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[Atped] Dinamização da mailinglist de Agosto/2010

To :   <atped@ml.ci.uc.pt>
Subject :   [Atped] Dinamização da mailinglist de Agosto/2010
From :   "Maria Jose Correia" <mcorreia@ci.uc.pt>
Date :   Mon, 2 Aug 2010 09:44:36 +0100

EDUCAÇÃO ESPECIAL, ESTIGMA OU DIFERENÇA?

 

O direito à diferença enquadra-se na actual geração dos direitos humanos, denominados direitos de solidariedade que incluem o direito à paz, à escola, à infância, à cidade, ao ambiente, à identidade humana, ao património comum da humanidade, à informação e à comunicação, ao desenvolvimento e aproximação dos povos. Todos eles procuram fazer a síntese do Homem enquanto homem e enquanto cidadão e conceptualizam o cidadão como mola do processo das várias dimensões do desenvolvimento. O direito à diferença consubstancia-se na efectiva interacção e na relação construtiva e proactiva de todos os cidadãos.

 A Educação Especial, remontando ao período do seu nascimento, no início do século XIX, surge no horizonte da evolução das atitudes da sociedade face à presença no seu seio de indivíduos com deficiências, constatando-se que tais atitudes estiveram sempre intimamente ligadas a factores económicos, sociais e culturais de cada época.

 A preocupação de separação e protecção dos indivíduos deficientes em ambientes segregados, primeiro, e a decisão de integração com apoios centrados no aluno, depois, tornaram-se estigmatizantes, capazes de evidenciar as incapacidades, os défices e não as similaridades entre os seres humanos.

 Nessa linha evolutiva, nas linhas de força e nas actuações da Educação Especial de hoje, poderão ser lidos alguns sinais de que se pretende romper com estigmas e salvaguardar e garantir o direito à diferença do aluno-pessoa e do aluno-cidadão.

Helena Serra

Para aceder ao artigo completo, aqui.

 

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UMA CASA DEDICADA A DEFICIÊNCIA

 

A Fundação Irene Rolo, de Tavira, foi distinguida pelo Presidente da República no Dia de Portugal. Um motivo de orgulho para a instituição que, por dia, cuida de cerca de 150 pessoas portadoras de vários graus de deficiência.

 A 10 de Junho, o Presidente da República, Cavaco Silva, homenageou diversas personalidades portuguesas e duas instituições, uma das quais com morada em Tavira. A Fundação Irene Rolo, uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), foi lembrada pelo trabalho que desenvolve junto da população deficiente. Um motivo de orgulho para a casa de Tavira e não só. "Tem um significado profundo não só para nós, como para todas as instituições que trabalham com pessoas portadoras de deficiência", refere José Marques, presidente da instituição.

Mais do que uma distinção interna, o responsável salienta o trabalho desenvolvido na área social por todos os que se dedicam à causa. A Fundação Irene Rolo não anda à procura de louvores, a sua dedicação e empenho falam por si. Com uma equipa técnica, desde psicólogos a empregados administrativos, de cerca de 80 funcionários, a entidade desenvolve parcerias e tem um acordo com o Estado para promover diversas actividades. "Estamos de portas abertas para as pessoas que carecem de apoio social", sublinha José Marques. A distinção de Cavaco Silva funcionou com um estímulo. "É um motivo de apreço e um reforço das nossas condições". Por dia, a Fundação presta apoio a cerca de 150 pessoas portadoras de vários graus de deficiência.

A história começa em 1982, quando Irene Dulce Rolo, que entretanto faleceu, doou um espaço para apoiar a população deficiente, sobretudo a residente no sotavento algarvio. O trabalho começa com acções de formação dirigidas a pessoas com deficiência. Com um novo edifício concluído em 1993, a instituição alarga o seu campo de intervenção com mais respostas. A Fundação trabalha de noite e de dia. Em 1994, abre um lar residencial para jovens e adultos com deficiência grave e profunda, privados do meio familiar normal.

A intervenção precoce junto de crianças portadoras de deficiência ou em situação de risco dos zero aos seis anos, com maior incidência no grupo dos zero aos três anos, é uma área que a Fundação Irene Rolo tem em mãos. A criança e a família são o centro das atenções das acções de natureza preventiva, numa estratégia de apoio integrado. Nesta intervenção, a equipa técnica - composta por uma psicóloga, terapeuta ocupacional, terapeuta da fala, técnica de serviço social, entre outros - desenvolve programas adequados às necessidades específicas de cada criança e, ao mesmo tempo, estimula as famílias a tornarem-se mais competentes e independentes no acompanhamento dos filhos. O apoio é dado no contexto natural da criança ou em ambulatório.

A instituição tem também a funcionar uma escola de ensino especial para alunos em idade escolar com necessidades educativas especiais, que podem frequentar a tempo inteiro ou parcial, mediante as suas limitações e capacidades. O trabalho com este público-alvo tem objectivos muito precisos, como defender a reabilitação e a inclusão de quem vive com limitações acentuadas ou muito acentuadas, desenvolvendo as suas potencialidades sob o ponto de vista psicomotor, afectivo e cognitivo. A escola pretende assim que os alunos se tornem aptos quanto possível para a vida familiar e social.

Os jovens com mais de 16 anos, portadores de deficiência severa ou profunda, têm igualmente uma resposta na Fundação de Tavira. No Centro de Actividades Ocupacionais, estimulam-se capacidades, desenvolvem-se actividades para uma melhor integração social. E há várias áreas ao dispor como actividades da vida diária e da vida prática, jardinagem, carpintaria, modelagem e pintura, entre outras. Educação física, hidroterapia, visitas de estudos e colónias de férias são algumas das actividades complementares.

Os portadores de deficiência com mais de 15 anos têm lugar no Centro de Formação Profissional da Irene Rolo. Avaliação, orientação profissional, qualificação e estágio em empresa são os passos a seguir nesta valência da instituição. Antes da entrada ou reentrada no mercado de trabalho, os utentes podem adquirir conhecimentos e desenvolver competências nas áreas de jardinagem, lavandaria, doçaria regional, artes gráficas, cozinha, pastelaria, electricidade e mecânica, entre outras.

E não é tudo. A "Irene Rolo" está ainda mergulhada no Projecto Alcatruz que incide a sua intervenção nos espaços habitacionais com carências socioambientais no concelho de Tavira, através da revitalização de actividades profissionais em declínio, do fomento do emprego e da aproximação entre diferentes gerações. Um programa de quatro anos e que envolve diversas entidades. A "Irene Rolo" executa o Alcatruz, a Câmara de Tavira promove-o e o financiamento chega do Programa para a Inclusão e Desenvolvimento (Progride). O núcleo de Tavira da Cruz Vermelha, o Centro Distrital da Segurança Social de Faro e a Associação In Loco são também parceiros desta acção.

Sara R. Oliveira, in” Educare”

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PAIS E PROFESSORES QUEREM COORDENADORES (EDUCAÇÃO ESPECIAL) NAS ESCOLAS

 

Pais e professores puseram-se de acordo sobre a urgência de exigir ao Ministério da Educação uma mudança na organização da educação especial. O primeiro passo será criar departamentos específicos para esta área, nas escolas, com um coordenador especializado. O objectivo é combater as fragilidades, tanto na sinalização como nas respostas dadas aos quase 32 mil alunos com necessidades educativas especiais (NEE).

 A iniciativa foi revelada por Albino Almeida, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), após uma reunião com a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), na qual também foi debatida a reorganização da rede escolar que o Governo aprovou.

 Segundo Albino Almeida, a criação de departamentos dedicados à educação especial foi "um dos pontos de entendimento" entre as organizações, e é encarado como "uma medida de fácil aplicação" pelo Governo, até porque "não implica necessariamente um aumento da despesa".

Os departamentos são serviços das escolas que organizam a oferta pedagógica dos diferentes grupos de disciplinas (por exemplo: as línguas e as ciências exactas), liderados por um professor coordenador da área.

 Actualmente, a educação especial não tem um departamento específico, sendo, conta Manuel Rodrigues, da Fenprof, "muitas vezes integrada pelas escolas no grupo das Expressões, a par da Educação Física ou da Educação Visual".

Uma situação que, considera Albino Almeida, afecta a capacidade de "organização da resposta" às necessidades dos estudantes.
"No cenário actual, muitas vezes há um aluno com determinadas características como a dislexia, que são detectado por um professor, depois a informação é transmitida à direcção da escola, que a encaminha para as unidades especializadas de apoio", explica. "Só depois é que é organizada uma resposta que muitas vezes é tardia e insuficiente."

 Com um coordenador, considera, "a sinalização seria feita mais cedo, e sobretudo melhor".

E a "resposta adequada" - que provavelmente implicaria um aumento dos alunos apoiados - até poderia ser dada "recorrendo a outros técnicos, como os que as autarquias podem facultar através dos seus fundos sociais" e "do melhor aproveitamento e formação dos professores. "Neste momento, a Dislex, uma entidade apoiada pelos pais e por cientistas, está a oferecer 50 horas de formação aos professores", ilustrou.

 Para Manuel Rodrigues, a "eventual criação deste departamento pelo Ministério da Educação, há muito exigida pela Fenprof, seria certamente positiva". Porém, o sindicalista tem mais dúvidas de que a medida, por si mesma, fizesse a diferença.

 "Seria um passo muito tímido, há milhentas coisas que é preciso alterar para que a escola seja realmente inclusiva", defende. "Nós temos preparado um conjunto de medidas para propor ao Ministério onde, desde logo se questiona a utilização da Classificação Internacional de Funcionalidade como meio de sinalizar os alunos. Defendemos também o fim da lógica das escolas organizadas por deficiência e defendemos a necessidade de mais professores e mais formação", descreve.

 A utilização da CIF é também considerada "insuficiente" pelos pais, que lembram os "estudos internacionais apontando para uma prevalência da ordem dos 10% de alunos com necessidades educativas permanentes".

 

(Pedro Sousa Tavares in DN Online http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1602495)

 

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Voluntariado Internacional

 

O Serviço Voluntário Europeu (SVE) divulga oportunidades de voluntariado bem como informações úteis para preparar um período de voluntariado no estrangeiro.

O Serviço Voluntário Europeu (SVE) é um programa de voluntariado inserido no Programa Juventude em Acção 2007-2013, que permite levar a cabo um serviço de voluntariado com duração máxima de 12 meses num país diferente do seu de residência. É um serviço de aprendizagem essencialmente a nível não formal, pois possibilita a aquisição de novas competências a nível pessoal, educacional, social e profissional, bem como, a aprendizagem de novas línguas e a descoberta de novas culturas.

A quem se destina

Jovens entre os 18 e os 30 anos. Em caso de jovens com menos oportunidades, a idade mínima é de 16 anos.

Perfil exigido

Não deverão ser exigidas quaisquer qualificações prévias, determinado nível de educação, experiência específica ou mais do que os conhecimentos básicos necessários em termos da língua.

Com escolher os projectos

Os voluntários devem aceder à base de dados da Comissão Europeia e ler a informação que cada entidade disponibiliza acerca dos seus projectos.

Duração

A duração varia, segundo os programas, entre duas semanas e um ano.

Comparticipação de custos

A maioria dos custos do voluntariado é comparticipada

Fonte oficial

Sítio do SVE
Quem pode participar
Países que participam no programa

Temas

 

 

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Embaixadores pela inclusão social

Sara R. Oliveira| 2010-07-30

Quatro jovens portugueses representaram Portugal num encontro sobre pobreza infantil que teve lugar em Bruxelas. As conclusões são apresentadas a 2 e 3 de Setembro na Bélgica.

O trabalho já começou. Rui Teixeira, de 10 anos, José Eduardo Sousa, de 12, do Contrato de Desenvolvimento Social de Vila Nova de Gaia, de Vila d'Este, AGIR XXI; Tânia Formigo, de 14 anos e Ana Pego, de 15, da CEBI - Fundação para o Desenvolvimento Comunitário de Alverca, já arregaçaram as mangas com muito orgulho. Juntos são os quatro embaixadores no nosso país da campanha promovida pelo Eurochild para a Erradicação da Pobreza Infantil, no âmbito do Ano Europeu de Combate à Pobreza e Exclusão Social. Juntos representarão Portugal num encontro sobre o tema, que se realizará em Bruxelas, a 2 e 3 de Setembro.

Em Julho, os quatro elementos estiveram em Bruxelas e reuniram-se com 21 membros do Parlamento Europeu, com representantes da Comissão Europeia, do Comité Europeu Económico e Social, com o Comité das Regiões e dos Direitos Fundamentais e com o secretário de Estado belga para a Inclusão e Combate à Pobreza. A forma de dar voz às crianças mais vulneráveis afectadas pela pobreza e vários problemas relacionados com exclusão social estiveram em cima da mesa. Sérgio Araújo, coordenador do AGIR XXI, e Olga Fonseca, directora do Centro de Emergência Social da CEBI, acompanharam os "pequenos" embaixadores portugueses.

Tânia Formigo e Ana Pego relatam a sua experiência no encontro do Eurochild. "Apesar dos trabalhos que temos realizado, não estávamos à espera de sermos escolhidas para participar neste projecto e, por isso, ficámos muito contentes. Foi muito importante participarmos no encontro, pois isso possibilitou-nos conhecer melhor o mundo que nos rodeia e ficar a conhecer a situação de outros países e as experiências de outros jovens nos seus países." E não só. "Permitiu-nos também conhecer mais alguns indicadores sobre a pobreza infantil e também algumas soluções para a combater".

Conhecer os restantes elementos do grupo, as pessoas com quem vão colaborar, partilhar ideias e opiniões. De 11 a 16 de Julho, várias actividades preencheram a agenda. A pobreza e a exclusão social estiveram sempre no centro das atenções em vários encontros, analisaram-se possíveis soluções e os embaixadores tiveram ainda a oportunidade de conhecer melhor os trabalhos que estão a ser desenvolvidos, numa visita feita aos vários comités da Comissão Europeia.

Na reunião com o secretário de Estado belga, foram apresentadas algumas medidas implementadas no nosso país, como a oferta de computadores portáteis aos alunos e o acesso gratuito ao ensino. "E não nos podemos esquecer de referir o orgulho que sentimos ao ouvir os comentários positivos por parte de outras pessoas a nós, portugueses, e o artigo em que aparecemos e que nos deixou orgulhosos por vermos que as nossas ideias e o nosso esforço foram tão bem recompensados". Um motivo para continuar na batalha contra a pobreza.

A agenda incluiu ainda uma reunião com alguns eurodeputados portugueses. "Adorámos não só o facto de termos estado com pessoas importantes no nosso país, mas sobretudo por termos tido a possibilidade de ouvir várias opiniões, vários pontos de vista, diferentes modos possíveis de solucionar ou tentar minimizar a pobreza infantil e até de ouvir o apoio expresso por eles em relação ao nosso trabalho, em relação à nossa luta por esta causa". Uma viagem muito importante, bastante enriquecedora. "Não pretendemos parar com o nosso trabalho, pretendemos continuar a realizar reuniões, palestras, a procurar informações e a discutir algumas soluções sobre o tema da pobreza infantil", salientam.

Sérgio Araújo, coordenador do AGIR XXI, explica como foi feita a selecção dos quatro jovens portugueses. A motivação e participação em actividades e projectos relacionados com a sensibilização da comunidade para o combate à pobreza infantil e à exclusão social, a capacidade de intervenção social, quer entre pares quer perante adultos, bem como o contacto directo com crianças em situações de pobreza ou exclusão social, foram os principais critérios de escolha.

"Inicia-se aqui um interessante caminho para estes quatro jovens, que estão a assumir em pleno a sua nomeação de embaixadores, tendo já começado a planear acções a desenvolver em conjunto, no âmbito da causa para a qual foram nomeados", sublinha. Duas das crianças portuguesas foram convidadas a estar presentes na conferência da presidência belga em Setembro, sendo que apenas seis das 33 presentes no encontro do Eurochild terão essa oportunidade.

O Eurochild, organização europeia que promove os Direitos das Crianças, juntou os 33 embaixadores em Bruxelas durante seis dias. As crianças e os jovens que participaram foram nomeados embaixadores do Eurochild nos países de origem. Discutir soluções, trocar ideias, sensibilizar os decisores políticos, foram alguns dos objectivos do encontro. Em Setembro, é hora de apresentar as conclusões de forma sintética e com várias mensagens em pano de fundo. Entre elas, a igualdade de oportunidades no acesso à educação, saúde, transportes e outros serviços básicos.

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