[Histport] Este fim-de-semana, em Ourém, um Congresso Internacional sobre a Gestão de Pandemias/Saúde

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Saúde – A discussão ignorada?

 

Com quase todos os indicadores da qualidade da Saúde em grave queda, e perante a atual tentativa de promover uma drástica inversão de orientações no SNS, será lógico que os portugueses se interessem pelo Congresso Internacional Sobre a Gestão de Pandemias/Saúde, que este fim-de-semana decorre em Fátima, entre 28 a 30.   

 

A feliz iniciativa partiu de Marta Gameiro, médica-dentista de Ourém, razão porque a escolha do local não tem qualquer conotação político-ideológica. Ao invés, a cargo da chamada “sociedade civil”, o vasto programa, que não esgota o tema, irá desenrolar-se segundo critérios rigorosamente científicos. E outra excelente nota, sem a pressão de agentes corporativos ou de poderes político-económicos.

 

Incapaz de, sem apoio, se abalançar a uma iniciativa de tão grande dimensão, a organizadora Marta Gameiro recorreu à ajuda do Movimento de Cidadania Democrática. Em boa hora o fez porque, assim, pôde desenvolver contatos que, crescendo a pouco e pouco, atingiram proporções inimagináveis: entre estrangeiros, regista-se a adesão de personalidades de relevo de mais uma dezena de países, incluindo investigadores e professores universitários, técnicos da OMS e até um Prémio Nobel da Química; a que se somam vários portugueses de grande prestígio cívico e técnico, incluindo ex-Bastonários da OM, professores catedráticos e outras figuras de indiscutível qualidade.

 

A responsabilidade pela observação estrita de regras científicas, bem como a síntese das conclusões do Congresso, foi entregue ao médico jubilado Cândido Ferreira, que recentemente publicou o livro Covid – 19 – A Tempestade Perfeita – História Clínica da Pandemia – obra considerada “histórica” pela generalidade dos seus pares e até de distribuição recomendada nas Escolas Superiores, por parte de três Bastonários portugueses.  

 

Em contraste com a pouca atenção que o evento tem merecido, os organizadores contaram com a prestimosa comparticipação de vários anónimos e apenas com a Câmara Municipal de Ourém. No entanto, a despesa já está quase coberta pelas contribuições até porque, mais uma singularidade neste tipo de eventos dependentes de apoios oficiais ou empresas, as inscrições pagas se encontram quase esgotadas e se contam por centenas.

 

Será que tão importante iniciativa irá passar fora da atenção dos portugueses?