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Re: [Archport] Circular nº4 (revista) do IPA

To :   "archport" <Archport@lserv.ci.uc.pt>
Subject :   Re: [Archport] Circular nº4 (revista) do IPA
From :   Maria José Almeida <m.jose.almeida@cm-cascais.pt>
Date :   Wed, 31 Jan 2007 13:24:47 -0000

Deitando mais uma acha para a fogueira, chamo a atenção que, no que aos arquivos digitais diz respeito, não é só com a durabilidade do suporte que nos devemos preocupar: há também que ter em conta a actualização dos formatos. Se os formatos standard nos dão alguma segurança (tif, pdf, ...), guardar um determinado ficheiro numa das primeiras versões de AutoCad, por exemplo, pode ter pouco valor de arquivo. De que serve cuidadosamente copiar esse ficheiro para suportes cada vez mais actualizados se, na entidade que gere esse arquivo, não há uma única máquina com uma aplicação capaz de o abrir?...
 
Saúdo esta discussão saudável sobre um tema a que nós arqueólogos somos (ou deveríamos ser?) particularmente sensíveis. E espero que o legislador ande atento a esta lista de discussão, no momento em que se prepara (diz-se...) a lei orgânica da "nova" instituição que se supõe terá a seu cargo, entre outras atribuições, a gestão do arquivo da arqueologia portuguesa.
 
Maria José de Almeida
 

De: archport-bounces@ci.uc.pt [mailto:archport-bounces@ci.uc.pt] Em nome de Ricardo Abranches
Enviada: 31 de Janeiro de 2007 11:04
Para: 'UNIARQ ALFA'; 'ARCHPORT'
Assunto: Re: [Archport] Circular nº4 (revista) do IPA

De: UNIARQ ALFA [mailto:vsg@fl.ul.pt]
Enviada: quarta-feira, 31 de Janeiro de 2007 10:30
Para: ARCHPORT
Assunto: Re: [Archport] Circular nº4 (revista) do IPA

Sem querer discutir as medidas terminais do IPA (talvez fosse melhor esperar tempos próximos para iniciativas gerais e de pormenor), não posso deixar de manifestar o meu apoio genérico à circular, que me parece ainda demasiado tolerante. Com efeito, para arquivo fotográfico 10x15 cm a 300 dpi é o mínimo que se pode exigir (convém recordar que 15 cm é a largura da mancha de uma publicação A4, pelo que a imagem pode assim vir a ser reproduzida sem «grão»). O que me parece faltar na circular (ainda que não a tenha lido toda): é ainda a especificação que os ficheiros deveriam ser apenas aceites nos formatos de origem .raw ou .tif. O tão apreciado .jpeg não tem a qualidade mínima para arquivo e reprodução e só é usado por alguns arqueólogos por o acharem «muito leve».
Aos organismos da tutela cabe justamente determinar as regras do jogo, fundamentando-as, é claro. Já a impressão em papel «de alta qualidade» parece francamente despropositada, por indefinida. Se a gramagem e as características do papel fossem indicadas (peso, brilhante, não brilhante...) seria um pouco diferente e não haveria o subjectivismo óbvio.
De qualquer forma, as imagens fotográficas são indispensáveis, as impressas para se avaliar o Relatório, as gravadas em CD ou DVD, ou qualquer outro suporte digital, como forma de preservação da memória de campo. E já agora: não é verdade que as impressões durem 20 anos...Há tintas da Epson que estão garantidas para 100 anos, talvez mais do que o planeta dure...E os suportes digitais, que têm duração longa, mas limitada, têm versões optimizadas para arquivo...
 
Como pode a epson garantir que as suas tintas duram 100 anos se os papeis onde as mesmas são utilizados podem não durar tanto tempo ? Onde existem testes reais feitos que nos garantam essas informação? Tal como o suporte de armazenamento, quem nos garante que os cd e/ou os dvs serão lidos daqui a 20 anos ? Quem não se lembra das disquetes de 8'' das disquetes de 5/4'' das disquetes de 3/5 '' que estão a desaparecer.
 
Eu se fosse responsável pela gestão de um arquivo estaria preocupado. No caso da empresa para onde trabalho o espolio fotográfico é arquivado de forma sistemática em diferentes formatos, e quando vez que surge um novo  formato é feita uma copia para esse novo formato. Por exemplo temos neste momento um arquivo fotográfico de quase 8 terabytes ( as imagens são guardadas em formato raw ou tiff) e essa informação esta dividida por 2 servidores de disco rígido, e por uma enorme colecção de cd e dvs. Todas as imagens estão catalogadas numa base de dados e na aplicação que usamos para gerir a intervenções feitas pela a empresa.
 
 
Ricardo Abranches

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