e dos seus patronos", realçou.

"É a primeira vez que se faz algo do género em todo o mundo, afundar vários
navios que representem uma Armada e com isso contar a sua história debaixo
de água", completou Luís Sá Couto, fazendo referência à existência de apenas
"casos isolados" de afundamento de navios em países como a Inglaterra, o
Canadá, os Estados Unidos da América, a Nova Zelândia e a Austrália.

Em Portugal, o primeiro afundamento aconteceu em 1995, quando foi imergido
um antigo arrastão de ferro ao largo de Faro para servir de recife
artificial.

Em 2000, foi a vez da Porto Santo Line afundar a 700 metros da costa da ilha
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assim uma nova atração turística no arquipélago.

Fonte:
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Fim da Digest Archport, volume 80, assunto 78
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