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Re: [Archport] Biblioteca digital mundial

Subject :   Re: [Archport] Biblioteca digital mundial
From :   alicia.canto@uam.es
Date :   Sat, 02 Jan 2010 17:34:41 +0100

Perdón por intervenir. No pertenezco a las otras listas donde se sigue, pero al menos quería comentar en Archport tres aspectos sobre este curioso debate (¡esperando no enredarlo más!, jaja).

1) ¿Y cómo hubiera Magallanes compuesto su nueva ruta hacia las Indias (1517-1519, del plan a la ejecución), si 4 años antes, en 1513, no hubiera "descubierto" el Océano Pacífico ("el Mar del Sur") el célebre marino castellano (extremeño) D. Vasco Núñez de Balboa? (por simplificar: http://es.wikipedia.org/wiki/Vasco_N%C3%BA%C3%B1ez_de_Balboa)

2) Magallanes ofreció en primer lugar su proyecto al rey de Portugal, don Manuel, quien no sólo no mostró ningún interés en él, sino que, cuando sí fue aceptado por Carlos V (que de todos modos debía al menos autorizarle, pues las Molucas desde 1494 caían en "zona española"), se dedicó a impedirlo y boicotearle, hasta que pudo partir, en 1519.

3) Según tengo entendido (me disculpo si no fuera así), Magallanes, molesto con el desprecio que su patria (el rey, en ese momento) le había hecho, renunció a su nacionalidad ("naturaleza" se llamaba por entonces) portuguesa y abandonó dolido el país, abrazando la nacionalidad de Castilla, que sí le había apoyado; según ello, en el momento del viaje era castellano.

No sé si estos datos complicarán la cuestión. Lo que quiero decir es que algunas veces, como dice un refrán español, "el hombre no es de donde nace, sino de donde pace". Yo, por ejemplo, no creo tampoco que Severo Ochoa pueda considerarse un Premio Nobel de Medicina español, por ejemplo, por parecidos motivos: se tuvo que ir a trabajar a los USA, con los medios de los USA (con los de España nunca lo hubiera conseguido), y además tenía la nacionalidad USA. Cuique suum...

Así que, si las circunstancias descritas son ciertas, no me parece injusto o inexacto que la empresa de este memorable viaje de Magallanes-Elcano (no olvidemos el regreso...) sea considerada, por la WDL o por quien sea, una empresa española, castellana para más exactitud. ¡Y lo dice alguien que no es nacionalista!

Un saludo cordial y feliz año nuevo para todos los amigos lusos,
Alicia M. Canto - UAM

P.D.- Si esto prosigue, me disculpo por si tardo en contestar, estoy fuera de mi entorno informático habitual.


Rui <rcostapinto@netcabo.pt> escribió:

A visão de um Arqueólogo não é bem a dum historiador e permita-me
lembrar-lhe algumas referências de gente que estudou e estuda há bem mais do
que 15 anos que aqui tive oportunidade de deixar sob a forma de citação



Com os meus melhores cumprimentos

Rui Miguel da Costa Pinto



http://gagocoutinho.wordpress.com





De: Paulo Monteiro [mailto:pmonteiro@ntasa.pt]
Enviada: sábado, 2 de Janeiro de 2010 14:27
Para: v.m.borges@netcabo.pt
Cc: museum@ci.uc.pt; histport@ml.ci.uc.pt; Archport@ci.uc.pt; jde@fl.uc.pt;
rcostapinto@netcabo.pt
Assunto: RE: [Archport] Res: RE: Res: Re: Biblioteca digital mundial



Caro Machado Borges

Estou perfeitamente a par da relação do Pigafetta, tal como estou a par de
(quase) todas as outras crónicas, anais, narrativas, décadas, lendas e
demais narrativas relativas aos Descobrimentos. Há 15 anos que não leio
outra coisa.

Mais, já andei por quase todos os arquivos e levantei e transcrevi
incontáveis manuscritos inéditos relativos aos mesmos. Não sei se isso faz
de mim melhor ou pior opinador quanto à personalidade de um português que
morreu ao serviço de Castela (e quantos castelhanos não vieram para Portugal
e deram bons e leais servidores da coroa portuguesa? Assim, de repente,
lembro-me de Alfonso, filho bastardo de Enrique II de Castela, conde de
Noroña, que deu origem, por varonia, às casas dos Marqueses de Vila Real,
Angeja e Fronteira, entre outras, e vários fronteiros do Norte de África,
alguns capitães de naus das Índias, vice-governadores delas, etc.). Mas, é
claro, não poderia concordar mais consigo: opiniões são opiniões e valem o
que valem.

Agora, não posso deixar de opiniar que também acho que, em vez de andarmos a
que carpir pela gesta marítima de antanho, haveria que – por exemplo –
catalogar, indexar, transcrever, publicar e traduzir (para inglês, francês e
espanhol) toda a documentação que existe nos mais variados arquivos
nacionais. Aquilo que se passa no Arquivo Histórico Ultramarino, por
exemplo, é vergonhoso: não fossem os brasileiros a fazer os índices das
caixas do Reino, através do projecto Resgate, e os macaenses os relativos à
caixa de Macau, o AHU estaria ainda no mesmo caos que estava. Pior, cada vez
que se pede um documento vem-nos às mãos o original, esboroando-se a cada
manuseamento, mais e mais – aliás, as caixas estão todas cheias de
fragmentos de papel (salva-se neste panorama nacional  a Universidade dos
Açores que tem vindo a transcrever, indexar e publicar os conteúdos de todas
as caixas do fundo Açores, na sua segunda série do Arquivo dos Açores.

E já agora, recentrando esta discussão na arqueologia e fugindo ao
“fora-de-tópico”, haveria que saber encontrar a vontade política e
científica para nos dedicarmos à prospecção e escavação de sítios de
naufrágios portugueses – até porque fica claro que o problema da existência
de bens subaquáticos de do período dos Descobrimentos nas nossas águas
ultrapassa o âmbito dos interesses específicos do país, para se projectar em
dois planos de muito mais vastas dimensões:

- em primeiro lugar, numa escala mundial, com esses bens a integrar-se num
património comum a toda a Humanidade por serem detentores de um valor
universal excepcional, cujo estudo e salvaguarda se tem que garantir de modo
eficaz.

- em segundo lugar, já numa escala nacional, porque esses bens, exactamente
por serem os únicos vestígios materiais remanescentes de navios portugueses
da época dos Descobrimentos, têm obviamente um interesse relevante para a
permanência da identidade da cultura portuguesa através do tempo, integrando
de forma indiscutível o património cultural do nosso País – afinal sabe-se
hoje mais sobre os barcos gregos ou romanos da Antiguidade Clássica (porque
foram localizados e porque foram escavados cientificamente, basta ver o
excelente trabalho feito pelo Xavier Nieto na Catalunha) do que sobre os
galeões ou caravelas portugueses de há 400 anos atrás.

Finalizo, aproveitando a praia-mar de citações: “nós nunca nos realizamos;
somos dois abismos - um poço fitando o céu”





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From: V. Machado Borges [mailto:v.m.borges@netcabo.pt]
Sent: sábado, 2 de Janeiro de 2010 13:28
To: Paulo Monteiro
Cc: museum@ci.uc.pt; histport@ml.ci.uc.pt; Archport@ci.uc.pt; jde@fl.uc.pt;
rcostapinto@netcabo.pt
Subject: RE: [Archport] Res: RE: Res: Re: Biblioteca digital mundial



A sua opinião sobre o valor de Fernão de Magalhães, ou da viagem que
empreendeu, nada tem que ver com a catalogação deste importante livro
digitalizado. Goste dele ou não, o facto é que está, apesar da sua opinião,
indissoluvelmente ligado à história de Portugal.. Este é um facto objectivo,
e não uma opinião. Por isso mesmo, deveria ter uma entrada que o permitisse
encontrar na base de dados, até por ser referido desde logo no prólogo, por
um dos seus companheiros de viagem. Também em todo o livro Portugal e os
portugueses são (naturalmente) referidos vezes sem conta o que justificaria
a referência.

Mas nós gostamos muito de desvalorizar o nosso passado, e a nossa
capacidade, passada ou presente... O facto é que na base de dados não há
nenhuma colaboração portuguesa. Isso é que nos deveria preocupar, e não a
sua opinião sobre o valor de Fernão de Magalhães, ou sobre a importância que
para a época teve a viagem de circum-navegação, até no sentido do que hoje
chamamos “globalização”, que não era o tema da conversa.

Naturalmente que discordo em absoluto da sua opinião, mas isso também não
interessa para o caso.

Já agora seria útil ler o livro, bem interessante, escrito por um italiano
que pagou para ir na viagem, e é um testemunho credível, apesar de alguma
dificuldade pela baixa definição. Mas há outras versões na Net.

Segundo Pigafetta, Magalhães terá morrido valorosamente em combate, (...”Se
não fora aquele pobre capitão nenhum de nós se salvava nem o barco, porque
enquanto ele combatia, os outros salvaram-se no batel “...) e afirmar “
morreu na praia” ou “os conhecimentos que adquiriu não foram os suficientes
para escapar a uma mão cheia de asiáticos” mostra uma total incompreensão da
coragem, da audácia e dos conhecimentos de quem se enfia nuns barquitos e se
aventura por mares desconhecidos e povos perigosos, com 256 marinheiros, que
foram morrendo pelo caminho, tendo regressado somente 18, entre os quais o
autor do livro. E dos cinco navios que partiram, só um completou a viagem.
Diria mesmo que mostra uma falta de respeito por toda uma história de
assumir riscos e avançar para o desconhecido, por todos os que morreram
nessa gesta “dando novos mundos ao mundo” coragem que, de outra forma aliás
hoje continua na diáspora. Só a descoberta e travessia em 1520 do estreito
que hoje tem o seu nome, tendo sido o primeiro Europeu a fazer essa
travessia e a atravessar o Pacífico, mereceria mais consideração. Quanto ao
regresso, fez-se por um mundo já conhecido através dos portugueses...

Voltando a citar Pessoa:

...



De quem é a dança que a noite aterra?

São os Titans, os filhos da Terra,

Que dançam da morte do marinheiro

Que quiz cingir o materno vulto -

Cingil-o, dos homens, o primeiro -,

Na praia ao longe por fim sepulto.



Dançam, nem sabem que a alma ousada

Do morto ainda comanda a armada,

Pulso sem corpo ao leme a guiar

As naus no resto do fim do espaço;

Que até ausente soube cercar

A terra inteira com seu abraço.



Violou a Terra. Mas elles não

o sabem, e dançam na solidão;

...



Infelizmente Pessoa tem razão quando dizia:

Senhor, a noite veio e a alma é vil.

Tanta foi a tormenta e a vontade!

Restam-nos hoje, no silencio hostil,

O mar universal e a saudade.

...

Quanto ao site, é uma louvável iniciativa, apesar de por enquanto ser muito
pobre, como podemos ver. Será bom que se faça algo para o desenvolver, e a
participação portuguesa será indispensável, tanto mais que temos contribuído
significativamente, à medida das nossas capacidades financeiras, para a
digitalização de obras importantes. Assim haja apoio do estado às
iniciativas pontuais já que não há uma estratégia clara e significativa de
política cultural. Não é preciso sermos técnicos BAD, para sabermos das
dificuldades com que as instituições se debatem.



From: archport-bounces@ci.uc.pt [mailto:archport-bounces@ci.uc.pt] On Behalf
Of Paulo Monteiro
Sent: sexta-feira, 1 de Janeiro de 2010 16:59
To: rcostapinto@netcabo.pt; Archport@ci.uc.pt
Subject: [Archport] Res: RE: Res: Re: Biblioteca digital mundial



Aparentemente, os conhecimentos que adquiriu não foram os suficientes para
escapar a uma mão cheia de asiáticos nem foram necessários para que o resto
da frota voltasse a Espanha...

:)


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De: Rui
Para: Paulo Monteiro; v.m.borges@netcabo.pt ; jde@fl.uc.pt
Cc: museum@ci.uc.pt ; histport@ml.ci.uc.pt ; Archport@ci.uc.pt
Enviada em: Fri Jan 01 16:12:54 2010
Assunto: RE: [Archport] Res: Re: Biblioteca digital mundial

Diz o meucaro amigo Tenente Valentim e muito bem

“Logo em 1505 parte para a Índia numa armada comandada por D. Francisco de
Almeida. Nos mares do Índico permanecerá oito anos. Acompanha Diogo Lopes
Sequeira a Malaca em 1509, naufragando no regresso; participa na conquista
de Goa ao lado de Afonso de Albuquerque no ano de 1510; no ano seguinte faz
parte do contingente, também liderado por Afonso de Albuquerque, que toma a
estratégica cidade de Malaca. Entretanto, ainda no Oriente, estabelece uma
relação muito próxima com Francisco Serrão, que veio a ser o feitor das
ricas ilhas das Molucas. Através desta amizade e, posteriormente, duma troca
epistolar regular tem acesso a informações preciosas, de âmbito cartográfico
e geográfico, acerca da localização daquelas ilhas, onde abundavam as
especiarias. De volta a Lisboa, em 1513,  incorpora nesse mesmo ano as
forças que sob o comando de D. Jaime, Duque de Bragança, tomam a praça
marroquina de Azamor. Responsável pelos despojos da conquista, é acusado da
forma pouco clara como repartiu as "presas".”



Portando os conhecimentos e a experiência adquiridos nada valem???



De: archport-bounces@ci.uc.pt [mailto:archport-bounces@ci.uc.pt] Em nome de
Paulo Monteiro
Enviada: sexta-feira, 1 de Janeiro de 2010 16:01
Para: v.m.borges@netcabo.pt; jde@fl.uc.pt
Cc: museum@ci.uc.pt; histport@ml.ci.uc.pt; Archport@ci.uc.pt
Assunto: [Archport] Res: Re: Biblioteca digital mundial



Magalhães até poderia ser português mas não vejo grandes razões para
incensar alguém que, mais do que morrer na praia, morreu a meio da viagem.

Por outro lado, os capitais e os navios da primeira viagem de
circum-navegação eram castelhanos (e alemães, de augsburgo e nuremberga),
por isso menos razão vejo para reclamar um qualquer motivo de orgulho
nacional par nos colarmos de modo serôdio a esta viagem.

Finalmente, se passado é passado, muito há que fazer no presente: apoiar,
por exemplo, o estudo da "nossa" nau na Namibia - mas, até aí, temo bem que
a mensagem seja mais levar uma carta a Garcia do que uma mensagem de
esperança...
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De: archport-bounces@ci.uc.pt
Para: 'José d'Encarnação'
Cc: museum ; archport ; histport
Enviada em: Fri Jan 01 14:42:46 2010
Assunto: Re: [Archport] Biblioteca digital mundial

Belo presente de Ano Novo!. Obrigado!

A propósito, desejo a tod@s um óptimo ano.

O acesso a bibliotecas digitais online, abertas e gratuitas é uma enorme
conquista cultural da humanidade. Permite-nos ter acesso directo, imediato,
das nossas casas, a tesouros culturais, e só desejo que as bibliotecas e
centros de documentação nacionais, apesar de terem de lutar contra a
conjuntura actual desfavorável, colaborem sem reservas nesta “publicação”
mundial e marquem a nossa presença.

Infelizmente, se entrarem por “Espanha” encontrarão o “Diário da Viagem de
Magalhães” (referido aliás na mensagem) que está classificado como “Espanha”
“Itália” “Mundo” Filipinas” ... e não tem uma entrada por “Portugal”. Mas se
abrirem (com o excelente visualizador) na pág. 13 linha 3 e na pág. 14 linha
11 lerão claramente (apesar das imagens terem baixa resolução – outros docs
têm resolução bem maior)  nessas duas primeiras páginas de texto a indicação
da nacionalidade portuguesa de Fernão de Magalhães...

Das 50 entradas com referência a Portugal, nenhuma tem origem na colaboração
nacional – nenhuma biblioteca referida é portuguesa... Felizmente há Brasil,
para defender e divulgar a língua e a cultura lusas!

Há 13 entradas pelo menu, mas 50 pela “pesquisa”, pela palavra Portugal. Há
muitos outros documentos portugueses, mas referenciados por Angola,
Moçambique, etc. a grande maioria da Biblioteca Nacional do Brasil. Estive
lá este ano, bem como no Gabinete Português de Leitura, e a preservação e
defesa da língua portuguesa é de facto hoje essencialmente feita pelos
países de expressão lusa, principalmente o Brasil, mas Timor, tão longe,
também nos dá uma lição de portugalidade...

Senhor, a noite veio e a alma é vil.

Tanta foi a tormenta e a vontade!

Restam-nos hoje, no silencio hostil,

O mar universal e a saudade.



Mas a chama, que a vida em nós creou,

Se ainda ha vida ainda não é finda.

O frio morto em cinzas a occultou:

A mão do vento póde erguel-a ainda.



Dá o sopro, a aragem – ou desgraça ou

          ancia-,

Com que a chamma do exforço se remoça,

E outra vez conquistemos a Distancia –

Do mar ou outra, mas que seja nossa!



Abraços,

VMB



PS – da edição “clonada” da Mensagem, recentemente lançada pela Guimarães
Editora e exclusiva da FNAC, e que é preciosa.



From: archport-bounces@ci.uc.pt [mailto:archport-bounces@ci.uc.pt] On Behalf
Of José d'Encarnação
Sent: sexta-feira, 1 de Janeiro de 2010 12:49
To: museum; archport; histport
Subject: [Archport] Biblioteca digital mundial



    Olá, Amiga(o)!



    Divulgo tal como recebi, porque se me afigura de todo o interesse.

    Perdoe-me se não tento uma formatação adequada; mas creio que está
compreensível.



                                                                J. d'E.




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BIBLIOTECA DIGITAL MUNDIAL DA UNESCO (UMA JÓIA)

Www.wdl.org

Olá

Envio-vos o que considero, sem dúvida, o arquivo CULTURAL mais importante
que recebi!!! A NOTÍCIA DO LANÇAMENTO NA INTERNET DA WDL..... A BIBLIOTECA
DIGITAL MUNDIAL. QUE PRESENTE DA UNESCO PARA A HUMANIDADE INTEIRA !!!!
especialmente para OS JOVENS



Já está disponível na Internet, através do sítio www.wdl.org
<http://www.wdl.org/>  É uma notícia QUE NÃO SÓ VALE A PENA REENVIAR MAS SIM
É UM DEVER ÉTICO, FAZÊ-LO!!

Reúne mapas, textos, fotos, gravações e filmes de todos os tempos e explica
em sete idiomas as jóias e relíquias culturais de todas as bibliotecas do
planeta.
Tem, sobre tudo, carácter patrimonial" , antecipou ontem em LA NACION
Abdelaziz Abid, coordenador do projecto impulsionado pela UNESCO e outras 32
instituições.
A BDM não oferecerá documentos correntes , a não ser "com valor de
património, que permitirão apreciar e conhecer melhor as culturas do mundo
em idiomas diferentes: árabe, chinês, inglês, francês, russo, espanhol e
português. Mas há documentos em linha em mais de 50
idiomas".

Entre os documentos mais antigos há alguns códices precolombianos, graças à
contribuição do México, e os primeiros mapas da América, desenhados por
Diego Gutiérrez para o rei de Espanha em
1562", explicou Abid.

Os tesouros incluem o Hyakumanto darani , um documento em japonês publicado
no ano 764 e considerado o primeiro texto impresso da história; um relato
dos azetecas que constitui a primeira menção do MeninoJesus no Novo Mundo;
trabalhos de cientistas árabes desvelando o mistério da álgebra; ossos
utilizados como oráculos e esteiras chinesas; a Bíblia de Gutenberg; antigas
fotos latino-americanas da Biblioteca Nacional do Brasil e a célebre Bíblia
do Diabo, do século XIII, da Biblioteca Nacional da Suécia

Fácil de navegar Cada jóia da cultura universal aparece acompanhada de uma
breve explicação do seu conteúdo e seu significado. . Os documentos foram
escaneados e incorporados no seu idioma original, mas as explicações
aparecem em sete línguas, entre elas O PORTUGUÊS



A biblioteca começa com 1200 documentos, mas foi pensada para receber um
número ilimitado de textos, gravados, mapas, fotografias e ilustrações.

Como se acessa ao sítio global


Embora seja apresentado oficialmente hoje na sede da UNESCO, em Paris, a
Biblioteca Digital Mundial já está disponível na Internet, através do sítio
www.wdl.org <http://www.wdl.org/>  .

O acesso é gratuito e os usuários podem ingressar directamente pela Web ,
sem necessidade de se registarem Quando a gente faz clique sobre o endereço
www.wdl.org <http://www.wdl.org/>  , tem a sensação de tocar com as mãos a
história universal do conhecimento.


Permite ao internauta orientar a sua busca por épocas, zonas geográficas,
tipo de documento e instituição. O sistema propõe as explicações em sete
idiomas (árabe, chinês, inglês, francês, russo,espanhol e português). Os
documentos, por sua parte, foram escaneados na sua língua original. Desse
modo, é possível, por exemplo, estudar em detalhe o Evangelho de São Mateus
traduzido em aleutiano pelo missionário russo Ioann Veniamiov, em 1840.

Com um simples clique, podem-se passar as páginas de um livro,aproximar ou
afastar os textos e movê-los em todos os sentidos. A excelente definição das
imagens permite uma leitura cómoda e
minuciosa.

Entre as jóias que contem no momento a BDM está a Declaração de
Independência dos Estados Unidos, assim como as Constituições de numerosos
países; um texto japonês do século XVI
considerado a primeira impressão da história; o jornal de um estudioso
veneziano que acompanhou Fernão de Magalhães na sua viagem ao redor do
mundo; o original das "Fábulas" de Lafontaine, o primeiro livro publicado
nas Filipinas em espanhol e tagalog, a Bíblia de Gutemberg, e umas pinturas
rupestres africanas que datam de 8.000 A.C..

Duas regiões do mundo estão particularmente bem representadas: América
Latina e Médio Oriente. Isso deve-se à activa participação da Biblioteca
Nacional do Brasil, a biblioteca Alexandrina do
Egipto e a Universidade Rei Abdulá da Arábia Saudita.

A estrutura da BDM foi decalcada do projecto de digitalização da Biblioteca
do Congresso dos Estados Unidos, que começou em 1991 e actualmente contém 11
milhões de documentos em linha.

Os seus responsáveis afirmam que a BDM está sobretudo destinada a
investigadores, professores e alunos. Mas a importância que reveste esse
sítio vai muito além da incitação ao estudo das
novas gerações que vivem num mundo áudio-visual. Este projecto tampouco é um
simples compêndio de história em linha: é a possibilidade de aceder,
intimamente e sem limite de tempo, ao exemplar sem preço, inabordável,
único, que cada um alguma vez sonhou conhecer.










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