Re: [Archport] Biblioteca digital mundial
Podemos sempre resolver este nó górdio de duas maneiras:
1) dizendo que o Magalhães era um navegador ibérico...
2) ... ou contrapor aleivosamente que o Colombo, além de "italiano",
ao naufragar em Portugal e ao casar no Porto Santo, aprendeu tudo o
que sabia do Atlântico com os Portugueses...
:)
2010/1/2 <alicia.canto@uam.es>:
> Perdón por intervenir. No pertenezco a las otras listas donde se
> sigue, pero al menos quería comentar en Archport tres aspectos sobre
> este curioso debate (¡esperando no enredarlo más!, jaja).
>
> 1) ¿Y cómo hubiera Magallanes compuesto su nueva ruta hacia las Indias
> (1517-1519, del plan a la ejecución), si 4 años antes, en 1513, no
> hubiera "descubierto" el Océano Pacífico ("el Mar del Sur") el célebre
> marino castellano (extremeño) D. Vasco Núñez de Balboa? (por
> simplificar:
> http://es.wikipedia.org/wiki/Vasco_N%C3%BA%C3%B1ez_de_Balboa)
>
> 2) Magallanes ofreció en primer lugar su proyecto al rey de Portugal,
> don Manuel, quien no sólo no mostró ningún interés en él, sino que,
> cuando sí fue aceptado por Carlos V (que de todos modos debía al menos
> autorizarle, pues las Molucas desde 1494 caían en "zona española"), se
> dedicó a impedirlo y boicotearle, hasta que pudo partir, en 1519.
>
> 3) Según tengo entendido (me disculpo si no fuera así), Magallanes,
> molesto con el desprecio que su patria (el rey, en ese momento) le
> había hecho, renunció a su nacionalidad ("naturaleza" se llamaba por
> entonces) portuguesa y abandonó dolido el país, abrazando la
> nacionalidad de Castilla, que sí le había apoyado; según ello, en el
> momento del viaje era castellano.
>
> No sé si estos datos complicarán la cuestión. Lo que quiero decir es
> que algunas veces, como dice un refrán español, "el hombre no es de
> donde nace, sino de donde pace". Yo, por ejemplo, no creo tampoco que
> Severo Ochoa pueda considerarse un Premio Nobel de Medicina español,
> por ejemplo, por parecidos motivos: se tuvo que ir a trabajar a los
> USA, con los medios de los USA (con los de España nunca lo hubiera
> conseguido), y además tenía la nacionalidad USA. Cuique suum...
>
> Así que, si las circunstancias descritas son ciertas, no me parece
> injusto o inexacto que la empresa de este memorable viaje de
> Magallanes-Elcano (no olvidemos el regreso...) sea considerada, por la
> WDL o por quien sea, una empresa española, castellana para más
> exactitud. ¡Y lo dice alguien que no es nacionalista!
>
> Un saludo cordial y feliz año nuevo para todos los amigos lusos,
> Alicia M. Canto - UAM
>
> P.D.- Si esto prosigue, me disculpo por si tardo en contestar, estoy
> fuera de mi entorno informático habitual.
>
>
> Rui <rcostapinto@netcabo.pt> escribió:
>
>> A visão de um Arqueólogo não é bem a dum historiador e permita-me
>> lembrar-lhe algumas referências de gente que estudou e estuda há bem mais do
>> que 15 anos que aqui tive oportunidade de deixar sob a forma de citação
>>
>>
>>
>> Com os meus melhores cumprimentos
>>
>> Rui Miguel da Costa Pinto
>>
>>
>>
>> http://gagocoutinho.wordpress.com
>>
>>
>>
>>
>>
>> De: Paulo Monteiro [mailto:pmonteiro@ntasa.pt]
>> Enviada: sábado, 2 de Janeiro de 2010 14:27
>> Para: v.m.borges@netcabo.pt
>> Cc: museum@ci.uc.pt; histport@ml.ci.uc.pt; Archport@ci.uc.pt; jde@fl.uc.pt;
>> rcostapinto@netcabo.pt
>> Assunto: RE: [Archport] Res: RE: Res: Re: Biblioteca digital mundial
>>
>>
>>
>> Caro Machado Borges
>>
>> Estou perfeitamente a par da relação do Pigafetta, tal como estou a par de
>> (quase) todas as outras crónicas, anais, narrativas, décadas, lendas e
>> demais narrativas relativas aos Descobrimentos. Há 15 anos que não leio
>> outra coisa.
>>
>> Mais, já andei por quase todos os arquivos e levantei e transcrevi
>> incontáveis manuscritos inéditos relativos aos mesmos. Não sei se isso faz
>> de mim melhor ou pior opinador quanto à personalidade de um português que
>> morreu ao serviço de Castela (e quantos castelhanos não vieram para Portugal
>> e deram bons e leais servidores da coroa portuguesa? Assim, de repente,
>> lembro-me de Alfonso, filho bastardo de Enrique II de Castela, conde de
>> Noroña, que deu origem, por varonia, às casas dos Marqueses de Vila Real,
>> Angeja e Fronteira, entre outras, e vários fronteiros do Norte de África,
>> alguns capitães de naus das Índias, vice-governadores delas, etc.). Mas, é
>> claro, não poderia concordar mais consigo: opiniões são opiniões e valem o
>> que valem.
>>
>> Agora, não posso deixar de opiniar que também acho que, em vez de andarmos a
>> que carpir pela gesta marítima de antanho, haveria que – por exemplo –
>> catalogar, indexar, transcrever, publicar e traduzir (para inglês, francês e
>> espanhol) toda a documentação que existe nos mais variados arquivos
>> nacionais. Aquilo que se passa no Arquivo Histórico Ultramarino, por
>> exemplo, é vergonhoso: não fossem os brasileiros a fazer os índices das
>> caixas do Reino, através do projecto Resgate, e os macaenses os relativos à
>> caixa de Macau, o AHU estaria ainda no mesmo caos que estava. Pior, cada vez
>> que se pede um documento vem-nos às mãos o original, esboroando-se a cada
>> manuseamento, mais e mais – aliás, as caixas estão todas cheias de
>> fragmentos de papel (salva-se neste panorama nacional a Universidade dos
>> Açores que tem vindo a transcrever, indexar e publicar os conteúdos de todas
>> as caixas do fundo Açores, na sua segunda série do Arquivo dos Açores.
>>
>> E já agora, recentrando esta discussão na arqueologia e fugindo ao
>> “fora-de-tópico”, haveria que saber encontrar a vontade política e
>> científica para nos dedicarmos à prospecção e escavação de sítios de
>> naufrágios portugueses – até porque fica claro que o problema da existência
>> de bens subaquáticos de do período dos Descobrimentos nas nossas águas
>> ultrapassa o âmbito dos interesses específicos do país, para se projectar em
>> dois planos de muito mais vastas dimensões:
>>
>> - em primeiro lugar, numa escala mundial, com esses bens a integrar-se num
>> património comum a toda a Humanidade por serem detentores de um valor
>> universal excepcional, cujo estudo e salvaguarda se tem que garantir de modo
>> eficaz.
>>
>> - em segundo lugar, já numa escala nacional, porque esses bens, exactamente
>> por serem os únicos vestígios materiais remanescentes de navios portugueses
>> da época dos Descobrimentos, têm obviamente um interesse relevante para a
>> permanência da identidade da cultura portuguesa através do tempo, integrando
>> de forma indiscutível o património cultural do nosso País – afinal sabe-se
>> hoje mais sobre os barcos gregos ou romanos da Antiguidade Clássica (porque
>> foram localizados e porque foram escavados cientificamente, basta ver o
>> excelente trabalho feito pelo Xavier Nieto na Catalunha) do que sobre os
>> galeões ou caravelas portugueses de há 400 anos atrás.
>>
>> Finalizo, aproveitando a praia-mar de citações: “nós nunca nos realizamos;
>> somos dois abismos - um poço fitando o céu”
>>
>>
>>
>>
>>
>> _____
>>
>> From: V. Machado Borges [mailto:v.m.borges@netcabo.pt]
>> Sent: sábado, 2 de Janeiro de 2010 13:28
>> To: Paulo Monteiro
>> Cc: museum@ci.uc.pt; histport@ml.ci.uc.pt; Archport@ci.uc.pt; jde@fl.uc.pt;
>> rcostapinto@netcabo.pt
>> Subject: RE: [Archport] Res: RE: Res: Re: Biblioteca digital mundial
>>
>>
>>
>> A sua opinião sobre o valor de Fernão de Magalhães, ou da viagem que
>> empreendeu, nada tem que ver com a catalogação deste importante livro
>> digitalizado. Goste dele ou não, o facto é que está, apesar da sua opinião,
>> indissoluvelmente ligado à história de Portugal.. Este é um facto objectivo,
>> e não uma opinião. Por isso mesmo, deveria ter uma entrada que o permitisse
>> encontrar na base de dados, até por ser referido desde logo no prólogo, por
>> um dos seus companheiros de viagem. Também em todo o livro Portugal e os
>> portugueses são (naturalmente) referidos vezes sem conta o que justificaria
>> a referência.
>>
>> Mas nós gostamos muito de desvalorizar o nosso passado, e a nossa
>> capacidade, passada ou presente... O facto é que na base de dados não há
>> nenhuma colaboração portuguesa. Isso é que nos deveria preocupar, e não a
>> sua opinião sobre o valor de Fernão de Magalhães, ou sobre a importância que
>> para a época teve a viagem de circum-navegação, até no sentido do que hoje
>> chamamos “globalização”, que não era o tema da conversa.
>>
>> Naturalmente que discordo em absoluto da sua opinião, mas isso também não
>> interessa para o caso.
>>
>> Já agora seria útil ler o livro, bem interessante, escrito por um italiano
>> que pagou para ir na viagem, e é um testemunho credível, apesar de alguma
>> dificuldade pela baixa definição. Mas há outras versões na Net.
>>
>> Segundo Pigafetta, Magalhães terá morrido valorosamente em combate, (...”Se
>> não fora aquele pobre capitão nenhum de nós se salvava nem o barco, porque
>> enquanto ele combatia, os outros salvaram-se no batel “...) e afirmar “
>> morreu na praia” ou “os conhecimentos que adquiriu não foram os suficientes
>> para escapar a uma mão cheia de asiáticos” mostra uma total incompreensão da
>> coragem, da audácia e dos conhecimentos de quem se enfia nuns barquitos e se
>> aventura por mares desconhecidos e povos perigosos, com 256 marinheiros, que
>> foram morrendo pelo caminho, tendo regressado somente 18, entre os quais o
>> autor do livro. E dos cinco navios que partiram, só um completou a viagem.
>> Diria mesmo que mostra uma falta de respeito por toda uma história de
>> assumir riscos e avançar para o desconhecido, por todos os que morreram
>> nessa gesta “dando novos mundos ao mundo” coragem que, de outra forma aliás
>> hoje continua na diáspora. Só a descoberta e travessia em 1520 do estreito
>> que hoje tem o seu nome, tendo sido o primeiro Europeu a fazer essa
>> travessia e a atravessar o Pacífico, mereceria mais consideração. Quanto ao
>> regresso, fez-se por um mundo já conhecido através dos portugueses...
>>
>> Voltando a citar Pessoa:
>>
>> ...
>>
>>
>>
>> De quem é a dança que a noite aterra?
>>
>> São os Titans, os filhos da Terra,
>>
>> Que dançam da morte do marinheiro
>>
>> Que quiz cingir o materno vulto -
>>
>> Cingil-o, dos homens, o primeiro -,
>>
>> Na praia ao longe por fim sepulto.
>>
>>
>>
>> Dançam, nem sabem que a alma ousada
>>
>> Do morto ainda comanda a armada,
>>
>> Pulso sem corpo ao leme a guiar
>>
>> As naus no resto do fim do espaço;
>>
>> Que até ausente soube cercar
>>
>> A terra inteira com seu abraço.
>>
>>
>>
>> Violou a Terra. Mas elles não
>>
>> o sabem, e dançam na solidão;
>>
>> ...
>>
>>
>>
>> Infelizmente Pessoa tem razão quando dizia:
>>
>> Senhor, a noite veio e a alma é vil.
>>
>> Tanta foi a tormenta e a vontade!
>>
>> Restam-nos hoje, no silencio hostil,
>>
>> O mar universal e a saudade.
>>
>> ...
>>
>> Quanto ao site, é uma louvável iniciativa, apesar de por enquanto ser muito
>> pobre, como podemos ver. Será bom que se faça algo para o desenvolver, e a
>> participação portuguesa será indispensável, tanto mais que temos contribuído
>> significativamente, à medida das nossas capacidades financeiras, para a
>> digitalização de obras importantes. Assim haja apoio do estado às
>> iniciativas pontuais já que não há uma estratégia clara e significativa de
>> política cultural. Não é preciso sermos técnicos BAD, para sabermos das
>> dificuldades com que as instituições se debatem.
>>
>>
>>
>> From: archport-bounces@ci.uc.pt [mailto:archport-bounces@ci.uc.pt] On Behalf
>> Of Paulo Monteiro
>> Sent: sexta-feira, 1 de Janeiro de 2010 16:59
>> To: rcostapinto@netcabo.pt; Archport@ci.uc.pt
>> Subject: [Archport] Res: RE: Res: Re: Biblioteca digital mundial
>>
>>
>>
>> Aparentemente, os conhecimentos que adquiriu não foram os suficientes para
>> escapar a uma mão cheia de asiáticos nem foram necessários para que o resto
>> da frota voltasse a Espanha...
>>
>> :)
>>
>>
>> --------------------------
>> Sent from my BlackBerry Wireless Handheld
>>
>> _____
>>
>> De: Rui
>> Para: Paulo Monteiro; v.m.borges@netcabo.pt ; jde@fl.uc.pt
>> Cc: museum@ci.uc.pt ; histport@ml.ci.uc.pt ; Archport@ci.uc.pt
>> Enviada em: Fri Jan 01 16:12:54 2010
>> Assunto: RE: [Archport] Res: Re: Biblioteca digital mundial
>>
>> Diz o meucaro amigo Tenente Valentim e muito bem
>>
>> “Logo em 1505 parte para a Índia numa armada comandada por D. Francisco de
>> Almeida. Nos mares do Índico permanecerá oito anos. Acompanha Diogo Lopes
>> Sequeira a Malaca em 1509, naufragando no regresso; participa na conquista
>> de Goa ao lado de Afonso de Albuquerque no ano de 1510; no ano seguinte faz
>> parte do contingente, também liderado por Afonso de Albuquerque, que toma a
>> estratégica cidade de Malaca. Entretanto, ainda no Oriente, estabelece uma
>> relação muito próxima com Francisco Serrão, que veio a ser o feitor das
>> ricas ilhas das Molucas. Através desta amizade e, posteriormente, duma troca
>> epistolar regular tem acesso a informações preciosas, de âmbito cartográfico
>> e geográfico, acerca da localização daquelas ilhas, onde abundavam as
>> especiarias. De volta a Lisboa, em 1513, incorpora nesse mesmo ano as
>> forças que sob o comando de D. Jaime, Duque de Bragança, tomam a praça
>> marroquina de Azamor. Responsável pelos despojos da conquista, é acusado da
>> forma pouco clara como repartiu as "presas".”
>>
>>
>>
>> Portando os conhecimentos e a experiência adquiridos nada valem???
>>
>>
>>
>> De: archport-bounces@ci.uc.pt [mailto:archport-bounces@ci.uc.pt] Em nome de
>> Paulo Monteiro
>> Enviada: sexta-feira, 1 de Janeiro de 2010 16:01
>> Para: v.m.borges@netcabo.pt; jde@fl.uc.pt
>> Cc: museum@ci.uc.pt; histport@ml.ci.uc.pt; Archport@ci.uc.pt
>> Assunto: [Archport] Res: Re: Biblioteca digital mundial
>>
>>
>>
>> Magalhães até poderia ser português mas não vejo grandes razões para
>> incensar alguém que, mais do que morrer na praia, morreu a meio da viagem.
>>
>> Por outro lado, os capitais e os navios da primeira viagem de
>> circum-navegação eram castelhanos (e alemães, de augsburgo e nuremberga),
>> por isso menos razão vejo para reclamar um qualquer motivo de orgulho
>> nacional par nos colarmos de modo serôdio a esta viagem.
>>
>> Finalmente, se passado é passado, muito há que fazer no presente: apoiar,
>> por exemplo, o estudo da "nossa" nau na Namibia - mas, até aí, temo bem que
>> a mensagem seja mais levar uma carta a Garcia do que uma mensagem de
>> esperança...
>> --------------------------
>> Sent from my BlackBerry Wireless Handheld
>>
>> _____
>>
>> De: archport-bounces@ci.uc.pt
>> Para: 'José d'Encarnação'
>> Cc: museum ; archport ; histport
>> Enviada em: Fri Jan 01 14:42:46 2010
>> Assunto: Re: [Archport] Biblioteca digital mundial
>>
>> Belo presente de Ano Novo!. Obrigado!
>>
>> A propósito, desejo a tod@s um óptimo ano.
>>
>> O acesso a bibliotecas digitais online, abertas e gratuitas é uma enorme
>> conquista cultural da humanidade. Permite-nos ter acesso directo, imediato,
>> das nossas casas, a tesouros culturais, e só desejo que as bibliotecas e
>> centros de documentação nacionais, apesar de terem de lutar contra a
>> conjuntura actual desfavorável, colaborem sem reservas nesta “publicação”
>> mundial e marquem a nossa presença.
>>
>> Infelizmente, se entrarem por “Espanha” encontrarão o “Diário da Viagem de
>> Magalhães” (referido aliás na mensagem) que está classificado como “Espanha”
>> “Itália” “Mundo” Filipinas” ... e não tem uma entrada por “Portugal”. Mas se
>> abrirem (com o excelente visualizador) na pág. 13 linha 3 e na pág. 14 linha
>> 11 lerão claramente (apesar das imagens terem baixa resolução – outros docs
>> têm resolução bem maior) nessas duas primeiras páginas de texto a indicação
>> da nacionalidade portuguesa de Fernão de Magalhães...
>>
>> Das 50 entradas com referência a Portugal, nenhuma tem origem na colaboração
>> nacional – nenhuma biblioteca referida é portuguesa... Felizmente há Brasil,
>> para defender e divulgar a língua e a cultura lusas!
>>
>> Há 13 entradas pelo menu, mas 50 pela “pesquisa”, pela palavra Portugal. Há
>> muitos outros documentos portugueses, mas referenciados por Angola,
>> Moçambique, etc. a grande maioria da Biblioteca Nacional do Brasil. Estive
>> lá este ano, bem como no Gabinete Português de Leitura, e a preservação e
>> defesa da língua portuguesa é de facto hoje essencialmente feita pelos
>> países de expressão lusa, principalmente o Brasil, mas Timor, tão longe,
>> também nos dá uma lição de portugalidade...
>>
>> Senhor, a noite veio e a alma é vil.
>>
>> Tanta foi a tormenta e a vontade!
>>
>> Restam-nos hoje, no silencio hostil,
>>
>> O mar universal e a saudade.
>>
>>
>>
>> Mas a chama, que a vida em nós creou,
>>
>> Se ainda ha vida ainda não é finda.
>>
>> O frio morto em cinzas a occultou:
>>
>> A mão do vento póde erguel-a ainda.
>>
>>
>>
>> Dá o sopro, a aragem – ou desgraça ou
>>
>> ancia-,
>>
>> Com que a chamma do exforço se remoça,
>>
>> E outra vez conquistemos a Distancia –
>>
>> Do mar ou outra, mas que seja nossa!
>>
>>
>>
>> Abraços,
>>
>> VMB
>>
>>
>>
>> PS – da edição “clonada” da Mensagem, recentemente lançada pela Guimarães
>> Editora e exclusiva da FNAC, e que é preciosa.
>>
>>
>>
>> From: archport-bounces@ci.uc.pt [mailto:archport-bounces@ci.uc.pt] On Behalf
>> Of José d'Encarnação
>> Sent: sexta-feira, 1 de Janeiro de 2010 12:49
>> To: museum; archport; histport
>> Subject: [Archport] Biblioteca digital mundial
>>
>>
>>
>> Olá, Amiga(o)!
>>
>>
>>
>> Divulgo tal como recebi, porque se me afigura de todo o interesse.
>>
>> Perdoe-me se não tento uma formatação adequada; mas creio que está
>> compreensível.
>>
>>
>>
>> J. d'E.
>>
>>
>>
>>
>> -----------------------------------------------------------
>>
>>
>>
>> BIBLIOTECA DIGITAL MUNDIAL DA UNESCO (UMA JÓIA)
>>
>> Www.wdl.org
>>
>> Olá
>>
>> Envio-vos o que considero, sem dúvida, o arquivo CULTURAL mais importante
>> que recebi!!! A NOTÍCIA DO LANÇAMENTO NA INTERNET DA WDL..... A BIBLIOTECA
>> DIGITAL MUNDIAL. QUE PRESENTE DA UNESCO PARA A HUMANIDADE INTEIRA !!!!
>> especialmente para OS JOVENS
>>
>>
>>
>> Já está disponível na Internet, através do sítio www.wdl.org
>> <http://www.wdl.org/> É uma notícia QUE NÃO SÓ VALE A PENA REENVIAR MAS SIM
>> É UM DEVER ÉTICO, FAZÊ-LO!!
>>
>> Reúne mapas, textos, fotos, gravações e filmes de todos os tempos e explica
>> em sete idiomas as jóias e relíquias culturais de todas as bibliotecas do
>> planeta.
>> Tem, sobre tudo, carácter patrimonial" , antecipou ontem em LA NACION
>> Abdelaziz Abid, coordenador do projecto impulsionado pela UNESCO e outras 32
>> instituições.
>> A BDM não oferecerá documentos correntes , a não ser "com valor de
>> património, que permitirão apreciar e conhecer melhor as culturas do mundo
>> em idiomas diferentes: árabe, chinês, inglês, francês, russo, espanhol e
>> português. Mas há documentos em linha em mais de 50
>> idiomas".
>>
>> Entre os documentos mais antigos há alguns códices precolombianos, graças à
>> contribuição do México, e os primeiros mapas da América, desenhados por
>> Diego Gutiérrez para o rei de Espanha em
>> 1562", explicou Abid.
>>
>> Os tesouros incluem o Hyakumanto darani , um documento em japonês publicado
>> no ano 764 e considerado o primeiro texto impresso da história; um relato
>> dos azetecas que constitui a primeira menção do MeninoJesus no Novo Mundo;
>> trabalhos de cientistas árabes desvelando o mistério da álgebra; ossos
>> utilizados como oráculos e esteiras chinesas; a Bíblia de Gutenberg; antigas
>> fotos latino-americanas da Biblioteca Nacional do Brasil e a célebre Bíblia
>> do Diabo, do século XIII, da Biblioteca Nacional da Suécia
>>
>> Fácil de navegar Cada jóia da cultura universal aparece acompanhada de uma
>> breve explicação do seu conteúdo e seu significado. . Os documentos foram
>> escaneados e incorporados no seu idioma original, mas as explicações
>> aparecem em sete línguas, entre elas O PORTUGUÊS
>>
>>
>>
>> A biblioteca começa com 1200 documentos, mas foi pensada para receber um
>> número ilimitado de textos, gravados, mapas, fotografias e ilustrações.
>>
>> Como se acessa ao sítio global
>>
>>
>> Embora seja apresentado oficialmente hoje na sede da UNESCO, em Paris, a
>> Biblioteca Digital Mundial já está disponível na Internet, através do sítio
>> www.wdl.org <http://www.wdl.org/> .
>>
>> O acesso é gratuito e os usuários podem ingressar directamente pela Web ,
>> sem necessidade de se registarem Quando a gente faz clique sobre o endereço
>> www.wdl.org <http://www.wdl.org/> , tem a sensação de tocar com as mãos a
>> história universal do conhecimento.
>>
>>
>> Permite ao internauta orientar a sua busca por épocas, zonas geográficas,
>> tipo de documento e instituição. O sistema propõe as explicações em sete
>> idiomas (árabe, chinês, inglês, francês, russo,espanhol e português). Os
>> documentos, por sua parte, foram escaneados na sua língua original. Desse
>> modo, é possível, por exemplo, estudar em detalhe o Evangelho de São Mateus
>> traduzido em aleutiano pelo missionário russo Ioann Veniamiov, em 1840.
>>
>> Com um simples clique, podem-se passar as páginas de um livro,aproximar ou
>> afastar os textos e movê-los em todos os sentidos. A excelente definição das
>> imagens permite uma leitura cómoda e
>> minuciosa.
>>
>> Entre as jóias que contem no momento a BDM está a Declaração de
>> Independência dos Estados Unidos, assim como as Constituições de numerosos
>> países; um texto japonês do século XVI
>> considerado a primeira impressão da história; o jornal de um estudioso
>> veneziano que acompanhou Fernão de Magalhães na sua viagem ao redor do
>> mundo; o original das "Fábulas" de Lafontaine, o primeiro livro publicado
>> nas Filipinas em espanhol e tagalog, a Bíblia de Gutemberg, e umas pinturas
>> rupestres africanas que datam de 8.000 A.C..
>>
>> Duas regiões do mundo estão particularmente bem representadas: América
>> Latina e Médio Oriente. Isso deve-se à activa participação da Biblioteca
>> Nacional do Brasil, a biblioteca Alexandrina do
>> Egipto e a Universidade Rei Abdulá da Arábia Saudita.
>>
>> A estrutura da BDM foi decalcada do projecto de digitalização da Biblioteca
>> do Congresso dos Estados Unidos, que começou em 1991 e actualmente contém 11
>> milhões de documentos em linha.
>>
>> Os seus responsáveis afirmam que a BDM está sobretudo destinada a
>> investigadores, professores e alunos. Mas a importância que reveste esse
>> sítio vai muito além da incitação ao estudo das
>> novas gerações que vivem num mundo áudio-visual. Este projecto tampouco é um
>> simples compêndio de história em linha: é a possibilidade de aceder,
>> intimamente e sem limite de tempo, ao exemplar sem preço, inabordável,
>> único, que cada um alguma vez sonhou conhecer.
>>
>>
>>
>>
>>
>>
>>
>>
>>
>>
>> ** *******
>> This message contains information which may be confidential and privileged.
>> Unless you are the addressee (or authorized to receive for the addressee),
>> you may not use, copy or disclose to anyone the message or any information
>> contained in the message. If you have received the message in error, please
>> advise the sender by reply e-mail and delete the message.
>>
>>
>>
>>
>
>
>
> _______________________________________________
> Archport mailing list
> Archport@ci.uc.pt
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>