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Re: [Archport] Como se inscre um sitio arquelógico na carta concelhia...

To :   "Ricardo Charters d'Azevedo" <ricardo.charters@gmail.com>
Subject :   Re: [Archport] Como se inscre um sitio arquelógico na carta concelhia...
From :   Alexandre Monteiro <no.arame@gmail.com>
Date :   Fri, 6 May 2011 11:34:35 +0100

Caro Ricardo, se não sabia a quem dirigir um pedido de esclarecimento, era só pedir.

Aconselho que o faça junto da Câmara Municipal em questão, junto da Direcção Regional de Cultura da área, segundo creio ser a do Centro:

http://www.culturacentro.pt/



 e, finalmente, junto da tutela:

http://www.igespar.pt/pt/about/organograma/director/sc/ds/dapa/




Em 6 de maio de 2011 11:08, Ricardo Charters d'Azevedo <ricardo.charters@gmail.com> escreveu:
> Caro Antonio Monteiro e membros deste forum
> Como já expliquei, não está em causa quem fez o trabalho, nem o local onde
> os trabalhos decorreram (veja o título da mensagem).
> Aos arqueólogos foi-lhes pedido que fizessem uma prospecção, pois tal era
> exigido pela Câmara Municipal respectiva e fizeram-na. Não lhes foi pedido
> um estudo, mas sim trabalhos de campo. Podiam, é verdade, ter acordado os
> seus "violinos"  com um historiador e um geólogo, especialistas na região.
> Apresentariam um melhor relatório e com mais segurança dariam o parecer,
> reduzindo os trabalhos de campo.
> Não o fizeram pois não é habito. A minha questão é porque é que não existe
> essa cultura na arqueologia portuguesa?
>
>  Até porque, honestamente o arqueólogos que trabalharam no sítio, fizeram
> bem o seu trabalho, e não descobrindo nada de verdadeiramente "antigo",
> fizeram um relatório que o diz por meias palavras e concluem pela
> concordância em que os trabalhos propostos para o local se façam.
> Não, o problema não está aí. O segundo  problema está em que se tendo feito
> uma prospecção arqueológica se considere automaticamente, na carta
> concelhia, que o local tem potencialidades e consequentemente QUALQUER
> trabalho a ser futuramente realizado pelos proprietários confinantes terá de
> ser acompanhado por uma equipa de arqueólogos. Isto é: (i) garante emprego,
> (ii) despesas para quem quer fazer qualquer coisa e (iii) desacredita a
> arqueologia pois os vizinhos proprietários vendo que nada se encontrou,
> perguntam-se porquê.
> Isto já não é problema da equipa de arqueólogos ou do seu relatório, mas da
> iniciativa dos serviços camarários, que coloca aquela bolinha na carta
> arqueológica do concelho ,porque ouviu dizer que tinham aparecido 3
> vestígios de fogueiras sem quaisquer materiais, e isso é "muito importante".
> Nem chegam a ler o relatório, não é necessário, dizem. ..E quando o
> relatório nada fala sobre as fogueiras, a bolinha na carta arqueológica
> mantem-se. Pois poderão encontrar-se mais... E tal dará poder aos serviços
> de arqueologia da Câmara respectiva pois que arranja trabalho para
> arqueólogos, mas que será pago por outros
>
> Donde, o cidadão paga através dos seus impostos, quem o sirva, i e os
> técnicos da Cãmara, e são estes que fazem com que ele, cidadão venha a ter
> fazer despesas inúteis
>
> As questões são estas.
> Também não percebo nada de montagem de redes eléctricas, mas  posso retomar
> o seu exemplo do engenheiro electrotécnico. Se tal se passasse nada mais
> simples que fazer duas reclamações. Uma á Ordem dos Engenheiros e outra para
> as entidades supervisoras da obra e de quem autorizou. O caso ficaria
> resolvido.
> Mas neste caso não vejo onde e a quem, poderão reclamar os proprietários dos
> terrenos que se encontram debaixo da bolinha camarária.
> Só se lançarem uma "indignação cívica", e tal de forma pública, contando na
> imprensa e em foros
> Cumprimentos
> Ricardo Charters d'Azevedo
>
> PS: não sou proprietário de nenhuns terrenos anexos á prospecção
> arqueológica realizada, mas estou a pensar  em ficar com alguns para manter
> a chama da "indignação cívica"...
>
> -----Original Message-----
> From: Alexandre Monteiro [mailto:no.arame@gmail.com]
> Sent: sexta-feira, 6 de Maio de 2011 01:13
> To: Ricardo Charters d'Azevedo
> Cc: archport@ci.uc.pt
> Subject: Re: Como se inscre um sitio arquelógico na carta concelhia...
>
> Caro Ricardo
>
> Essas perguntas que faz só se podem responder lendo o relatório e sabendo de
> que sítio se trata.
>
> Mais uma vez, reitero: é minha opinião que um debate sobre aquilo que afirma
> - como bem diz, "de ouvir dizer "-  tem que se basear sempre no relatório e
> no sítio.
>
> Até que um e outro apareçam é como eu vir dizer a terreiro que um
> determinado projecto de electrotecnia foi elaborado em péssimas condições,
> que o engenheiro responsável pelo projecto só queria ganhar o seu, nada
> tendo perguntado ao electricista da empresa, que até percebe a potes
> daquilo? E, imagine-se que, para cúmulo da indignação, apesar da potência
> instalada ter sido subavaliada e toda a instalação estar em flagrante
> violação das RTIEBT, mesmo assim o projecto foi aprovado por quem de
> direito?
>
> Ora, baseando-se apenas naquilo que eu escrevi acima, acha ético e de bom
> tom, eu (que nada percebo de electrotecnia) vir a público dizer que o
> engenheiro é incompetente ou está de má fé? Não exigiria, para poder
> fundamentar a sua opinião, ver primeiro o projecto e o que foi realmente
> implantado no terreno?
>
>
>
> Em 5 de maio de 2011 22:39, Ricardo Charters d'Azevedo
> <ricardo.charters@gmail.com> escreveu:
>> Caro  Alexandre Monteiro,
>>
>> Não pretendo fazer um julgamento profissional de quem fez a pesquiza
>> arqueológica. E não tenho o relatório. Só o vi e tomei notas quando o
>> proprietário o leu para mim
>>
>> O meu objectivo é outro, como explico, nomeadamente, no título. È ter
>> respostas a alguns fundamentalismos que prejudicam a profissão pois o
>> cidadão não compreende:
>>
>> ·         Como se regista como arqueológico na carta concelhia um
>> local somente porque se fez uma prospecção e não pelos resultados;
>>
>> ·         Porque se fazem prospecções arqueológicas sem previamente se
>> estudar o local e/ou consultar um historiador
>>
>> ·         Porque quando se fazem prospecções, o arqueólogo tem sempre
>> que mostrar que encontrou coisas importantes, nem que sejam locais
>> onde se fez fogo (sem mais materiais), moedas e cerâmica,
>> contemporâneas e  pedras, que poderão vir a ser identificadas como
>> “raspas” de antigos artefactos que se não encontraram
>>
>> Cumprimentos
>>
>> RCA
>>
>>
>>
>> From: Alexandre Monteiro [mailto:no.arame@gmail.com]
>> Sent: quinta-feira, 5 de Maio de 2011 23:11
>> To: Ricardo Charters d'Azevedo; archport@ci.uc.pt
>> Subject: REF: [Archport] Como se inscre um sitio arquelógico na carta
>> concelhia...
>>
>>
>>
>> Se quiser uma discussão séria sobre este assunto, tem que identificar
>> esse local ou fornecer-nos o relatório arqueologico produzido.
>>
>> É que, senão cai na mesma atitude de "achismo" de uns pescadores que
>> eu conheci nos Açores, que diziam que os navios do século XVI que
>> estávamos a escavar eram traineiras dos anos 70... do século XX.
>>
>> Enviado do meu HTC
>>
>> ________________________________
>
>


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