De: UNIARQ ALFA
[mailto:vsg@fl.ul.pt]
Enviada: quarta-feira, 31 de Janeiro de 2007 10:30 Para: ARCHPORT Assunto: Re: [Archport] Circular nº4 (revista) do IPA Sem querer discutir as medidas terminais do IPA (talvez fosse
melhor esperar tempos próximos para iniciativas gerais e de pormenor), não posso
deixar de manifestar o meu apoio genérico à circular, que me parece ainda
demasiado tolerante. Com efeito, para arquivo fotográfico 10x15 cm a 300 dpi é o
mínimo que se pode exigir (convém recordar que 15 cm é a largura da mancha de
uma publicação A4, pelo que a imagem pode assim vir a ser reproduzida sem
«grão»). O que me parece faltar na circular (ainda que não a tenha lido
toda): é ainda a especificação que os ficheiros deveriam ser apenas aceites nos
formatos de origem .raw ou .tif. O tão apreciado .jpeg não tem a qualidade
mínima para arquivo e reprodução e só é usado por alguns arqueólogos por o
acharem «muito leve».
Aos organismos da tutela cabe justamente determinar as regras
do jogo, fundamentando-as, é claro. Já a impressão em papel «de alta qualidade»
parece francamente despropositada, por indefinida. Se a gramagem e as
características do papel fossem indicadas (peso, brilhante, não brilhante...)
seria um pouco diferente e não haveria o subjectivismo óbvio.
De qualquer forma, as imagens fotográficas são indispensáveis,
as impressas para se avaliar o Relatório, as gravadas em CD ou DVD, ou qualquer
outro suporte digital, como forma de preservação da memória de campo. E já
agora: não é verdade que as impressões durem 20 anos...Há tintas da Epson que
estão garantidas para 100 anos, talvez mais do que o planeta dure...E os
suportes digitais, que têm duração longa, mas limitada, têm versões optimizadas
para arquivo...
Como
pode a epson garantir que as suas tintas duram 100 anos se os papeis onde as
mesmas são utilizados podem não durar tanto tempo ? Onde existem testes reais
feitos que nos garantam essas informação? Tal como o suporte de armazenamento,
quem nos garante que os cd e/ou os dvs serão lidos daqui a 20 anos ? Quem não se
lembra das disquetes de 8'' das disquetes de 5/4'' das disquetes de 3/5 '' que
estão a desaparecer.
Eu
se fosse responsável pela gestão de um arquivo estaria preocupado. No caso da
empresa para onde trabalho o espolio fotográfico é arquivado de forma
sistemática em diferentes formatos, e quando vez que surge um novo formato
é feita uma copia para esse novo formato. Por exemplo temos neste momento um
arquivo fotográfico de quase 8 terabytes ( as imagens são guardadas em formato
raw ou tiff) e essa informação esta dividida por 2 servidores de disco rígido, e
por uma enorme colecção de cd e dvs. Todas as imagens estão catalogadas numa
base de dados e na aplicação que usamos para gerir a intervenções feitas pela a
empresa.
Ricardo Abranches
|
Mensagem anterior por data: Re: [Archport] Circular nº4 (revista) do IPA | Próxima mensagem por data: Re: [Archport] Circular nº4 (revista) do IPA |
Mensagem anterior por assunto: Re: [Archport] Circular nº4 (revista) do IPA | Próxima mensagem por assunto: Re: [Archport] Circular nº4 (revista) do IPA |